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Entre os dias 20 de março e 20 de abril, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina realiza a Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Amarela. Nesse período, todos os moradores do estado, a partir de 9 meses de idade, devem procurar uma unidade de saúde para realizar a vacina contra a doença.

No início deste ano, o Paraná começou a registrar casos de febre amarela e, no dia 7 de março, foi confirmada a primeira morte no estado vizinho. Um homem, trabalhador da zona rural de Morretes/PR, que não havia tomado a vacina, morreu pela doença.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, o aparecimento de casos no estado vizinho significa que o vírus, que antes estava no estado de São Paulo, está descendo e pode chegar a qualquer momento a Santa Catarina. “Isso nos preocupa, porque quase a metade dos catarinenses não estão imunizados contra a doença”, esclarece.

Por causa disso, em um entendimento entre os municípios catarinenses e o estado de Santa Catarina foi definida a realização da Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Amarela. A meta é vacinar 95% da população catarinense contra a febre amarela. Hoje, apenas 56% do público-alvo (pessoas com mais de 9 meses de idade) foi vacinado.

A diretora DIVE/SC, Maria Teresa Agostini, alerta que a doença é grave e pode matar. “A vacina é a única forma de prevenção. Lembrando que as doses estão disponíveis gratuitamente nas unidades de saúde de todo o estado”, afirma a diretora.

Febre amarela

A febre amarela é uma doença grave que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito, não há transmissão de pessoa a pessoa. No Brasil, os casos de febre amarela são classificados como silvestre, não há informação de febre amarela urbana. Ainda assim, como a população catarinense que vive na área urbana está exposta a bordas de mata, fragmentos de mata, como: parques, praças arborizadas, jardins botânicos e áreas periurbanas (áreas de mata próxima das cidades), o risco dos mosquitos silvestres, Haemagogus e Sabethes, transmitirem a doença é alto.

Os principais sintomas são: início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza. Alguns melhoram após esses sintomas iniciais. No entanto, entre 15% e 60% das pessoas que apresentam esses sintomas evoluem para a forma mais grave da doença.

Nos casos graves, a pessoa pode desenvolver algumas complicações como febre alta; coloração amarelada da pele e do branco dos olhos; hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal); e eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Destes que apresentam sintomas mais graves, entre 20% e 50% podem morrer.

A única forma de prevenir a febre a amarela é através da vacinação. Apenas uma dose é suficiente para ficar protegido durante toda a vida. “É importante reforçar também que quem já tomou uma dose está imunizado, não é preciso fazer o reforço após 10 anos”, lembra a médica infectologista da Dive/SC, Marise Mattos.