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A direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, promoveu nesta quarta-feira, 12, um coffee break para divulgar o Dia Conscientização da Cardiopatia Congênita, uma má formação cardíaca que está presente durante o desenvolvimento do feto. O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, esteve no local para prestigiar o evento.

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Foto: Robson Valverde

De acordo com as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de 130 milhões de crianças nascem no mundo com algum tipo de cardiopatia congênita. Só no Brasil, são mais de 28 mil bebês que precisam de algum tipo de intervenção cirúrgica para sobreviver.

A médica do HIJG, Ana Lúcia Paris de Mello, destaca que muitas pessoas não sabem que as crianças nascem com problemas cardíacos. A falta de informação acaba dificultando o tratamento. “É diferente dos casos de colesterol ou infarto na família. Doenças do coração não são restritas aos adultos e, muitas vezes, o caso é ainda mais grave por se tratar de crianças”, disse. “O objetivo principal da data é mostrar a importância do monitoramento para que possamos trazer qualidade de vida a essas crianças”.

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Foto: Robson Valverde

As más formações cardíacas congênitas são várias e, entre as mais comuns estão as comunicações interatriais (comunicação anômala entre os átrios direito e esquerdo), e as comunicações interventriculares (ligação entre os dois ventrículos por um defeito no septo que também os separam).

As causas da doença incluem vários fatores que vão desde os ambientais, genéticos, uso de medicamentos e drogas, até doenças maternas como o diabetes, lúpus e infecções (rubéola e sífilis). Elas podem agir no momento de formação do coração fetal, o que ocorre nas primeiras oito semanas de gravidez.

As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Durante a gestação alguns exames facilitam a detecção da doença. Os exames de ultrassonografia devem ser feitos rotineiramente para o rastreamento da má formação no coração da criança. Quando há a suspeita de alguma anormalidade é realizado um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função cardíaca.