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O Brasil é o segundo país do mundo com o maior índice de cesarianas (55,5%) perdendo apenas para a República Dominicana (58%), segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante disso, está sendo realizado o V Congresso Nacional Parto Humanizado, nesta quinta e sexta-feira, 22 e 23, no auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, que representou o governador Carlos Moisés na abertura do evento, lembrou que é necessário inverter a lógica nas unidades de saúde. “O parto humanizado não começa na casa de parto e sim na unidade básica de saúde, onde a gestante deve ser recepcionada pelas equipes que realizam o acompanhamento de pré-natal, apresentam todas as alternativas para a mulher conduzir sua gestação e, consequentemente, o parto”, destaca.

Em 2018, as unidades hospitalares vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde (SES) registraram 18.767 nascimentos, sendo 11.569 partos normais. As cesáreas somaram 7.198, o que representa 38,5% do total. No período de 1º de janeiro à 31 de julho, foram realizados 6.587 partos normais (61%) e 4.243 cesáreas (39%).

De acordo com Helton, ações em todas as esferas precisam ser realizadas para inverter o quadro, como já ocorre nos hospitais e maternidades da SES. “O tema parto humanizado é estudado na saúde pública e percebemos um contrassenso. É preciso ver o que acontece com a saúde. Os partos em muitas vezes se assemelham a um movimento industrial com data e hora para acontecer”, explica.

O V Congresso Nacional de Parto Humanizado é realizado pela Escola do Legislativo e Comissão de Saúde da Alesc.