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No Dia Internacional da Mulher, o Ministério da Saúde lembra que toda mulher tem direito ao acesso e à avaliação integral da sua saúde, com atendimento multiprofissional e olhar clínico, psicossocial e funcional para ter uma boa qualidade de vida.

O atendimento integral das mulheres – com acolhimento de suas demandas e necessidades, e a garantia do acesso de forma fácil, é um desafio, que no Brasil está em processo de consolidação.

Tradicionalmente, nos sistemas de saúde por todo o mundo, a prioridade tem sido o cuidado da mulher no campo da saúde reprodutiva, com foco na atenção ao pré-natal e parto. Mas também é importante destacar outros cuidados como a prevenção dos cânceres de colo do útero e de mama, vacinas específicas, dentre outros.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a maior parte dos atendimentos se iniciam na Atenção Primária, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Durante a consulta, se necessário, o médico solicita exames laboratoriais e de imagem, que também são ofertados pelo SUS. Após avaliação médica dos resultados, a paciente pode ou não ser encaminhada para atendimento especializado na rede pública.

Cuidando do corpo

De acordo a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 7,7% da população adulta brasileira foi diagnosticada com diabetes em 2018. As mulheres apresentam maior percentual de diagnostico com 8,1%, do que em homens 7,1%. Além disso, as mulheres apresentaram obesidade ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos homens,18,7%.

Manter hábitos saudáveis é a melhor forma de evitar doenças. Uma alimentação balanceada com frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, aliada à uma ingestão menor de gordura, ajudam a ter uma vida mais sadia.

Da mesma forma, fazer uma atividade física ao menos 30 minutos por dia, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar, são algumas das recomendações que ajudam a prevenir contra essa e outras doenças.

Planejamento reprodutivo

O planejamento reprodutivo é um importante recurso para a saúde das mulheres. Ele contribui para uma prática sexual mais saudável, possibilita o espaçamento dos nascimentos e a recuperação do organismo da mulher após o parto, melhorando as condições que ela tem para cuidar dos filhos e para realizar outras atividades.

“Quando a mulher ela quer engravidar o que a gente precisa principalmente afastar as doenças infecciosas. Essa mulher ao chegar no consultório ela fala do seu histórico, faz exames físicos e checagens de prevenção de doenças, como diabetes gestacional, doenças da tireoide, tudo isso identificado precocemente garante uma gravidez mais segura”, comentou Raquel.

É importante que a mulher tenha uma consulta quando antes dela iniciar um método. “Na consulta ela vai poder dizer o que ela quer para saber quais são os métodos mais eficazes. Vai avaliar doenças que ela possa ter ou até mesmo na família que possa contraindicar algum do tipo de método. O profissional de saúde poderá dar as opções para que ela possa escolher”, destacou Raquel.

Métodos contraceptivos

O SUS oferece uma série de serviços que garantem acolhimento e sigilo sem discriminação, como o preservativo masculino e feminino, pílula combinada, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, dispositivo intrauterino com cobre (DIU T Cu), diafragma, anticoncepção de emergência e minipílula.

Mas, vale lembrar, que o uso do preservativo não serve somente para evitar gravidez. É fundamental utilizá-los para prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.

A transmissão de uma IST também pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Por isso, o acompanhamento pré-natal assegura o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.

Saúde Mental

Ampliar o olhar também perpassa o cuidado em Saúde Mental das mulheres, sendo assim, a busca do bem-estar é necessária para lidar com a complexidade do dia a dia.

A Organização Mundial de Saúde (2000) afirma que a saúde mental feminina é afetada por seu contexto de vida ou por fatores externos (socioculturais, econômicos, de infraestrutura ou ambientais) e a identificação e a transformação desses fatores pode ser uma direção para prevenção primária.

Nesta busca, é importante a utilização de estratégias que propiciam ambientes apoiadores, o fortalecimento da resiliência, a criação de condições individuais, sociais e ambientais que permitam aumentar a capacidade de bem-estar.

Para promover a saúde mental e física, muitas estratégias são utilizadas, uma delas é a intervenção psicossocial, que possibilita o enfrentamento de questões pessoais como a ressignificação do sofrimento e a busca por redescobrir e potencializar as habilidades. Para isso, pode contar com a Rede de Atenção Psicossocial – RAPS.

*Com informações do Ministério da Saúde