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Florianópolis, 22 de fevereiro de 2018.

 

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 04/2018 sobre a situação epidemiológica da febre amarela (FA), vigilânciade epizootias de Primatas Não Humanos – PNH (macacos)e eventos adversos pós-vacinação,em Santa Catarina, com dadosaté o dia 20 de fevereiro de 2018.

 

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

>>> Vigilância de casos humanos

 

A vigilância de casos humanosé feita por meio da notificação de casos com sintomatologia compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser imediatamente comunicado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde, (até 24 horas), por se tratar de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e internacional. 

No período de 01 janeiro a 20 de fevereiro de 2018, foram notificados 22 casos suspeitos de febre amarela em Santa Catarina. Desses, 01 foi confirmado por critério laboratorial, 19 foram descartados (08 pelo critério laboratorial e 11pelo critério clinico epidemiológico) e 02 permanecem em investigação aguardando resultado laboratorial (Tabela 1).

 

Tabela 1: Casos notificados de febre amarela, segundo classificação e evolução. SC. (01 a 20 Fev/18)

 

Classificação

Casos

Óbitos

n

%

n

%

Confirmados

1

4

1

50

        Autóctones

0

0

-

-

        Importados

1

100

-

-

Descartados

19

87

1

50

Em investigação

2

9

-

-

Total Notificados

22

100

2

100

Fonte: SINAN NET (com informações até 20/02/2018).

   

Os dois casos em investigação tiveram histórico de deslocamento para Áreas Com Recomendação de Vacina nos 15 dias antes do início dos sintomas (Minas Gerais e São Paulo). Nenhum dos casos suspeitos em investigação tinham sido previamente vacinados contra a febre amarela. O caso confirmado de febre amarela é de um residente do município de Gaspar, com histórico de viagem para o município de Mairiporã/SP, o que caracteriza como sendo um caso importado.

 

A tabela 2 mostra a distribuição dos casos por Região de Saúde e município de residência. Os02 casos em investigação, ambos residem em municípios em Área Sem Recomendação de Vacina (Joinville e Florianópolis), mas se deslocaram para áreas em que há recomendação de vacina (MG e SP).

 

 

Tabela 2. Casos notificados para febre amarela segundoregião de saúde e município de residência.SC, 2018.

 

Região de Saúde

Município de Residência

Notificados

Em investigação

Confirmados

Descartados

Médio Vale do Itajaí

Gaspar

1

-

1

-

Timbó

1

-

-

1

Extremo Sul Catarinense

Sta. Rosa do Sul

1

-

-

1

Carbonífera

Criciúma

2

-

-

2

Alto Vale do Itajaí

Trombudo Central

1

-

-

1

Grande Florianópolis

Florianópolis

6

1

-

5

São José

1

-

-

1

Nordeste

Joinville

2

1

-

1

Serra Catarinense

São Joaquim

1

-

-

1

Lages

1

-

-

1

Xanxerê

Lageado Grande

1

-

-

1

Entre Rios

1

-

-

1

Oeste

Palmitos

1

-

-

1

Meio Oeste

Joaçaba

2

-

-

2

 

TOTAL

22

2

1

19

Fonte: SINAN NET (com informações até 20/02/2018)

 

Observação: Por não atender a definição de caso suspeito de febre amarela, as notificações dos municípios de Agrolândia/SC  e Nova Itaberaba/SC  foram excluídas do SINAN, não sendo considerados nesse boletim.

 

>> Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos)

A vigilância de epizootias em PNH consiste em captar informações sobre o adoecimento ou morte desses animais e investigar oportunamente, a fim de detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de decisão para a adoção das medidas de prevenção e controle.

Os dados das epizootias serão divulgados conforme sazonalidade da doença e com a padronização da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para melhor comparabilidade dos dados com os demais Estados da federação. Dessa maneira serão considerados os períodos de julho de 2017 a junho de 2018.

No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram notificadas 87 PNH acometidos em epizootias, das quais 83 mortes e 04 adoecimentos em 28municípiosde Santa Catarina (Tabela 3).  Deste total, 32 (36,7%) tiveram a causa do óbito indeterminada (sem possibilidade de diagnóstico devido à ausência de coleta de amostras para análise), 27 (31,3%) foram descartadas por critério laboratorial (resultado negativo para febre amarela) e 28 (32,1%) permanecem em investigação.

Tabela 3. Distribuição do número de PNH acometidos, por município de ocorrência e classificação, SC (jul/2017 a jun/2018).

Municipio de ocorrência

PNH acometidos

Total de Notificações

Confirmadas

Descartadas

Indeterminadas

Em investigação

Anchieta

-

1

-

-

1

Blumenau

-

7

1

3

11

Brusque

-

0

-

1

1

Capão Alto

-

-

1

-

1

Caxambu do Sul

-

-

-

1

1

Concórdia

-

1

-

-

1

Cordilheira Alta

-

-

1

-

1

Florianópolis

-

8

13

19

40

Indaial

-

6

-

-

6

Itapiranga

-

-

1

-

1

Jaraguá do Sul

-

1

-

-

1

Joinville

-

-

1

1

2

Lages

-

-

1

-

1

Morro da Fumaça

-

1

-

-

1

Nova Erechim

-

-

1

-

1

Novo Horizonte

-

-

-

1

1

Orleans

-

-

1

-

1

Paial

-

-

1

-

1

Peritiba

-

-

2

-

2

Pouso Redondo

-

-

1

-

1

Rancho Queimado

-

-

-

1

1

Rio do Sul

-

-

1

-

1

Rio Negrinho

-

2

-

-

2

São Francisco do Sul

-

-

2

1

3

São José do Cerrito

-

-

1

-

1

Schroeder

-

-

1

-

1

Vargem

-

-

1

-

1

Videira

-

-

1

-

1

TOTAL

0

27

32

28

87

Informações até 20/02/2018.

Os municípios que registraram epizootias no período de monitoramento de julho 2017 a junho de 2018 estão dispostos na figura 2. Até o dia 20 de fevereiro de 2018, o estado de Santa Catarina não registrou nenhuma epizootia confirmada por FA.

 

Historicamente, a maior frequência de óbitos de PNH ocorre entre os meses de dezembro a maio (período sazonal), momento em que os serviços de vigilância devem estar mais sensíveis à suspeição de casos humanos e à ocorrência de epizootias. No entanto, é essencial que a população diante do conhecimento de mortes de PNH, informe em até 24 horas, as autoridades de saúde para que as coletas de amostras ocorram em tempo oportuno visando a redução do número de epizootias indeterminadas.

 

>> Eventos Adversos Pós Vacinação

Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou um achado laboratorial anormal (CIOMS; WHO, 2012).

No período de 01 de janeiro a 20 de fevereiro de 2018, segundo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, foram aplicadas 47.267* doses da vacina contra a febre amarela no estado de Santa 

 

 

Catarina. Neste mesmo período foram notificados 07 (0,014%) casos suspeitos de evento adverso grave após a vacinação. Destes 05 (71,4%) foram descartados e 02 (28,6%) estão sob investigação.

               

*Dados sujeitos a alteração.     

 

>> Mais informações

• Hotsite da DIVE/SC sobre Febre Amarela: http://dive.sc.gov.br/febre-amarela/

• Página sobre febre amarela do Ministério da Saúde: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao

• Página da Anvisa sobre saúde do viajante: http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem