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Florianópolis, 01 de março de 2018.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 05/2018 sobre a situação epidemiológica da febre amarela (FA), vigilânciade epizootias de Primatas Não Humanos – PNH (macacos)e eventos adversos pós-vacinação,em Santa Catarina, com dadosaté o dia 26 de fevereiro de 2018.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

>>> Vigilância de casos humanos

A vigilância de casos humanosé feita por meio da notificação de casos com sintomatologia compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser imediatamente comunicado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde, em até 24 horas, por se tratar de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e internacional. 

No período de 01 janeiro a 26 de fevereiro de 2018, foram notificados 28casos suspeitos de febre amarela em Santa Catarina. Desses, 01 foi confirmado por critério laboratorial, 21 foram descartados (08 pelo critério laboratorial e 13pelo critério clinico epidemiológico) e 06 permanecem em investigação aguardando resultado laboratorial (Tabela 1).

Tabela 1: Casos notificados de febre amarela, segundo classificação e evolução. SC. (01 a 26 Fev/18)

Classificação

Casos

Óbitos

n

%

n

%

Confirmados

1

4

1

50

        Autóctones

0

0

 

 

        Importados

1

100

 

 

Descartados

21

75

1

50

Em investigação

6

21

 

 

Total Notificados

28

100

2

100

Fonte: SINAN NET (com informações até 26/02/2018).

   

Dos seis casos em investigação, 04 tiveram histórico de deslocamento para Áreas Com Recomendação de Vacina nos 15 dias antes do início dos sintomas. Sobre os demais, ainda não se tem informação quanto a deslocamentos. O caso confirmado de febre amarela é de um residente do município de Gaspar, com histórico de viagem para o município de Mairiporã/SP, o que caracteriza como sendo um caso importado.

A tabela 2 mostra a distribuição dos casos por Região de Saúde e município de residência.Dos seis casos em investigação,04 residem em municípios em Área Sem Recomendação de Vacina (Joinville, Florianópolis e São José) e 02 em Área Com Recomendação de Vacina (Lages). 

Tabela 2. Casos notificados para febre amarela segundoregião de saúde e município de residência.SC, 2018.

Região de Saúde

Município de Residência

Notificados

Em investigação

Confirmados

Descartados

 

Médio Vale do Itajaí

Gaspar

1

-

1

-

Timbó

1

-

-

1

Extremo Sul Catarinense

Sta. Rosa do Sul

1

-

-

1

Carbonífera

Criciúma

2

-

-

2

Alto Vale do Itajaí

Trombudo Central

1

-

-

1

Grande Florianópolis

Florianópolis

7

2

-

5

São José

2

1

-

1

Nordeste

Joinville

2

1

-

1

Serra Catarinense

São Joaquim

1

-

-

1

Correia Pinto

1

 

 

1

Lages

4

2

-

2

Xanxerê

Lageado Grande

1

-

-

1

Entre Rios

1

-

-

1

Oeste

Palmitos

1

-

-

1

Meio Oeste

Joaçaba

2

-

-

2

 

TOTAL

28

6

1

21

Fonte: SINAN NET (com informações até 26/02/2018)

 

 >> Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos)

A vigilância de epizootias em PNH consiste em captar informações sobre o adoecimento ou morte desses animais e investigar oportunamente, a fim de detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de decisão para a adoção das medidas de prevenção e controle.

Os dados das epizootias serão divulgados conforme sazonalidade da doença e com a padronização da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para melhor comparabilidade dos dados com os demais Estados da federação. Dessa maneira, serão considerados os períodos de julho de 2017 a junho de 2018.

No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram notificadas 85 mortes e 04 adoecimentos de PNH em 29municípiosde Santa Catarina (Tabela 3). 

Tabela 3. Distribuição do número de PNH acometidos, por município de ocorrência e classificação, SC (jul/2017 a jun/2018).

Município de ocorrência

Mortes de PNH

Total de Notificações

Confirmadas

Descartadas

Indeterminadas

Em investigação

Anchieta

-

1

-

-

1

Blumenau

-

7

1

3

11

Brusque

-

0

-

1

1

Capão Alto

-

-

1

-

1

Caxambu do Sul

-

-

-

1

1

Concórdia

-

1

-

-

1

Cunhataí

-

-

1

-

1

Cordilheira Alta

-

-

1

-

1

Florianópolis

-

12

13

16

41

Indaial

-

6

-

-

6

Itapiranga

-

-

1

-

1

Jaraguá do Sul

-

1

-

-

1

Joinville

-

-

1

1

2

Lages

-

-

1

-

1

Morro da Fumaça

-

1

-

-

1

Nova Erechim

-

-

1

-

1

Novo Horizonte

-

-

-

1

1

Orleans

-

-

1

-

1

Paial

-

-

1

-

1

Peritiba

-

-

2

-

2

Pouso Redondo

-

-

1

-

1

Rancho Queimado

-

-

-

1

1

Rio do Sul

-

-

1

-

1

Rio Negrinho

-

2

-

-

2

São Francisco do Sul

-

-

2

1

3

São José do Cerrito

-

-

1

-

1

Schroeder

-

-

1

-

1

Vargem

-

-

1

-

1

Videira

-

-

1

-

1

TOTAL

0

31

33

25

89


Informações até
26/02/2018.

Do total de PNH acometidos, 33 (37,1%)tiveram a causa do óbito indeterminada (sem possibilidade de diagnóstico devido à ausência de coleta de amostras para análise), 31 (34,8%) foram descartadas por critério laboratorial (resultado negativo para febre amarela) e 25(28,1%) permanecem em investigação.

Os municípios que registraram epizootias no período de monitoramento de julho 2017 a junho de 2018 estão dispostos na figura 2. Até o dia 26de fevereiro de 2018, o estado de Santa Catarina não registrou nenhuma epizootia confirmada por FA.

Historicamente, a maior frequência de óbitos de PNH ocorre entre os meses de dezembro a maio (período sazonal), momento em que os serviços de vigilância devem estar mais sensíveis à suspeição de casos humanos e à ocorrência de epizootias. No entanto, é essencial que a população, diante do conhecimento de mortes de PNH, informe,em até 24 horas, às autoridades de saúde, para que as coletas de amostras ocorram em tempo oportuno visando a redução do número de epizootias indeterminadas.

 

>> Eventos Adversos Pós Vacinação

Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação e que, não necessariamente, possui uma relação causal com o uso de uma vacina ou outro imunobiológico (imunoglobulinas e soros heterólogos). Um EAPV pode ser qualquer evento indesejável ou não intencional, isto é, sintoma, doença ou um achado laboratorial anormal (CIOMS; WHO, 2012).     

No período de 01 de janeiro a 28 de fevereiro de 2018, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), foram aplicadas 59.731* doses da vacina contra a febre amarela no estado de Santa Catarina. Neste período, foram notificados 08 (0,013%) casos suspeitos de evento adverso grave após a vacinação. Destes, 05 (62,5%) foram descartados e 03 (37,5%) estão sob investigação.

 

*Dados sujeitos a alteração.

 

>> Mais informações

 

• Hotsite da DIVE/SC sobre Febre Amarela: http://dive.sc.gov.br/febre-amarela/

• Página sobre febre amarela do Ministério da Saúde: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao

• Página da Anvisa sobre saúde do viajante: http://portal.anvisa.gov.br/dicas-de-saude-para-viagem