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VACINAÇÃO
Para proteger contra a gripe
Em Joinville, 56 unidades de saúde estarão abertas das 8 às 17 horas

Cerca de 62 mil pessoas – entre crianças, gestantes e idosos – devem ser vacinadas, entre hoje e 25 de maio, contra as gripes tipo A, B e sazonal na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Em Joinville, 56 postos de saúde estarão abertos das 8 às 17 horas, sem fechar para o almoço. Cinco unidades volantes instaladas nos maiores supermercados da cidade atenderão apenas aos idosos.

A responsável técnica pelo setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Goreti Cardoso, diz que a meta é vacinar 100% pessoas. O número estipulado pelo Ministério da Saúde é de 80%.

O aposentado Aderbal Nagel, 65 anos, se vacina há cinco anos e nunca perdeu uma campanha contra a gripe. “Muitos não querem. Mas faz bem para a gente”, diz ele. Os resultados da vacinação já foram sentidos pelo idoso, que afirma não ter tido sintomas fortes da doença. Quem também será imunizada hoje no posto do Morro do Meio é a pequena Isabelly Bianca Mariano, de sete meses. A mãe da menina, Eliane Cardoso Gonçalves, 24 anos, tem três filhas e aconselha os pais a procurarem os postos de saúde, inclusive as gestantes.

Pouco mais de 500 funcionários foram mobilizados para trabalharem nas unidades de saúde e postos volantes durante todo o dia de hoje.

A meta de Maria Goreti é alcançar pelo menos seis mil atendimentos hoje, ultrapassando a quantidade de pessoas do Dia D do ano passado.

gisele.krama@an.com.br

 

 


VACINAÇÃO
Campanha recebe apoio de entidades

A Secretaria de Saúde disse que estão sendo feitos contatos com grupos de idosos e lares para levar a imunização até eles. Mas, segundo a responsável técnica pelo setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Goreti Cardoso, a dificuldade é trazer as pessoas da rede privada para tomarem a vacina nos postos, principalmente as gestantes em fase de pré-natal.

Ela disse que médicos obstetras e ginecologistas foram alertados para incentivarem as pacientes a tomarem a vacina. Também apoiam a campanha a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, o Comitê Consultivo em Prática de Imunização, o Centro de Controle de Doenças e o Comitê Técnico de Assessoramento em Imunização do Ministério da Saúde. As gestantes e crianças viraram alvo da campanha no ano passado, principalmente depois do surto de gripe A em 2010, que atingiu agressivamente as gestantes.

Apesar de a campanha continuar até o dia 25, Maria Goreti destaca a importante de procurar as unidades de saúde hoje. Segundo ela, os postos serão exclusivos para vacinação. Além disto, foram montados cinco postos volantes nas unidades do Angeloni (América e Atiradores), no Giassi, no Big da Beira-rio e Shopping Joinville para atender aos idosos.

 

 


COMBATE AOS VÍRUS


Vacinação contra a gripeIdosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a menores de dois anos, grávidas, indígenas e profissionais de saúde podem procurar os postos de saúde a partir deste sábado para vacinar-se contra a gripe. Em Santa Catarina, a meta é imunizar 744 mil pessoas da população-alvo.

Neste sábado, o dia D da Campanha Nacional de Vacinação, as unidades de saúde funcionarão das 8h às 17h. A vacina trivalente é injetável e protege contra os vírus A (H3N2), B ( gripe sazonal) e A (H1N1), que ficou conhecido em 2009 como da gripe suína. Em 2009, auge da pandemia da H1N1, 2.080 pessoas morreram no Brasil vítimas do vírus. Em 2010, o número de mortes caiu para 148 e, em 2011, para 53.

Conforme a gerente de Vacinação, Luciana Amorim, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a campanha teve um impacto indireto na diminuição das internações hospitalares, da mortalidade e dos gastos para tratar das infecções secundárias.

A novidade neste ano é a vacinação da população prisional. Os presos devem começar a receber a dose depois do dia 25, já que as condições de confinamento deste público colaboram para maior vulnerabilidade para algumas doenças.

 

Outros postos
- Floripa Shopping (Rodovia SC - 401, Saco Grande) – sábado, das 10h às 17h.
- Hippo Supermercados (Rua Almirante Alvim, Centro) – sábado, das 8h às 17h (Somente para idosos com mais de 60 anos).
- Beiramar Shopping (Rua Bocaiúva, Centro), sábado, das 10h às 17h. De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. (Somente para idosos com mais de 60 anos).

 

 

 

ARTIGOS
Venda de medicamentos, por Hortência Tierling*

Está em curso uma ofensiva contra a saúde pública. O Senado Federal aprovou um artigo em medida provisória que permite a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados, armazéns, empórios e lojas de conveniência. É urgente a atenção da sociedade e, especialmente, da presidente Dilma Roussef, para que tal retrocesso não prospere.

A licença foi aprovada em uma MP (549-b) que tinha como objetivo original conceder isenção de impostos (PIS/Pasep) a produtos para portadores de deficiência. Para espanto do setor de saúde, ao tramitar pela Câmara e Senado, recebeu emendas sem relação com a proposta original e sem discussão pelos parlamentares.

A questão crucial é que medicamento não é um produto qualquer, que possa ser manipulado e dispensado sem rigor técnico de armazenamento, controle de procedência e responsabilidade técnica de um farmacêutico. Vender medicamentos isentos de prescrição em estabelecimentos não identificados com a saúde, fora do controle sanitário, e na ausência do farmacêutico – responsável pela orientação sobre o seu uso correto –, costuma resultar em indução à automedicação, uso irracional, aumento dos casos de intoxicação e reações adversas, aumentando as internações hospitalares e os riscos ao paciente. Medicamentos isentos de prescrição também não são isentos de falsificação. Precisam ser dispensados por profissionais de saúde capazes de orientar o usuário e adquiridos de fornecedores confiáveis. É o que ocorre nas farmácias, diariamente, de acordo com a salutar regra em vigor desde 1973. A Polícia Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária apreenderam, no ano passado, mais de 700 toneladas de medicamentos piratas, a quase totalidade em estabelecimentos nos quais não havia farmacêuticos presentes.

As organizações farmacêuticas estão vigilantes, e alertam a presidente para que vete a medida e não exponha a população aos riscos da automedicação e da pirataria.

 

*Presidente do Conselho Regional de Farmácia de Santa Catarina (CRF/SC)