icone facebookicone twittericone instagram

A febre amarela é uma doença que ocorre naturalmente nas matas entre os macacos e os mosquitos transmissores que vivem neste ambiente. O ser humano, eventualmente, se infecta caso esteja próximo ou em íntimo contato com este ambiente se não estiver imunizado.

O vírus da doença circula no estado desde 2019 e de lá pra cá diversas parcerias realizadas com vários setores têm ajudado no aumento do número de notificações de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) em tempo oportuno bem como no aumento da cobertura vacinal nos municípios.

Uma dessas parcerias acontece com o Instituto Felinos do Aguaí, uma associação civil sediada em Siderópolis, no sul do estado. O projeto é dedicado à conservação dos felinos silvestres que estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo, afetados principalmente pela perda do seu habitat.

“As atividades abrangem três programas: Programa de Pesquisa e Monitoramento da Vida Silvestre, de Educação Ambiental e de Saúde Ecológica, visando promover a conservação das espécies. As ações buscam investigar múltiplas interações entre patógenos e doenças e entre espécies e ecossistemas”, explica a coordenadora do instituto, Micheli Ribeiro Luiz.

Para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (DIVE/SC) o apoio de entidades ligadas ao meio ambiente e a atividades de educação ambiental são de extrema importância na vigilância da febre amarela. “Ao realizar suas ações específicas de monitoramento de felinos durante as expedições mata adentro, o projeto também faz o monitoramento da saúde dos macacos que eventualmente são encontrados alertando sobre a saúde dos mesmos e auxiliando no acompanhamento da circulação do vírus por SC”, enfatiza Renata Gatti, bióloga da DIVE/SC.

FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença grave e evolui rapidamente, se não for diagnosticada e tratada imediatamente. Os principais sintomas são início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal. A pele amarelada é um dos indicativos de gravidade. Nesse link, há um fluxograma detalhado sobre o atendimento médico que deve ser seguido quando há suspeita de caso de febre amarela.

“Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico imediatamente. É importante também relatar no atendimento se é morador de borda de mata ou se realizou alguma atividade em matas nos últimos dias e se não tem a dose da vacina”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

A melhor maneira de prevenir a febre amarela é com a vacinação. “Todos os moradores de SC com mais de nove meses devem ser imunizados. A dose está disponível nos postos de saúde”, destaca Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da DIVE/SC.

Atualmente, a cobertura vacinal no estado está em 78,19%. Segundo o Ministério da Saúde, o ideal seria atingir pelo menos 95% de cobertura para que surtos da doença sejam evitados.

A febre amarela é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os macacos, que vivem no mesmo ambiente silvestre que esses mosquitos, são as primeiras vítimas da doença. “E é por esse motivo que é importante que a população comunique a Secretaria Municipal de Saúde ao encontrar um macaco morto ou doente. Isso nos ajuda a acompanhar a circulação do vírus pelo estado”, explica Renata Gatti.

CENÁRIO EM SC
No total, SC já confirmou oito casos de febre amarela em humano em 2021. Nos municípios de Blumenau (1), Taió (1), Águas Mornas (2), Anitápolis (1), São Bonifácio (1), Urussanga (1) e Palhoça (1). Sendo três óbitos.

Nenhum dos casos confirmados tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Com relação às epizootias, SC já tem o registro de 502 epizootias notificadas. Dessas, 121 foram confirmadas para febre amarela e outras 52 estão em investigação.

.

.

Mais informações para a imprensa:

Amanda Mariano, Bruna Matos e Patrícia Pozzo
Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) / SES
Fone: (48) 3664-7406 | 3664-7402
E-mail: divecomunicacao@saude.sc.gov.br
www.dive.sc.gov.br