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O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) definiu nesta quinta-feira, 16, ações emergenciais para controlar o aumento do número de casos, identificados na UTI Geral Pediátrica, de colonização/infecção por bactérias multirresistentes, em particular a KPC, resistente à maior parte dos antibióticos e capaz de produzir infecções graves.

Como esses patógenos têm a capacidade de permanecer no ambiente e em superfícies, além de serem transmitidos por meio das mãos dos profissionais de saúde e de equipamentos, a partir desta sexta-feira, 17, a UTI Geral restringirá o recebimento de pacientes de outras UTIs que possam ser adequadamente assistidos em outras unidades hospitalares. O intuito é esvaziar o local para a desinfecção dos leitos, quartos, equipamentos e boxes, trabalho este que será realizado pela equipe de Higienização duas vezes.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HIJG conseguiu detectar os casos antes de os pacientes apresentarem infecção. “Uma vez por semana os pacientes da UTI Geral passam pelo exame que pode detectar as bactérias. Quando detectadas, a criança é levada para o leito de isolamento. Ela é chamada de superbactéria não por ser mais agressiva ou mortal que as outras, mas porque temos poucas opções de tratamento. Quanto antes agirmos, melhor, e identificamos esses casos precocemente, devido a esse controle semanal”, explica o médico infectologista Marcos Paulo Guchert.

A Direção do HIJG e a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar definiu ainda:

- Reforço, com as equipes médicas, multiprofissionais e de Enfermagem, das medidas de prevenção à disseminação das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS): precauções de contato e higienização das mãos (frequência e técnica);

- Liberação de leitos no hospital para receber pacientes da UTI Geral já com condição de alta;

- Restringir drasticamente a circulação de pessoas na UTI a partir deste momento, estando proibida a entrada desnecessária de pessoas e restringindo à entrada de um profissional por serviço/especialidade que for prestar assistência/interconsulta;

- Reforço do treinamento da equipe de higienização;

- Notificação à autoridade competente: Coordenação Estadual da Segurança do Paciente
(CESP);

- Reforço da necessidade do uso racional de antimicrobianos por parte do Corpo Clínico, para evitar a indução de resistência.