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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (DIVE), divulgou na tarde desta quarta-feira, 15, uma nota de alerta aos municípios catarinenses sobre o perfil dos óbitos em decorrência da dengue no estado no ano de 2022.

Ainda nesta quarta, 15, foi divulgado o informe epidemiológico atualizado, sendo que até o momento foram confirmados no estado 63.194 casos de dengue. A transmissão da doença (casos autóctones) foi registrada em 137 municípios catarinenses, sendo que 65 atingiram o nível de epidemia (a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes).

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Confira aqui o informe epidemiológico.

Desde o início do ano até agora, foram registrados 1.072 casos de dengue que apresentaram sinais de alarme e 74 casos apresentaram sinais de dengue grave. Já em relação aos óbitos, foram notificados 98, sendo que 66 foram confirmados, 10 foram descartados e 22 permanecem em investigação. “Esse número de óbitos confirmado é superior às ocorrências registradas em anos anteriores. Sendo que no ano de 2016 ocorreram dois óbitos, e no ano de 2021, foram registrados sete óbitos”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Conforme a análise realizada na nota de alerta, dos 66 óbitos confirmados por dengue no estado até o momento, 48 deles (72,7%) ocorreram em pessoas com 60 anos ou mais de idade, sendo: 12 (18,2%) de 60 a 69 anos, 14 (21,2%) de 70 a 79 anos, 17 (25,8%) de 80 a 89 anos e cinco (7,6%) de 90 anos ou mais. Assim, considerando a vulnerabilidade deste grupo, é necessário estabelecer estratégias para a adequada classificação de risco, com o monitoramento e manejo clínico adequado.

Confira aqui a nota de alerta.

Diante de todo esse cenário, o documento reforça que é fundamental que todos os municípios intensifiquem as ações para garantir o atendimento oportuno dos casos suspeitos, promovendo o manejo clínico adequado, de forma a evitar a ocorrência de mais casos graves e óbitos pela doença. Ainda, é necessário utilizar o fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente com dengue, do Ministério da Saúde, mantendo atenção para grupos como crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, assim como nos sinais de alarme e gravidade da doença.

“A nota de alerta traz orientações específicas para os serviços de saúde, com instruções para o manejo clínico desses pacientes suspeitos ou confirmados de dengue. É extremamente importante que o fluxograma de classificação de risco seja seguido para tratamento oportuno e correto, além disso, salientamos mais uma vez para a população: ao apresentar sinais e sintomas, é necessário procurar um serviço de saúde para ser avaliado e orientado”, destaca o diretor.

Dengue – saiba mais
Na presença de febre de início abrupto, associada à forte dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dores musculares, nas articulações e fraqueza, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde para evitar o agravamento do quadro. Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença.

A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) continua sendo eliminar locais com água parada:

- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.