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O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza, em território nacional, a campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio. A ideia é que o mês de setembro seja dedicado à reflexão e ao combate ao suicídio. Neste ano, o lema será “A vida é a melhor escolha!”.

 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, o suicídio se mostra mais recorrente do que os óbitos registrados por HIV, malária ou câncer de mama ou guerras e homicídios. Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, segundo a OMS. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano.

Com o intuito de qualificar e direcionar ações e políticas públicas de enfrentamento, a Diretoria de Atenção Primária à Saúde (Daps) da SES, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizará um projeto que visa avaliar em maior profundidade as causas que contribuem para ocorrência elevada de suicídios no Estado. O objetivo é identificar possíveis falhas e lacunas na assistência destas pessoas.

O trabalho prevê a implementação de metodologias inovadoras para rastrear o caminho que as pessoas vítimas do suicídio fizeram junto ao sistema de saúde. “Esses métodos são relativos às bases de dados em saúde, que são várias e muito segmentadas: o projeto prevê a integração dessas informações sobre o não atendimento dessas pessoas pela atenção primária, serviços de saúde mental, urgências e emergências hospitalares”, esclarece João Paulo Silveira, coordenador do projeto.

Entre as perguntas que buscam responder destacam-se: Quais os diagnósticos mais comuns das pessoas que cometem suicídio? Quais serviços devem ser ampliados para buscar atender pacientes com intenção suicida evitando sua consumação? Que tipo de qualificação os profissionais de saúde devem receber para atender melhor essas pessoas?

O cronograma se estende por 6 meses de execução e pretende subsidiar a Daps e demais áreas da SES para qualificação e direcionamento de suas ações e políticas públicas para o enfrentamento e redução das taxas de suicídio no Estado.

O projeto esteve sob apreciação e tramitação obrigatória junto ao Ministério da Saúde e inicia assim que o MS publicar ato homologando sua conformidade.

CVV – Centro de Valorização da Vida

O CVV faz um trabalho pioneiro na área de prevenção ao suicídio desde 1962, com a ajuda de cerca de três mil voluntários que trabalham atendendo mais de 10 mil ligações diárias. Ligue 188 e converse com um voluntário do CVV.