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Florianópolis, 11 de janeiro de 2016

Na última sexta-feira, 8, foi realizada a webconferência de capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde que atuam nos 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, febre de chikungunya e zika. Esses profissionais atuarão nas visitas aos 400 mil imóveis existentes nas áreas infestadas, durante inspeções que serão iniciadas na próxima semana, sob a coordenação das Salas de Situação municipais em criação nesses municípios.

As visitas serão realizadas durante todo o primeiro semestre deste ano, conforme definição do Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao mosquito Aedes aegypti. O primeiro ciclo deverá ocorrer até o dia 12 de fevereiro e, o segundo, até 11 de março, com repetições bimestrais entre a segunda quinzena de março e o mês de junho de 2016.

A capacitação foi conduzida por João Fuck, coordenador do Programa Estadual de Combate à Dengue e porta-voz da Sala de Situação estadual, e por Lizete Contin, gerente de Coordenação da Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Os agentes comunitários de saúde têm um papel muito importante nas ações que iremos desencadear daqui para a frente, para reduzirmos os índices de infestação e os riscos de transmissão dessas doenças”, enfatizou Fuck. O coordenador do programa ainda detalhou sobre todos os possíveis criadouros do mosquito existentes dentro e fora das residências e em outros locais que precisarão ser vistoriados, como estabelecimentos comerciais, hospitais, creches e condomínios, e como eles devem agir na orientação e eliminação desses locais. “Vocês não estarão sozinhos nessa ação. São várias secretarias e órgãos envolvidos”, ressaltou João, referindo-se ao apoio das equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e do Exército.

“Vivemos, hoje, um momento diferenciado, de possível epidemia dessas doenças, e, por isso, nosso trabalho estará direcionado para a identificação e eliminação dos possíveis criadouros do mosquito”, destacou Lizete. Participou, também, da webconferência, o coordenador de Acompanhamento e Avaliação da Gerência de Atenção Básica, Carlos Alberto Vale da Costa.

Durante as visitas, os agentes comunitários de saúde orientarão os moradores sobre a prevenção ao Aedes aegypti e recolherão pequenos recipientes inservíveis, que podem servir de criadouros ao mosquito, como garrafas, lixo, pratinhos de plantas, pneus velhos, entre outros. Recipientes de difícil acesso, como calhas, lajes e caixas d´água serão identificados para uma vistoria posterior a ser realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros. Equipes de agentes comunitários de endemias farão o tratamento químico desses potenciais recipientes não-elimináveis, como caixas d´água sem cobertura e lajes que não podem receber drenagem. Os imóveis que estiverem fechados deverão ser visitados novamente. A inspeção deverá incluir os terrenos baldios e as praças públicas.