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Durante o verão, período mais quente e mais chuvoso do ano, aumenta o número de acidentes com animais peçonhentos, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Por isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), orienta a população em relação aos riscos dessa época.

“A maioria dos acidentes é registrada no verão, porque existe um aumento da realização de atividades ao ar livre, como ir à praia e fazer trilhas, e de limpezas de habitações, quintais e terrenos, coincidindo com o período em que há deslocamento dos animais peçonhentos para alimentação e reprodução”, explica Alexandra Pereira,  médica veterinária da Gerência de Vigilância de Zoonoses da DIVE/SC. Além disso, ela também alerta que em regiões onde há enchentes o risco também é grande, pois esses animais são obrigados a deixarem seus habitats em busca de um novo local, refugiando-se, muitas vezes, dentro das casas.

Em Santa Catarina, na temporada de verão de 2018 (entre os meses de dezembro de 2017 a março de 2018), foram notificados 4.108 acidentes por animais peçonhentos, o que representa 44,7% do total notificado entre dezembro/2017 a dezembro/2018. Sendo 63,9% deles causados por aranhas, seguidos pelos acidentes por abelhas (10%), lagartas (9,9%), serpentes (7,3%) e por escorpiões (4,1%). As lesões por águas-vivas registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina chegaram a 37.863 ocorrências durante a Operação Veraneio 2017/2018. Na Operação Veraneio 2018/2019, foram regitrados 28.658 lesões por água viva até o momento.

No caso de picadas ou mordeduras, a vítima deve procurar atendimento médico no serviço de saúde mais próximo nas primeiras horas após a ocorrência. A referência para atendimento de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), com funcionamento 24 horas pelo telefone 0800 643 5252.

Aprenda mais sobre esses animais e como proceder em caso de acidente com animal peçonhento:

O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES

  • • Manter a vítima calma e deitada;
  • • Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
  • • Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno;
  • • Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
  • • Cobrir com um pano limpo;
  • • Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
  • • Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário; e
  • • Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro antiveneno específico.

O QUE NÃO FAZER

  • • Não fazer torniquete -  isso impede a circulação do sangue e pode causar gangrena ou necrose local;
  • • Não cortar o local da ferida, para fazer 'sangria'; e
  • • Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, pois poderá provocar infecção.

COMO EVITAR ACIDENTES

  • • Utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) no manuseio de materiais de construção, lenhas, móveis, em atividades rurais, limpeza de jardins, quintais e terrenos, etc.;
  • • Observar com atenção os locais de trabalho e de passagem;
  • • Não colocar as mãos em tocas, buracos e espaços entre lenhas e pedras (utilizar ferramenta);
  • • Evitar aproximação de vegetação rasteira ao amanhecer e ao anoitecer (período de maior atividade de serpentes);
  • • Não mexer em colmeias e vespeiros (contatar autoridade local);
  • • Inspecionar antes do uso roupas, calçados, roupas de cama e banho, panos, tapetes, e afastar camas das paredes;
  • • Não depositar lixo, entulho e materiais de construção junto às habitações;
  • • Evitar que plantas e folhagens se encostem nas casas;
  • • Fazer controle de roedores (servem de alimento para serpentes);
  • • Evitar acampar em áreas onde é sabido que há roedores e serpentes;
  • • Não fazer piquenique às margens de rios, lagos e lagoas, e não se encostar em barrancos durante pescarias;
  • • Limpar regularmente e com EPIs móveis, cortinas, quadros, paredes e terrenos baldios;
  • • Vedar frestas, buracos, portas, janelas e ralos;
  • • Manter limpos jardins, quintais, paióis e celeiros;
  • • Combater insetos (especialmente baratas que servem de alimento para escorpiões e aranhas); e
  • • Preservar predadores naturais dos animais peçonhentos.

Att, 

Bruna Matos
Patrícia Pozzo

Jornalista
(48) 3664-7406 
(48) 3664-7402 

(48) 3664-7385