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Emoção, latidos e patinhas marcaram a tarde deste sábado, 25, no Centro de Pesquisa Oncológica (CEPON), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em uma atividade realizada pela Associação Patas do Bem, pacientes com câncer receberam a visita de cães e seus tutores, que levaram alegria para os corredores do hospital. A ação faz parte do Serviço de Terapia Ocupacional do CEPON desde 2016. Neste período, mais de 1,5 mil paciente internados receberam a visita dos animais.

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Fotos: Marco Favero/Secom

“Os pacientes ganham com a visita, mas a equipe técnica e os acompanhantes também são beneficiados. A rotina em um hospital oncológico pode ser bastante pesada, mas a chegada dos animais quebra esse clima e permite um momento de alegria e descontração para todos”, afirma a terapeuta ocupacional do CEPON, Gabriela Bubniak, que acompanha a atividade.

De acordo com ela, a Atividade Assistida por Animais tem o objetivo de promover bem-estar e vivências significativas, resgatar e criar memórias afetivas nos pacientes. “A ação melhora aspectos biopsicossociais, diminui os impactos negativos do tratamento oncológico e otimiza o atendimento aos pacientes e acompanhantes por meio de uma abordagem diferenciada”, complementa Gabriela.

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Animais especiais

No CEPON, o projeto ocorre em parceria com a Associação Patas do Bem, que é responsável por selecionar, treinar e fazer o controle de saúde e de comportamento dos animais que farão parte da visita. Conforme Fabíola Provensi, coordenadora do Patas do Bem no CEPON, os cães e os tutores passam por seleção, porque precisam atender alguns pré-requisitos para realizar as atividades em hospitais.

“Somos uma associação sem fins lucrativos e de utilidade pública que tem a missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio de atividades lúdicas, motivacionais e por vezes educativas assistidas por animais”, afirma Fabíola. No CEPON, atualmente a equipe conta com três tutores voluntários com seus animais e também dois voluntários sem animal. Além de Fabíola Provensi e Barthô (cão da raça Shitzu), as visitas são realizadas por Daniela Medalha, tutora da Beta (cão sem raça definida – SRD), Rita Leite, tutora da Glória (Labrador), Dalila Suterio e Pricyla Silva como apoio para a atividade.

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As visitas são quinzenais e ocorrem aos sábados. “Os cães passam por um protocolo de higienização antes, durante e após a atividade hospitalar, sempre pensando na saúde e bem-estar dos pets e dos assistidos (pacientes), além de estarem com a saúde sempre em dia (vacinas, vermífugos e antipulga)”, explica Fabíola.

A Atividade Assistida por Animais é realizada no CEPON sempre supervisionada pela Terapeuta Ocupacional, que avalia quais são os pacientes que podem, e se beneficiariam em receber a visita do animal. Pacientes imunodeprimidos, com doenças infectocontagiosas e outros fatores que podem trazer risco a segurança, são restritos de receber a visita.

Outra atividade promovida pelo CEPON é a permissão da visita do animal doméstico e de estimação do paciente, que é uma lei estadual que garante ao paciente este direito (Lei 17968, de 30 de Julho de 2020). A legislação dispõe sobre a permissão para a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no SUS no Estado de Santa Catarina.

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