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DENGUE
Situação está sob controle no Estado

Santa Catarina, apesar dos 37 casos de dengue confirmados durante os três primeiros meses do ano, nenhum foi registrado na lista dos graves, sendo o único Estado que mantém o número “zero” na tabela do Ministério da Saúde. Em 2011, de janeiro a março, 98 pessoas contraíram a doença.

O Rio de Janeiro tem 23 mortes nos três primeiros meses do ano. É o Estado com maior número de casos graves no Brasil.

A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que os casos confirmados em SC não foram contraídos no Estado e, sim, por contato com pessoas contaminadas pela doença em viagens e outros locais.

A cidade com maior incidência é Blumenau, com seis casos confirmados e 71 focos encontrados em ferros-velhos, a maioria às margens da BR-470.

Até sexta-feira, foram registrados no Estado 367 focos da larva do mosquito. Chapecó, no Oeste, apresenta o maior número de focos, mas nenhum caso foi confirmado.


 

Até aos 18
Há um esforço da Secretaria de Saúde de Joinvile para convencer o governo do Estado a autorizar o Hospital Materno-infantil a aceitar o atendimento de jovens até 18 anos no pronto-socorro. Hoje é limitado ao teto de 14 anos, 11 meses e 29 dias – nas outras áreas do hospital, vai até os 17 anos. Outra medida cobrada é que o Materno-infantil dê continuidade aos atendimentos iniciados no São José. Outra tentativa será ampliar a cota de partos, hoje acertada em 50 por mês com o governo estadual.


Mais bolsas
Uma das saídas para tentar amenizar a falta de pediatras em Joinville é aumentar o número de residentes no Materno-infantil. Hoje são quatro bolsas. Quando há problemas em PAs, como ocorreu neste final de semana, é o hospital que lota. Com mais residentes, o atendimento melhora. E, é claro, tem de contratar mais profissionais, mas está difícil.


Demanda
Em Joinville, são 106 pediatras em atuação. Em todo o Brasil, há carência desses profissionais. No RJ, o governo está prometendo bolsa extra para os residentes na especialidade. A baixa remuneração por plantões e consultas – pediatra vive praticamente só disso, outras especialidades fazem mais procedimentos – acaba levando o pessoal a ficar cada vez mais especializado, fora dos plantões.

 

 

 

Visor

PODE PARAR
Os fiscais da Vigilância Sanitária ameaçam parar a qualquer momento. Eles não aceitam a suspensão do pagamento da gratificação por produtividade. A Secretaria da Saúde da Capital diz que está realizando uma auditoria para esclarecer possíveis irregularidades nos relatórios dos agentes. Alega que houve queda na arrecadação da emissão de alvarás e multas, enquanto as planilhas apresentadas indicavam um maior volume de trabalho. Dos 70 fiscais, 16 estão sob investigação.

 

Geral


DENGUE
Único Estado sem casos graves

Apesar de registrar 37 pessoas contaminadas nos três primeiros meses do ano, SC é “zero” na tabela do Ministério da SaúdeSanta Catarina, apesar dos 37 casos de dengue confirmados durante os três primeiros meses do ano, nenhum foi registrado como grave. É o único Estado que mantém o número “zero” na tabela do Ministério da Saúde. Em 2010, no mesmo período, 98 pessoas contraíram a doença. O Rio de Janeiro teve 23 mortes de janeiro a março e é o Estado com o maior número de casos graves no país.

A Secretaria de Saúde afirmou que os casos em SC não foram contraídos no Estado e, sim, através do contato com o mosquito Aedes aegypti em outros locais do Brasil.

O município com maior incidência é Blumenau, com seis casos. Até sexta-feira foram registrados em SC 367 focos do mosquito, e Chapecó lidera o ranking com 83. Apesar do número, nenhuma pessoa foi contaminada.

Na Capital, foram confirmados três casos da doença. O secretário de Saúde de Florianópolis, João José Cândido da Silva, afirma que até agora foram detectados 20 focos.

Desses, um no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, dois no Terminal Rodoviário Rita Maria e os outros foram contabilizados em bairros no limite com São José. Em 2010, foram 24 focos.

Armadilhas para detectar o mosquito

A Secretaria de Saúde espalhou 1,4 mil armadilhas contra o mosquito Aedes aegypti.

Na rodoviária, uma equipe trabalha para conter o mosquito que vem de outras cidades. Margarete de Almeida Melo é uma das profissionais que atua nos transportes para evitar que o inseto entre em Florianópolis “de carona”. Ela trabalha no Programa de Combate à Dengue.

A diretora do programa, Janete Temochko, explica como é feita a ação.

– Montamos armadilhas com pneus de uma moto cortados ao meio e colocamos um pouco de água. Deixamos a 80 centímetros de altura do chão e esperamos o mosquito. Voltamos na armadilha sete dias depois.

Segundo explicou Janete, o ciclo do mosquito dura sete dias e, se for detectada a presença da larva, os agentes atuam em um raio de 300 metros.

 

FLAVIA WERLANG

 

 

DENGUE
Foco nos ferros-velhos

Desde o começo do ano, Blumenau já registrou seis casos confirmados de dengue. A cidade é líder no ranking da doença em SC, mas não preocupa as autoridades de saúde porque todos os pacientes se contaminaram em outros estados. A prioridade do Programa de Combate à Dengue do município é atacar os ferros-velhos, principal ponto de concentração dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Para isso, um decreto estadual estipulou prazo de seis meses, a vencer em junho, para que os estabelecimentos providenciem cobertura para a área de depósito de materiais.

– Os mosquitos vêm, ainda em forma de ovos, dentro das peças dos carros. Quando chegam aqui, encontram temperatura e umidade ideais para se criar. Aí é que surge o problema – explica a gerente de Combate à Dengue em Blumenau, Dalva da Silva Assini.

Com base no Decreto 3.687 de dezembro de 2010, a Vigilância Sanitária já autuou 60 dos 71 ferros-velhos que mantêm as sucatas ao ar livre, acumulando água onde o mosquito procria. Quem foi notificado, corre o risco de ser obrigado a fechar as portas se não seguir as recomendações.

– Não há multa para isso. O que precisamos não é de dinheiro, e sim de atitude – afirma Dalva.

Os bairros com maior número de focos em Blumenau são Salto do Norte e Fortaleza, locais onde estão a maioria dos ferros-velhos. Muitos trazem a mercadoria de São Paulo e Rio.

– Precisa haver uma ajuda de algum lado para fazermos a cobertura. Reduzir o IPTU é uma delas. Imagina o quanto teremos de pagar por isso! – reclama Reginaldo Pedroso, que tem um terreno de 2 mil m2 para cobrir no ferro-velho da família.

Blumenau tem 71 ferros velhos, a maioria localizados às margens da BR-470. O Programa de Combate à Dengue faz 1,1 mil visitas semanais em armadilhas e empresas. Em 2010, o Bairro Itoupavazinha foi o recordista no número de focos, com 168 pontos encontrados.

Desuita Rosário Dratzinski é uma das seis pessoas com dengue este ano no município. Ela foi passear com a família em Rondônia. Ficou 20 dias e, ao retornar, teve febre alta, dor de cabeça e dor nos olhos. Procurou um médico e recebeu o diagnóstico: estava com dengue.

– Foi um grande susto, pois meu marido também teve a doença. O único problema é que não há um exame que aponte isso na hora. Tivemos que aguardar que ele voltasse de Florianópolis para ter certeza do que tínhamos – conta Desuita.

Dalva da Silva Assini, explica que a doença só é detectada após o sexto dia da picada do mosquito. Antes disso, ele pode ser confundido com outras doenças.

 

 

PEDIDO DE DOAÇÕES
Estoque baixo no Hemosc de Blumenau

Mais uma vez, está na hora do blumenauense socorrer o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemosc) de Blumenau.

Com a chegada do frio e a maior frequência de doenças respiratórias, como gripes e resfriados, o número de doadores diminuiu e o estoque também, em especial o de plaquetas – separadas durante o processamento do sangue –, que têm cinco dias de validade.

Por enquanto, os funcionários do Hemosc afirmam que a situação está sob controle, já que não foi preciso cancelar nenhum procedimento por falta de sangue. Não foi informado o número ideal de bolsas, mas o estoque está abaixo do normal.

Por ser doador universal, o sangue O negativo é o mais procurado. Esse tipo é usado nas situações de emergência, quando não é possível identificar de imediato o tipo sanguíneo do paciente. Outra tipagem necessária é o A, tanto negativo quanto positivo, pois é o mais comum nos procedimentos cirúrgicos.

 

Blumenau

 

 

Dengue
Estado fecha cerco à dengue
Ferros-velhos têm até junho para providenciar cobertura na área de depósito de sucatas

A partir de junho, os 71 ferros-velhos de Blumenau serão obrigados a ter cobertura na área de depósito de sucatas. É o cerco que se fecha sobre os estabelecimentos que concentram os focos de proliferação do mosquito Aedes Egypt. Apesar do município ter seis casos confirmados de dengue em 2011, sendo líder no ranking da doença em Santa Catarina, a prioridade do Programa de Combate à Dengue é fazer valer o decreto estadual que estipulou prazo de seis meses, a contar de janeiro, para os ferros-velhos se adaptarem. A disseminação da doença não preocupa porque todos os pacientes se contaminaram em outros Estados.

– Os mosquitos vêm, ainda em forma de ovos, dentro das peças de automóveis. Quando chegam aqui, encontram temperatura e umidade ideais para se criar. Aí é que surge o problema – explica a gerente de combate à dengue em Blumenau, Dalva Assini.

Com base no Decreto 3.687 de dezembro de 2010, a Vigilância Sanitária já autuou 60 dos 71 ferros-velhos que mantêm as sucatas ao ar livre, acumulando água onde o Aedes Egypt procria. Quem foi notificado, corre o risco de ser obrigado a fechar as portas se não seguir as recomendações.

– Não há multa para isso. O que precisamos não é de dinheiro, e sim de atitude – afirma Dalva.

Salto do Norte e Fortaleza têm maior número de focos

Os bairros com maior número de focos da dengue em Blumenau são Salto do Norte e Fortaleza, onde estão a maioria dos ferros-velhos e transportadoras, que trazem a mercadoria de São Paulo e Rio de Janeiro.

– Precisa haver ajuda para fazermos a cobertura. Reduzir o IPTU, por exemplo. Imagina o quanto teremos de pagar! Sem incentivo, fica difícil – reclama Reginaldo Pedroso, que tem um terreno de 2 mil metros quadrados para cobrir no ferro-velho da família.

O Programa de Combate à Dengue de Blumenau faz 1,1 mil visitas semanais em armadilhas e empresas. Transportadoras, borracharias, cemitérios e ferros-velhos são os lugares mais vigiados. Em 2010, o Bairro Itoupavazinha foi o recordista no número de focos, com 168 pontos encontrados.

tatiana.santos@santa.com.br

TATIANA SANTOS

 

 


          Anvisa promove discussão sobre descarte de resíduos de medicamentos

Órgãos de governo e entidades representativas do setor farmacêutico, de profissionais de saúde e da sociedade organizada estarão reunidos, no dia 15 de abril, para discutir os riscos relacionados ao descarte inadequado dos resíduos de medicamentos no país. Durante o encontro, que será realizado em Brasília (DF), serão definidas as diretrizes para a destinação correta desses produtos.
 

No Painel sobre Descarte de Resíduos de Medicamentos, serão apresentadas experiências bem sucedidas na área. Os participantes poderão compartilhar e sistematizar informações que orientem a população e os profissionais de saúde quanto ao descarte adequado dos medicamentos, bem como a sua destinação final.


Na ocasião, também será lançado o grupo de trabalho temático sobre medicamentos, que tem como responsabilidade fazer a avaliação técnica e econômica das alternativas disponíveis para recolhimento dos produtos na cadeia farmacêutica, por intermédio de acordos setoriais, regulamentos ou termos de compromisso.

O descarte de medicamentos é um dos temas da Agenda Regulatória da Anvisa de 2011, previsto para ser regulamentado este ano. O assunto é um dos compromissos institucionais assumidos perante a sociedade no campo da vigilância sanitária, de acordo com o previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/10.

 


Saúde municipal em xeque
Auditoria. TCE/SC exige adequação de municípios

Os municípios de São José, Biguaçu e Palhoça têm 30 dias para responder questionamento do TCE/SC para deficiências na área da saúde. Em 2009, o funcionamento da Estratégia de Saúde da Família (ESF) foi avaliado pelo TCE que constatou inúmeros problemas, desde demora na realização de consultas a entrega de resultado de exames. O não encaminhamento do documento pode levar a representação das cidades ao MP.

A auditoria se refere ao ano de 2009 e aponta casos de espera de mais de mil dias, ou cinco anos, para consultas ou exames em cinco especialidades médicas como neurologia, pediatria, ginecologia, ortopedia e oftalmologia. Problemas de infra-estrutura nas unidades de saúde, contratação de recursos humanos e as enormes filas de esperas foram os principais pontos apontados.

Entre as recomendações do TCE estão adequações na estrutura física das unidades, sistema de controle de estoque e dispensação de medicamentos, treinamento introdutório e implementação do plano de capacitação à ESF, sistema eletrônico de controle de ponto dos servidores, a atividades de educação e promoção da saúde com grupos populacionais específicos, além de sugerir a adoção de medidas para possibilitar a imediata e regular inserção das requisições (consultas e exames).