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GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO

Restrições no São José

O Hospital São José anunciou que a partir de hoje só fará as cirurgias de urgência e emergência. O que já estava previamente agendado não será mais realizado. “Não temos como atender nem mesmo as cirurgias de câncer”, disse o diretor-presidente Tomio Tomita.

Das seis salas de cirurgia, quatro estão fechadas por falta de funcionários. “A gente vinha atendendo, em média, apenas dez de cada 30 cirurgias marcadas”, afirmou.

Tomio disse também que já sabe que outros hospitais, como o Regional, estão ficando sobrecarregados porque pacientes com traumas (especialmente acidentes) estão sendo encaminhados para lá. “Não temos outra alternativa”, afirma.

Segundo a Prefeitura, cerca de 580, de um total de 2,7 mil servidores da Saúde, pararam as atividades. “Em nenhum lugar tivemos 100% de adesão, mas os serviços ficaram comprometidos”, comentou

 

 SAÚDE
Servidores são detidos por fraude

A Polícia Federal realizou, ontem, a Operação Saúde em sete Estados. Foram presos 34 servidores públicos municipais, entre eles, o vereador e ex-secretário de Saúde de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, Adão Ávila. Os detidos são suspeitos de envolvimento em um esquema nacional de fraudes na compra de medicamentos e equipamentos hospitalares. Outras duas pessoas foram detidas em Luis Alves e não tiveram o nome divulgado.

Ontem, a Prefeitura de Governador Celso Ramos enviou uma nota dizendo que aquisição de medicamentos ocorre dentro da legalidade por meio de pregões presenciais, nos quais participaram cerca de 15 concorrentes do RS, PR e SC.

 


AGENTES DO RISO
PARA AMENIZAR A DOR

Os dez atores do grupo Agentes do Riso, da Traço Cia. de Teatro, vão se revezar nas apresentações que começaram ontem no Hospital Joana de Gusmão, na Capital. Os atores têm a intenção de fazerem as crianças retomarem o universo lúdico que geralmente perdem ao serem internadas

 

 

Quantos trabalham


Se quando tinha liminar proibindo a paralisação na Saúde o sindicato incentivava a greve, que dirá agora que o TJ reconheceu o direito de greve dos servidores no setor. Está no direito.

É a Saúde o setor mais capaz de fazer a administração ceder. Como nenhum dos lados vai se entender, a Justiça terá de decidir quantos têm de trabalhar. Pode ser qualquer índice, não existe essa de 30% – em Araquarara (SP), a Justiça mandou 40% trabalhar.


Inutilidade
Mas mesmo que a Justiça venha a decidir quantos devem trabalhar na Saúde em Joinville, nada se resolve. A greve atinge 20% da Saúde, talvez até menos disso no São José, mas os problemas aumentaram porque nem com 100% trabalhando dá para atender todo mundo. Enfim, mesmo que a Justiça mande 80% trabalharem, a população será sofrendo.

 

 

 

SAÚDE X JUSTIÇA

 
A Procuradoria Geral quer reduzir o número de pedidos para a entrega de medicamentos gratuitos ao Estado via judicial. Em recente decisão, o STF negou solicitação de um paciente de São Bento do Sul, que ganha R$ 3,7 mil por mês, para fornecimento de remédio contra diabetes. O benefício só poderia ser concedido a pessoas comprovadamente carentes. Por ano, o Estado banca R$ 100 milhões com a judicialização da saúde. E o pepino cresce a cada ano, sem sinal de solução

 

Geral

 
SEM DODÓI
Hospital também é lugar de dar boas gargalhadas

Grupo teatral é contratado para fazer visitas a crianças internadas em instituição de saúde da CapitalO silêncio do quarto de Caroline Weber é quebrado por alguns instantes. Quando os palhaços entram, a menina se esquece que está há um mês nohospital e abre o sorriso com a leveza dos seus 10 anos.

As brincadeiras, músicas e piadas lembram Carol de como ela vai brincar com os irmãos, Miguel e Daniel, depois de sair do hospital. Principalmente com Daniel, de três anos.

–A gente sempre ficou junto, desde que ele nasceu – diz.

A vida no campo em Anitápolis, na Grande Florianópolis, teve que dar uma pausa por causa da leucemia. Além de matar a saudade do irmão menor, a menina sonha em mexer no computador que ganhou recentemente da família.

Enquanto não recebe alta do hospital, ela fica na expectativa pela próxima visita dos Agentes do Riso, agendada para amanhã.

– E eles vão encontrar a minha menina bem melhor, né? – aposta a avó, Leoni Hass da Cruz.

Os 10 atores do grupo Agentes do Riso, da Traço Cia de Teatro, vão se revezar nas apresentações, que começaram ontem, no Hospital Joana de Gusmão. Inicialmente, o grupo contratado deve passar pelos leitos duas vezes por semana. Greice Miotelo, a Dra. Gretta, destaca que a intenção é fazer a criança retomar o universo lúdico que geralmente perde ao ser internada. Para o grupo, o desafio será manter o bom humor e não se deixar abater pelos problemas de saúde que atingem pessoas com tão pouco tempo de vida.

– A gente quer modificar o estado deles e não modificar o da gente. E, se a gente desanimar, não pode demonstrar de jeito nenhum – explica a “doutora”, enquanto brinca com as bolhas de sabão feitas por Dr. Pampilho, Alex de Souza.

A julgar pela recepção das crianças no hospital, o projeto já deu certo. As gargalhadas iluminaram o rostinho de Karla Schütz de Moraes. As visitas da menina ao hospital são frequentes devido a uma doença que fragiliza as formações ósseas e a fez quebrar 11 ossos nos seus três anos. Desta vez, ela se recupera de uma fratura do fêmur. Karla normalmente se distrai com as bonecas e perguntando o nome de quem passa aos pés de sua maca. Mas, mal os palhaços saíram do quarto, a pergunta da vez foi:

– Cadê o palhaço?

O hospital Joana de Gusmão tem cerca de 120 internados, segundo a recreadora Rosângela Maria Goulart. Ela destaca que os trabalhos de mágicos, palhaços e músicos do hospital ajudam na recuperação.

O projeto Agentes do Riso conta com patrocínio da prefeitura, Lei Municipal de Incentivo à Cultura e Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. Informações: osagentesdoriso.blogspot.com.

 

GABRIELLE BITTELBRUN

  

FRAUDE NA SAÚDE

Operação prende servidores públicos
Polícia Federal deteve 34 pessoas por desvio de verba para medicamentos

A Polícia Federal realizou, ontem, a Operação Saúde em sete estados. Foram presos 34 servidores públicos municipais no país, entre eles, o vereador e ex-secretário de Saúde de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, Adão Ávila (PMDB). Os detidos são suspeitos de envolvimento em um esquema nacional de fraudes na compra de medicamentos e equipamentos hospitalares. Outras duas pessoas foram detidas em Luiz Alves.

Ávila, que está no quinto mandato como vereador em Governador Celso Ramos, assumiu a Secretaria de Saúde do município em vários períodos entre 2005 e 2010. O político também é funcionário de carreira do Ministério da Saúde. A prisão ocorreu na casa do vereador, na madrugada de segunda-feira, no Bairro Areias de Baixo. O vereador negou as acusações.

– Não sei de nada. Não sei de nada – repetiu ao ser preso em casa.

A prefeitura de Governador Celso Ramos preferiu se pronunciar sobre o caso apenas por uma nota enviada pela assessoria de imprensa. O texto diz que a aquisição de medicamentos ocorre dentro da legalidade por meio de pregões presenciais, dos quais participaram cerca de 15 concorrentes dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

Um casal de empresários também foi preso em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, na Operação Saúde. A PF não divulgou os nomes. O homem detido foi secretário municipal da Fazenda entre 2007 e 2008, e a mulher seria contadora concursada da prefeitura, segundo informações da polícia em Itajaí. Os dois teriam participado da fraude em licitações para a compra de medicamentos.

Sete estados envolvidos no esquema ilícito

As investigações foram desencadeadas pela Polícia Federal em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Como a operação ainda ocorria em alguns estados no início da noite de ontem, a PF gaúcha explicou que ainda não poderia revelar qual era o envolvimento de cada preso no esquema. A Justiça Federal do RS expediu 72 mandados – 64 deles de prisão para sete estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Entre os detidos, estão 12 secretários e ex-secretários municipais de pastas como Fazenda, Finanças e, principalmente, da Saúde. Todos são investigados desde a instauração do inquérito, em 2007.

– Muitos são ex-secretários, pois já foram afastados durante as investigações da Polícia Federal – ressalta o delegado regional da PF do RS, José Antonio Dornelles

  

Direitos


Você sabia que portadores de alguns tipos de câncer são isentos de Imposto de Renda quando se aposentam ou se são acometidos pela doença durante a aposentadoria, mas não têm o mesmo direito de isenção se continuam na ativa? Não parece uma espécie de punição aos que permanecem trabalhando? Alô, senhores deputados!