PLANO DE SAÚDE

O contrato entre governo estadual e Unimed para os planos de saúde dos servidores acaba no dia 31 de julho, mas os beneficiados não precisam temer a perda do amparo médico. Quem garante é a Secretaria de Administração, que tem o entendimento jurídico de que ainda pode prorrogar o atual contrato por seis meses, caso não conclua o processo de licitação do novo plano de saúde.

A proximidade da data final do contrato tem causado uma legítima preocupação entre os servidores, inclusive com relatos de que alguns médicos não estão aceitando consultas marcadas para depois dessa data. A orientação da secretaria é para denunciar essa prática. No início do ano, o contrato foi prorrogado por seis meses para que o Estado fizesse a licitação de um novo modelo de plano de saúde para o funcionalismo, já que a Unimed não estaria interessada em manter o atual sistema. A Administração promete mais novidades em breve.

ADENDO
- Novo presidente do Sindsaúde, Pedro Paulo das Chagas assumiu a entidade por três anos com a proposta de prosseguir as negociações da pauta salarial da categoria.

Radioterapia continua fechada após longa espera

A estrutura física da radioterapia do Hospital Tereza Ramos (HTR) inaugurou em dezembro do ano passado, e até hoje o serviço não entrou em funcionamento. Pacientes que precisam do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se deslocam para outras cidades do Estado. A gerente administrativa do hospital, Ivone Koech, disse em fevereiro que provavelmente o serviço iniciaria em março, mas as portas continuam fechadas no local.A radioterapia terá capacidade para realizar 30 procedimentos por dia. Atualmente, cerca de 80 pacientes da região que precisam dos serviços, são encaminhados mensalmente para fazer o exame pelo SUS no Cepon, em Florianópolis.

 O investimento custou em torno de R$ 8 milhões, incluindo-se a obra de estrutura física, a aquisição de mobiliários, tomógrafo, aparelho de radioterapia e contratação de pessoal para o setor de recursos humanos. O número de atendimentos depende da demanda, mas a capacidade é para fazer 30 procedimentos por dia.

 A estimativa é que 50 funcionários entre médicos radioterapeutas, físicos, engenheiros, auxiliares, técnicos de enfermagem e administrativos façam os atendimentos para aproximadamente 650 mil habitantes. Toda a Serra Catarinense, o Alto Vale do Itajaí e parte do Oeste serão beneficiados. O prédio anexo ao Hospital tem área de 859 metros quadrados e é composto por 30 salas, consultórios, sala de medicação e de espera.

Em fevereiro, faltava apenas a base do acelerador para o serviço funcionar. O acelerador foi comprado pelo governo do Estado e custou US$ 618 mil. A radioterapia vai contar também com um tomógrafo, que custará US$ 750 mil.
 
Em março, a equipe da direção do Hospital Tereza Ramos (HTR) declara que o funcionamento do setor de radioterapia depende de terceiros. O concurso realizado recentemente não incluiu vagas para o atendimento, que estará aberto para licitação sem data definida.

 De acordo com o diretor do Hospital, Osmar Guzatti Filho, existe a possibilidade de uma empresa que presta serviço em outro hospital ser a contratada, mas outras clínicas da região sul do país também devem participar da licitação.

 A previsão para o início dos atendimentos é só para o final do segundo semestre deste ano.
O diretor geral do HTR, Osmar Guzatti, não foi encontrado para falar sobre o assunto.

 Como funciona a radioterapia

 O número de aplicações necessárias varia de acordo com a extensão e a localização do tumor, também dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. Um aparelho chamado simulador é utilizado para programar o tratamento.

 Através de radiografias, o médico delimita com tinta vermelha a área a ser tratada. Para que a radiação atinja somente a região marcada, pode ser feito um molde de gesso ou de plástico para que o paciente se mantenha na mesma posição.

 O paciente fica deitado sob o aparelho direcionado para o traçado sobre a pele. É possível que sejam usados protetores de chumbo entre o aparelho e algumas partes do corpo, para proteger os tecidos e órgãos sadios.
 
De acordo com a localização do tumor, a radioterapia pode ser feita com os aparelhos afastados do paciente (teleterapia ou radioterapia externa) ou com os aparelhos em contato com o organismo (braquiterapia ou radioterapia de contato).

 Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios. Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea.Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Ele manifesta-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.