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OPINIÃO DE A NOTICIA
A porta certa da saúde

Com muita frequência e há décadas, autoridades em saúde queixam-se dos pacientes que batem na porta errada: em vez de procurar os hospitais somente em caso de emergência e urgência, muitos pacientes correm para o sistema hospitalar atrás de atendimento para casos simples. Problemas que poderiam ser resolvidos na rede de atenção básica acabam congestionando a rede de média e alta complexidade. Não dá para apontar a situação apenas como caso de desinformação. Sem resolutividade nos postos de saúde, as pessoas acabam correndo para os hospitais. Ou, como narra “AN” na edição de hoje, a paciente não atendida no posto de saúde precisou de atendimento hospitalar dias depois. Ela havia feito exatamente o recomendado pelas autoridades públicas.

São várias as vantagens da maior resolutividade da rede de atenção básica. A maior delas é com a saúde do paciente: o pronto atendimento evita o agravamento do problema. Tem mais: os recursos públicos já limitados seriam usados com mais eficiência, hospitais não seriam tão sobrecarregados e, evidentemente, atenderiam melhor quem realmente precisa. Se as várias esferas da saúde pública souberem se entender e informar adequadamente quais suas atribuições, a situação vai melhorar. Se isso não for feito, de nada adiantará culpar os pacientes por procurarem a porta errada.

  

Geral

 SAÚDE
JOGO DE EMPURRA NO SUS

Mesmo buscando posto de saúde e depois hospital, Regiane sofreu até ser atendida. História mostra que só orientação não basta diante dos problemas da rede em Joinville

Quando a moradora do bairro Santa Catarina, Regiane Aparecida Eger, 35 anos, precisou de ajuda médica na semana passada, fez o caminho que as autoridades de saúde pública de Joinville costumam sugerir para evitar a sobrecarga na rede do SUS. Mas acabou no centro de um jogo de empurra entre um hospital estadual e um posto de saúde que mostrou que há falhas na rede como um todo.

Com dores de cabeça, tontura e enjoo, ela buscou na última sexta-feira o posto de saúde municipal mais perto da casa, o da localidade do Quilômetro 4. Não chegou a ser atendida porque o médico de plantão havia faltado.

Quatro dias após não conseguir a consulta, Regiane foi levada ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt com a pressão arterial elevada. Ela nasceu com apenas um rim, hoje com funcionamento comprometido. Como o estado de Regiane era delicado, foi internada no ato, mas não em um quarto – todos estavam ocupados. Passou a noite de terça-feira sentada em uma cadeira no corredor, recebendo medicação para o cálculo renal recém-diagnosticado.

“É um absurdo. Ela ficou bastante abatida”, diz o marido dela, Edmilson César Grabski, 45. Quando Edmilson questionou o motivo de a esposa estar em um corredor, a resposta que teve foi a de que o hospital estava lotado. Regiane recebeu alta às 13h30 de ontem. Ela deve continuar o tratamento no Regional.

A justificativa para a via-crúcis de Regiane iguala os discursos de Estado e Prefeitura: a falta de profissionais, tanto médicos quanto de enfermagem, que impede manter uma escala de trabalho. Segundo o diretor-geral do Regional, Renato Castro, o hospital estuda restringir temporariamente o atendimento no pronto-socorro para casos de urgência e emergência. “Aceitaremos apenas quem vier em ambulância”, diz ele, que deve conversar sobre o assunto com o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira.

No caso dos postos de saúde, a medida encontrada terá resultados indiretos, afirma o secretário municipal de saúde, Tarcísio Crócomo. A Prefeitura aposta no projeto de lei enviado à Câmara de Vereadores que propõe aumentar o salário dos médicos que atuam no município. A intenção é evitar a perda destes profissionais para a rede privada.

O diretor do Regional, Renato Castro, diz que 60% das pessoas que vão ao hospital hoje buscam atendimento ambulatorial. Em setembro, dos 2,4 mil atendimentos, 1,4 mil eram de pacientes enquadrados na faixa branca, verde ou azul do Protocolo de Manchester – as menos graves da escala.

Ainda assim, números indicam que o Regional é um dos hospitais públicos que menos registram atendimentos na cidade. Em 2010, o pronto-socorro do hospital teve duas vezes menos atendimentos do que o do Hospital Infantil Jeser Amarante e quase 20% menos que o do Hospital Municipal São José (cuja média é de 3,1 mil por mês).

gisele.krama@an.com.br

GISELE KRAMA

 


SAÚDE
São José teme restrição de atendimento no Regional

O diretor-técnico do Hospital Municipal São José, Jorge Ernani Wünsch, não descarta a possibilidade de a instituição sofrer os impactos de uma possível restrição do atendimento no pronto-socorro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. “Essa atitude não pode ser tomada em situação normal”, argumenta.

O Regional sustenta que vive situação atípica desde meados deste ano, conforme sua assessoria de imprensa. O número de pacientes que chegam ao pronto-socorro quase dobrou nos últimos três meses. Antes, o hospital recebia cerca de 90 por dia. Atualmente, a média é de 200.

No São José, a situação pode se complicar caso os pacientes sem urgência não tenham a opção de buscar atendimento no Regional. O São José pode ter mais do que os costumeiros 120 ou 150 pacientes por dia. “Não acredito que vão restringir o atendimento. Isto iria afetar toda a rede. Vai repercutir mal para todos”, avalia Jorge.

A decisão por restringir o atendimento no pronto-socorro devido à falta de leitos é recorrente no São José. A última vez neste ano ocorreu em 14 de setembro. O pronto-socorro do hospital tem 43 leitos e chegou a ter demanda para 105. Cirurgias eletivas foram canceladas e apenas foram aceitos pacientes de urgência e emergência que moram em Joinville. O hospital é referência no Norte do Estado no tratamento de pessoas com fraturas, em geral causadas por acidentes de trânsito.

Em 15 de março, situação parecida também havia causado limitação no pronto-socorro do Hospital São José. Antes, o mesmo ocorreu em fevereiro.

 

SAÚDE
Promessa de mais pessoal até novembro

Para minimizar a atual pouca capacidade de atendimento do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, anunciou que desde ontem estão sendo chamados os aprovados na seleção que visava a contratar oito clínicos gerais, quatro cirurgiões e 15 técnicos de enfermagem.

O processo seletivo não deu certo, porém, para preencher a falta de clínicos. Apareceram apenas cinco candidatos. Destes, dois trouxeram a documentação necessária e foram aprovados. O quadro de clínicos do Regional está restrito a um plantonista por escala. O ideal seria dois.

Com relação à reabertura dos dez leitos fechados da UTI, a possibilidade está nas mãos do interesse dos enfermeiros aprovados no último concurso público. Eles começam a ser chamados para as nove vagas a partir da publicação no “Diário Oficial”, o que deve ocorrer hoje. E têm dois meses para aceitar o cargo. Mas Dalmo está confiante. Acredita que em 30 dias terá profissionais para reabrir a unidade.

O secretário usou do argumento das falhas na rede básica para explicar o apagão no pronto-socorro do Regional. Segundo ele, apenas pessoas com traumas, crises respiratórias e infarto, por exemplo, deveriam ser atendidas. A folha de pagamento do hospital tem 850 funcionários concursados – 132 a mais que o Hospital Infantil. Um percentual não divulgado é de funcionários afastados por licenças médicas e demais benefícios.

 

SAÚDE
Aposta é em salário maior para médicos

Segundo o secretário municipal de saúde, Tarcísio Crócomo, a proposta da Prefeitura para tentar contornar a falta de profissionais de saúde nas 56 unidades municipais é aumentar os salários. No final de setembro, foi autorizada pelo prefeito Carlito Merss (PT) uma lei complementar que autoriza aumento salarial para os médicos que atuam no sistema público de saúde de Joinville. “Acho que se não fosse tomada esta atitude, poderia haver um colapso no SUS”, avalia Crócomo.

A Secretaria Municipal da Saúde tem hoje cerca de 300 médicos em seu quadro. Destes, 192 deveriam atuar nos postos. Entretanto, diz Crócomo, a perda de profissionais para a iniciativa privada e para outros municípios tem prejudicado o atendimento à população.

Para tentar reverter o quadro, o projeto de lei eleva o salário-base apenas dos médicos – com carga horária de três horas/dia – em pouco mais de R$ 700 (dos atuais R$ 2.729,66 mil para R$ 3.488,75). Cria ainda a gratificação de produtividade por desempenho, de R$ 1,4 mil.

O projeto também autoriza reajuste diferenciado ao salário-base dos médicos do Programa Saúde da Família (PSF) – com carga horária de oito horas/dia. O vencimento de um médico em início de carreira passaria de R$ 5.459,26 para R$ 6.977,50. Como os médicos PSF já recebem gratificação de R$ 3.140,75 por mês, eles não teriam direito à gratificação de R$ 1,4 mil proposto aos demais profissionais.

  

SAÚDE
MP pede reabertura de leitos de UTI

Enquanto muitos moradores de Joinville esperam dias pelo direito de usar um dos dez leitos da UTI do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, a burocracia compromete o atendimento de quem depende do SUS. Na falta de enfermeiros, desde 21 de agosto há camas empilhadas e equipamentos desligados no espaço onde vidas poderiam estar sendo salvas. “Seria uma ilegalidade reabri-la nesse momento. Estaríamos em desacordo com a recomendação do Conselho Regional de Enfermagem se mantivéssemos a UTI aberta”, justifica o diretor do Regional, Renato Castro.

A direção alega que as atividades da UTI eram mantidas com um número mínimo de enfermeiros e que, nos últimos meses, pelo menos três profissionais pediram demissão. Mas o Ministério Público de Santa Catarina ingressou com ação civil pública contra o governo estadual. A ação sob análise da Justiça pede a ativação imediata dos 20 leitos de UTI já existentes no Regional e a posterior implementação de novas vagas, com base em critérios definidos pelos SUS. “Com a estrutura necessária: seja de equipamentos, médicos e enfermeiros, que hoje, nós sabemos, são insuficientes para o atendimento da população”, explica a promotora de justiça Simone Schultz.

Segundo o diretor-geral do Regional, a contratação de novos servidores foi pedida à Secretaria de Estado da Saúde. Em um documento encaminhado em agosto, a direção do hospital solicita a contratação imediata de 147 profissionais, entre eles nove enfermeiros para atuação nas UTIs. Em resposta, o governo confirmou em setembro a contratação de 44 profissionais. Até o momento, nenhum deles foi sequer convocado para assumir a função.

“É uma vergonha o governador anunciar a contratação de enfermeiros há mais de três semanas e até agora eles não terem nome publicado no “Diário Oficial”. Para mim, é catastrófico”, desabafa Castro.

Se a Justiça acatar os pedidos do MP-SC, o número de leitos de UTI em hospitais estaduais pode chegar a 70 em Joinville. Enquanto isso, muitos pacientes ainda precisam ser encaminhados para outros municípios.

Apresentador da rbstv

RAFAEL CUSTÓDIO

 


SAÚDE PÚBLICA
Alerta cor de rosa contra o câncer
Rede feminina de Joinville lança nova campanha para combater a doença

Durante todo o mês, o Joinville Garten Shopping se veste de cor-de-rosa. O prédio é o único da cidade a aderir à campanha do Outubro Rosa, promovida mundialmente e que visa chamar a atenção para os problemas causados pelo câncer de mama.

Em Joinville, como em outros pontos do Brasil, este trabalho é feito pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. Na cidade há 30 anos, já atendeu gratuitamente a mais de 75 mil mulheres.

A abertura do evento ocorreu na noite de ontem, com a participação das voluntárias da rede. Até o fim do mês, elas receberão os clientes com folhetos explicativos sobre a campanha. “Os lojistas também vão participar. Quem entrar com o lacinho rosa no peito pode ganhar descontos ou prazos diferentes nas compras”, explica a gerente de marketing do shopping, Monique Campos. Além disso, o shopping vai organizar palestras e exposições sobre o tema. A programação será divulgada hoje.

A presidente da rede feminina em Joinville, Monique Douat da Luz, diz que a intenção é estender essa campanha para outros locais no próximo ano. “Queremos ver os prédios públicos e outros empreendimentos com a cor rosa. Joinville precisa estar mais presente”, ressalta.

Monique acrescenta que o trabalho das mulheres depende exclusivamente de doações e que campanhas como essa também ajudam a conseguir mais recursos. Entre os eventos deste mês, está um carreteiro no dia 15, na Hibisco. Mais informações pelo telefone 3026-6506.

 

MEIO-OESTE
Falso médico é flagrado em Tangará

Um homem de 25 anos foi preso preventivamente por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina na terça-feira em Tangará, no Meio-oeste de SC. Fernando Monteiro Ramos estava trabalhando como médico no posto central de saúde do município há uma semana.

O suspeito não tem formação em medicina e usa o nome e o registro de um médico da Grande Florianópolis. Segundo a polícia, ele realizava atendimentos clínicos e teria consultado, em cinco dias, pelo menos 50 pessoas. Nenhum dos pacientes teve complicações após o atendimento do falso médico. Fernando usava o registro do Conselho Regional de Medicina de um médico da Capital

 

EMAGRECEDORES
MP vai entrar com ação contra proibição de remédio

O Ministério Público do DF estuda ingressar com uma ação contra a proibição feita pela Anvisa da venda e produção de três emagrecedores derivados de anfetamina. O promotor Diaulas Costa Ribeiro disse que aguardará manifestação de especialidades médicas para tomar a decisão.

 
 

 

CONTRA O CÂNCER DE MAMA

Na noite de ontem, o Congresso Nacional ganhou iluminação especial. A cor rosa é usada pelas campanhas de prevenção ao câncer de mama.

 Para o Bethesda
Com o sinal verde da Câmara, o Hospital Bethesda está perto de receber R$ 250 mil da Prefeitura de Joinville para equipar salas cirúrgica e de recuperação e a central de esterilização. O dinheiro é da sobras da Câmara. O hospital tenta ainda R$ 230 mil do Estado para equipar a segunda sala cirúrgica.


Leitos inativos
Hoje, o hospital de Pirabeiraba só opera com 29 dos 72 leitos disponíveis. Quando as salas cirúrgicas começarem a operar, a maioria dos leitos será ocupada. Com as duas salas, o Bethesda pode fazer até 250 cirurgias eletivas mensais. A fila do São José de eletivas tem 4,1 mil pessoas.

 

 

 

Visor- Rafael Martini


EMERGÊNCIA TERMINAL
Leitora que passou quatro horas para ser atendida na emergência do Hospital Florianópolis, eternamente em reforma, diz que o local deveria ser interditado imediatamente, por não apresentar as mínimas condições. O que salva, conta ela, é a dedicação das enfermeiras e médicos em meio aos entulhos.

Porque estrutura, mesmo, não há nenhuma.

 

 

Geral


ASSOCIAÇÃO DO HU
Um espaço de carinho

Entidade de apoio do Hospital Universitário, na Capital, presta assistência e acolhimento para pacientes da unidade de saúde

A espera da pequena Luiza Nahima Lopes, quatro anos, por um implante auditivo não é fácil. Há um ano e quatro meses, ela, acompanhada da mãe, Rithiele Aparecida Correa, 20 anos, deixa o calor da cama para embarcar em Lages às 2h30min e chegar à Capital às 5h. O atendimento aos pacientes só tem início duas horas e meia depois. O longo período de espera é suportado com a ajuda da Associação Amigos do Hospital Universitário (AAHU), que atua junto à unidade de saúde há 10 anos.

No espaço reservado para o acolhimento aos pacientes, a menina ganha a atenção de voluntários, cadernos de desenhos e lápis coloridos para pintar. A mãe fica tranquila ao ver Luiza se distrair um pouco:

– Aqui ela está até sorrindo, dá para esquecer um pouco que está num hospital.

Assim como Luiza, pacientes e acompanhantes recebem o convite da Associação Amigos do Hospital Universitário para aguardarem seus atendimentos no espaço onde podem descansar e tomar um lanche ou um chá. Uma das voluntárias mais antigas da AAHU, Floriana Pereira, fala sobre a resistência de pacientes com problemas mais graves, que muitas vezes são de cidades do interior e ficam sozinhos.

– Há casos com problemas mais agressivos como amputação em que os pacientes ficam muito tocados emocionalmente. Então é necessário muita paciência e compaixão. Muitas vezes, são ríspidos no primeiro contato e depois acabam por solicitar nossa atenção – explica a voluntária.

A associação conta hoje com 205 voluntários ativos, espaço para as atividades de acolhimento, brechó com peças de doação, “lojinha” com produtos da Receita Federal, salas para oficinas de artesanato e administração da instituição. A sala pequena no Ambulatório onde tudo começou foi substituída pelo novo prédio em 2007. A diretoria do hospital acatou a solicitação e, com parcerias, foi possível a elaboração dos projetos estrutural, arquitetônico e elétrico.

O atual diretor-presidente, Pedro Camacho dos Santos, acredita que a primeira década, caminhada com muito esforço, serviu para construir uma base sólida para novas conquistas.

– Os voluntários conhecem a demanda de pessoas carentes de auxílio. Nossas atenções e atividades são focadas na família. Se o enfermo necessita de amparo, muitas vezes os familiares que acompanham também precisam. Agora com mais estrutura, já podemos oferecer muito mais apoio a essas pessoas. Mas ainda há muito o que fazer.

A administração da AAHU recebe projetos do hospital e busca os recursos necessários.

– Há quatro anos conseguimos adquirir cadeiras reclináveis para os acompanhantes, agora estamos reformando as poltronas novamente. Estamos buscando também recursos financeiros e estruturais para a realização de transplantes de fígado.

A voluntária da AAHU Lu Kurtz Gonçalves diz que o maior benefício do voluntariado é para quem pratica.

– Eu não consigo mais viver sem prestar trabalho voluntário. Eu pude perceber um amadurecimento gradual, um desapego aos bens materiais. Antes eu não sobreviveria sem fazer as unhas e hoje sei que não vale a pena cultivar estresse por motivos fúteis – avalia, ao citar o contraste da convivência com problemas sérios e, ainda assim, haver espaço para manifestações de amor.

Atividades manuais proporcionam momentos de paz para para os doentes. A voluntária conta que em datas especiais como Dia dos Pais, Natal, incentiva os pacientes a confeccionarem cartões para os familiares.

– A associação sempre produz cartões comemorativos para os pacientes e a entrega é uma festa. Mas também proporcionamos a oportunidade de eles mesmo produzirem cartas para seus familiares. As oficinas atuam de maneira positiva o revigoram aspecto psicológico dos doentes e acompanhantes. Geralmente é possível observar o aumento da autoestima.

 

JOYCE SANTOS

  

ASSOCIAÇÃO DO HU
O voluntariado

A Associação Amigos do Hospital Universitário, da UFSC, nasceu no dia 11 de setembro de 2001 para amenizar o sofrimento de doentes. A história de mais de 10 anos de trabalhos voluntários começou com um grupo, criado por Cora Coelho Duarte Silva, que reuniu algumas senhoras e decidiu prestar apoio aos doentes do hospital, principalmente àqueles que estavam desacompanhados ou não tinham dinheiro para manter um familiar na mesma cidade para acompanhá-los, ou ainda os que foram pegos de surpresa e não esperavam por uma internação. São Camilo de Léllis, primeiro nome da associação, foi o grande inspirador. O santo católico foi um exemplo de dedicação e solidariedade aos pobres e enfermos.

Para possibilitar a captação de recursos, o então grupo de senhoras começou a “angariar” voluntários e verba. Assim surgiu a AAHU. Desde então, as prioridades de investimento são definidas com orientação da diretoria do Hospital Universitário. As primeiras compras, como colchões e cadeiras para os acompanhantes dos pacientes, foram comemoradas como uma grande vitória. Os apoios foram reforçados a partir do segundo ano, quando a Receita Federal firmou parceria com a instituição e iniciou o repasse de mercadorias apreendidas. Os voluntários organizam bazares para arrecadar recursos e a comunidade comparece. Atualmente, dois eventos são realizado por ano.

 


IRREGULAR
Clínica é interditada em Tijucas
Familiares de dependentes químicos que estão internados devem retirá-los em até 10 dias

A Vigilância Santitária Estadual estipulou o prazo, de no máximo, 10 dias para que os familiares retirem os internos da clínica clandestina de recuperação de dependentes químicos em Tijucas. A proibição de novas internações também foi imposta pela equipe que vistoriou as instalações na terça-feira.

Haviam 14 internos homens com idade entre 18 e 60 anos onde foram apreendidos remédios vencidos e instrumentos cirúrgicos que seriam utilizados para fins ginecológicos na localidade de Imbé. Anotações sobre o valor pago pelos internos apontam para o pagamento mensal de, no mínimo R$ 300, além de uma cesta básica. Os registros indicam que a clínica funcionava desde maio deste ano. A delegada Daniela Souza informou que o suposto proprietário não compareceu para prestar depoimento.

– Recebi uma ligação dele afirmando que estava acompanhado por um advogado. Ele declarou que está reunindo documentação sobre a clínica. Mas apuramos que não há alvará, nem CNPJ– esclareceu a delegada ao enfatizar que não acredita que ele irá se apresentar.

A reportagem não conseguiu contato com o suposto dono da clínica.

 


PRESO EM FLAGRANTE
Homem se passava por médico

Um homem de 25 anos foi preso preventivamente por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina na terça-feira em Tangará, no Meio-Oeste. Fernando Monteiro Ramos trabalhava no posto central de saúde havia uma semana e tinha um salário de R$ 10 mil.

O suspeito não tem formação em medicina e usava o nome e o registro de um médico da Grande Florianópolis. Segundo a polícia, ele realizava atendimentos clínicos e teria atendido, em cinco dias, pelo menos 50 pessoas. Nenhum dos pacientes teve complicações por ingerir os remédios receitados.

Conforme a polícia, Ramos falsificou alguns documentos principais – como a carteira de identidade – e, a partir deles, conseguia a emissão de outros verdadeiros. Ele contou que entrou no site do Conselho Regional de Medicina (CRM) e achou um médico que tinha o nome parecido com o dele. O homem responde a outros processos por estelionato em Criciúma e Florianópolis. Ele é natural de Içara, no Sul, e está detido na Unidade Prisional Avançada de Videira.

 

TANGARÁ

 

GERAIS
Balão pode ser usado com IMC acima de 27

A Vigilância Sanitária ampliou o acesso ao balão gástrico. Inicialmente indicado para obesos, com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30, o procedimento já pode ser feito por quem está com sobrepeso e IMC acima de 27.

O cálculo do IMC é feito dividindo o peso (quilos) pelo quadrado da altura (metros). O balão é colocado por endoscopia e é temporário. O objetivo é aumentar a sensação de saciedade por meio do volume no estômago.