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MENINGITE EM JOAÇABA
Clima de preocupação e alerta
Depois de 14 casos confirmados, alguns pais impedem alunos de voltar às aulas


Mais três casos de meningite viral foram confirmados neste fim de semana no Meio-oeste. Com isso, subiu para 14 o número de infectados na região. A maioria dos doentes já saiu do hospital e passa bem. Mesmo diante da boa perspectiva de cura, o clima é de tensão.

Ontem, pela primeira vez, a Secretaria de Saúde do Estado divulgou nota alertando para o surto de meningite na região.A preocupação é relacionada principalmente às formas de contágio da doença, que é considerada surto em Joaçaba. Por causa disso, diversos pais ainda têm dúvidas sobre a segurança dos ambientes escolares e preferem manter os filhos em casa, reforçando os cuidados com a higiene.

Um deles é o auxiliar de ferragens Denis da Silva, que desde a semana passada não leva a filha Camila, de sete anos, ao Centro Educacional Roberto Trompowski (Cert) em Joaçaba. Uma aluna da escola contraiu meningite.

Ele tomou a decisão por conta própria e quer evitar riscos. Silva ainda não decidiu quando levará a filha novamente à escola. Por enquanto, o dever de casa da menina é lavar as mãos com frequência e sempre higienizá-las com álcool em gel. “Estamos passando orientações em casa, sobre como se prevenir da doença. Vamos esperar mais uns dias antes de retomar as atividades, por medo da meningite”, diz o pai.

Ao contrário de Camila, alunos de três escolas que estavam com aulas suspensas desde a semana passada, duas de Joaçaba e uma de Herval d’Oeste, retomaram as atividades nesta segunda-feira. No Cert, cerca de 50% compareceram às atividades.

Conforme a diretora da unidade, Arlene Maria Ferri, a maior parte das faltas pode significar receio. Alguns pais telefonam para a escola e questionam sobre a higienização dos ambientes e dos materiais. Todos os alunos que compareceram ao colégio levaram para casa uma cartilha com orientações de como evitar a meningite.

Ainda há muitas dúvidas

A medida é preventiva e também reflete, segundo ela, o clima de preocupação que está espalhado pela cidade, principalmente pela falta de esclarecimento de algumas questões. Para a diretora, comparecer à escola é uma das maneiras de sanar dúvidas.

Segundo a diretora, alguns estudantes ficam menos apreensivos depois de escutar as dicas dos professores, que multiplicam as orientações em cada sala. Eles explicam, por exemplo, que os colegas que contraíram o vírus foram isolados assim que apresentaram os primeiros sintomas, para evitar riscos.

Em Treze Tílias, onde um caso de meningite também foi confirmado, as aulas foram suspensas na Creche Municipal Irmã Cássia Windemeyer e devem ser retomadas amanhã.

Saiba mais

Amostras do vírus estão sendo coletadas pela Vigilância Epidemiológica. Todas serão encaminhadas para o Laboratório Fiocruz, em SP. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive), diz que o diagnóstico do tipo viral não deve modificar o tratamento nem a prevenção da doença.

 
DAISY TROMBETTA

 

MENINGITE EM JOAÇABA
Número acima da média

Embora o número de casos da doença pareça baixo, a meningite está bem acima da média em Joaçaba. São sete casos confirmados, um para cada 3,2 mil habitantes. O número demonstra maior preocupação do que a média de SC, que é de um caso para cada 23 mil habitantes.

Conforme Sônia Pozza, coordenadora da Vigilância Epidemiológica no município, a prevenção é a única maneira de combater a doença. Não existe vacina que possa combater a meningite viral, por exemplo. Ela ressalta que nenhum outro caso suspeito está sendo investigado na cidade. Mas é possível que crianças ainda desenvolvam os sintomas, pois o vírus pode ficar incubado no organismo humano por até 30 dias.

 

 

PORTAL | Jefferson Saavedra
BOA NOTÍCIA PARA 13 MIL


A Secretaria de Saúde de Joinville e o Hospital Bethesda assinaram convênio ontem com a ousada meta de zerar a fila da oftalmologia na cidade. São quase 13 mil pessoas esperando por atendimento. A Saúde de Joinville vai pagar o hospital com base na tabela SUS. Hoje, são oferecidas 650 consultas mensais no PAM do bairro Boa Vista. Agora, o ambulatório do Bethesda vai oferecer mais 2,5 mil consultas por mês. A oferta de exames é de 600 por mês. Com o convênio, estarão disponíveis mais 5 mil exames.

Dando tudo certo, dá para quase zerar a demanda em pouco mais de cinco meses. O centro cirúrgico do hospital de Pirabeiraba vai se encarregar de 330 cirurgias mensais – hoje a rede municipal, por meio do Hospital São José, faz cerca de 35 cirurgias por mês. A maioria dos procedimentos são de catarata. As consultas e exames começam nos próximos dias. As cirurgias dependem da conclusão de uma das salas de cirurgia, o que deve ocorrer até o final de novembro.


Sobras ajudam nos equipamentos

Os R$ 250 mil das sobras da Câmara estão ajudando na compra dos equipamentos da sala. O Bethesda, por sua vez, fechou parceria com clínica privada para fazer os procedimentos.

 


MENINGITE
Receio de voltar às aulas no Meio-Oeste
Alguns pais ainda têm medo do contágio e evitam levar os filhos à escola

Ontem, pela primeira vez, a Secretaria de Saúde do Estado divulgou nota alertando para o surto de meningite no Oeste do Estado. Mais três casos de meningite viral foram confirmados neste final de semana. Com isso, subiu para 14 o número de infectados na região. A maioria dos doentes já saiu do hospital, mesmo assim, o clima é de tensão.

A preocupação é relacionada principalmente às formas de contágio da doença, que é considerada surto em Joaçaba. Por conta disso, diversos pais ainda têm dúvidas sobre a segurança dos ambientes escolares e preferem manter os filhos em casa, reforçando os cuidados com a higiene.

Um deles é Denis da Silva, auxiliar de ferragens, que desde a semana passada não leva a filha Camila, de sete anos, ao Centro Educacional Roberto Trompowski (Cert), em Joaçaba. Uma aluna da escola contraiu meningite. Ele tomou a decisão por conta própria e quer evitar riscos. Silva ainda não decidiu quando levará a filha novamente à escola. Por enquanto, o dever de casa da menina é lavar as mãos com frequência e sempre higienizá-las com álcool gel.

– Estamos repassando orientações em casa, sobre como se prevenir da doença. Vamos esperar mais uns dias antes de retomar as atividades, por medo da meningite – diz o pai.

Ao contrário de Camila, alunos de três escolas que estavam com aulas suspensas desde a semana passada, duas de Joaçaba e uma de Herval d’Oeste, retomaram as atividades ontem. No Cert, cerca de 50% compareceram às atividades.

Conforme a diretora da unidade, Arlene Maria Ferri, o grande número de faltas pode significar receio. Todos os alunos que compareceram ao colégio levaram para casa uma cartilha com orientações de como evitar a meningite. A medida é preventiva e também reflete, segundo ela, o clima de preocupação que está espalhado pela cidade. Em Treze Tílias, onde um caso de meningite também foi confirmado, as aulas foram suspensas na Creche Municipal Irmã Cássia Windemeyer e devem ser retomadas na próxima quarta-feira.

Para acompanhar a evolução do vírus da meningite, estão sendo coletadas amostras dos pacientes que estão com a doença na região Meio-Oeste. Todas serão encaminhadas para o Laboratório Fiocruz, em São Paulo.

Conforme a médica pediatra Maria Inês Sant’Anna Rodrigues, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), o diagnóstico do tipo viral não deve modificar nem o tratamento e nem a prevenção da doença. Mas serve para um acompanhamento dos tipos mais comuns da meningite.

daisy.trombetta@diario.com.br

DAISY TROMBETTA | Joaçaba

 


ESTÁGIO DA DOENÇA
SUS oferece tratamento completo

Depois de ser divulgada a notícia do câncer na laringe de Lula, muitas pessoas usaram as redes sociais para levantar a bandeira de que o ex-presidente fosse se tratar pelo sistema Único de Saúde (SUS). Uma campanha, no mínimo fora de hora, levou ao questionamento da estrutura que os pacientes encontrampara tratamento na rede pública.

O cancerologista de cabeça e pescoço, Gilberto Teixeira, médico do Complexo do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), que fica em Florianópolis, afirma que o tempo pode ser determinante para alguns tratamentos.

– Há tumores que não avançam muito e o paciente começa a se tratar três anos depois de ser diagnosticado, sem problema algum. Há outros que o tumor evolui muito rápido, em questão de meses, e o tempo faz toda a diferença. No caso de Lula, 45 dias podem mudar todo o tratamento – afirma.

O diagnóstico do câncer do ex-presidente Lula foi divulgado na manhã de sábado – um dia depois de ele começar os exames, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Para o paciente que depende do atendimento público, o resultado levaria pelo menos mais 13 dias para ser revelado. Duas semanas é o tempo para o diagnóstico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ficar pronto. O intervalo entre os resultados e o início do tratamento é de cerca de 45 dias. Uma pessoa com o câncer do tipo do ex-presidente faria o tratamento pelo Cepon, que recebe cerca de cem novos pacientes por mês. Alguns aguardam numa fila de espera, levando entre uma e três semanas para iniciar o processo. De acordo com Teixeira, o SUS oferece o tratamento completo e todos os remédios necessários.

– Para fazer um transplante de medula óssea, a estrutura encontrada no SUS não é oferecida pelo setor privado, porque são aparelhos muito caros – observa.

SC não possui dados de incidência

Para os casos de câncer menos complexos, e em fase inicial, como o de pele e o de tireoide, os pacientes no Estado podem se tratar nos hospitais públicos. Para os casos considerados mais avançados e difíceis de serem curados, como o do sistema nervoso e leucemia, são encaminhados ao Cepon.

O Estado não possui dados de incidência de câncer. Eles estão sendo levantados pela primeira vez e devem ser apresentados na próxima semana. Santa Catarina trabalha com os números de estimativa, divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). A partir deles, a rede pública investe na estrutura do tratamento dos pacientes.

  

 

 Colunista Cacau Menezes

 
PREMIAÇÃO – O médico oncologista Lucas Van de Sande Silveira, da Oncologia Clínica Florianópolis, foi o vencedor do 1° Prêmio Roche em Câncer de Mama, com o trabalho científico inédito sobre a mortalidade por câncer da mama em homens no Brasil, entre 1997 e 2008. A premiação ocorreu no XVII Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, em Gramado (RS), no dia 26 de outubro último
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