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Visor


MEDICINA DE PONTA EM SC

O médico André Báfica, professor da UFSC, foi um dos ganhadores do prêmio do Instituto Médico Howard Hughes, dos Estados Unidos, para pesquisadores em início de carreira. O reconhecimento se deve ao trabalho por ter caracterizado uma proteína da tuberculose que faz com que a doença seja reconhecida pelo sistema imune – e que, no futuro, pode ser usado para aumentar a eficácia de tratamentos. Báfica irá receber uma verba de US$ 650 mil para cinco anos de pesquisa.

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O pesquisador foi o único brasileiro entre os 28 contemplados nesta primeira edição do prêmio, que foi concedido a pesquisadores que chegaram a fazer ciência nos EUA, mas retornaram a seus países. Fundada em 1953 pelo excêntrico industrial Howard Hughes (cuja vida foi interpretada no cinema pelo ator Leonardo Di Caprio no filme O Aviador), a fundação tem tradição em premiações na área de pesquisa biomédica.

 

Geral


HANSENÍASE
Brasil registra queda de 15% nos casos

O Brasil registrou uma queda de 15% no número de casos de hanseníase em um ano, mas, mesmo assim, ainda ocupa o segundo lugar no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Em 2011 foram registrados 30.298 casos, um coeficiente de 15,88 casos por 100 mil habitantes. Em 2010, o índice era de 18,22 por 100 mil. O Estado com maior número de casos é o Mato Grosso, com 77,89 por cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar vem Tocantins, com 72,14 por 100 mil. A expectativa do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, é de que até 2015 o país alcance a meta de menos de um caso da doença por 10 mil habitantes.

 

 

 

1600 próteses irregulares no Estado 

 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) e os convênios vão cobrir a troca das próteses rompidas da marca francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil. Em Santa Catarina, cerca de 1600 próteses dessas marcas foram implantadas. Pacientes que colocaram por causa de uma reconstituição ou por questão estética serão chamadas para uma avaliação médica e para passar por exames para saber se a prótese está com defeito.

 O Ministério publicou uma lista de hospitais habilitados a realizarem a troca das próteses mamárias das marcas PIP e Rofil pelo SUS. São 371 serviços de saúde de média ou alta complexidade que podem realizar cirurgia reparadora de mama pós-mastectomia. Em Santa Catarina, os pacientes podem procurar o Hospital Universitário, a Maternidade Carmela Dutra e o Hospital Florianópolis.

 Todas as pacientes que tiverem realizado o implante de uma das duas marcas e que apresentarem sinal ou confirmação médica de ruptura na prótese estarão habilitadas para a cirurgia, que será integralmente financiada pelo SUS. Travestis e transexuais também poderão retirar as próteses rompidas.

 A recomendação é que o procedimento de troca seja realizado no serviço de referência onde o implante inicial foi feito e que esteja credenciado ao SUS. O tempo de espera para a cirurgia vai variar de acordo com a urgência de cada caso, cabendo ao gestor local do SUS realizar essa avaliação médica. Em casos de extrema urgência, quando o rompimento da prótese oferece risco à saúde, a cirurgia será imediata.

 Nenhum procedimento de substituição de prótese por rompimento foi confirmado pelo SUS até o momento. A diretora de Vigilância Sanitária de Santa Catarina, Raquel Ribeiro Bittencourt, afirma que cerca de 1600 próteses dessas marcas vieram para o Estado. “A informação das vigilâncias municipais é que não houve sobras”, diz Bittencourt. Entre as próteses implantadas em Santa Catarina, 45 foram em Blumenau, 22 em Campos Novos, 1230 em Florianópolis, 164 em Jaraguá do Sul, 16 em Joinville e 122 em Tubarão.

 Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em Lages a cirurgia de implante nunca foi feita pelo SUS. Os procedimentos acontecem no Hospital de Clínicas Bermiro Saggioratto e na Clínica Médica Ana Carolina. Os planos de Saúde também não confirmam a procura pelo serviço de troca de próteses na cidade. Em Lages, os cirurgiões não utilizaram nenhuma das marcas.

  

Implantes sem certificação sanitária causam danos à saúde

 
As duas fabricantes usaram silicone industrial para implantes sem certificação sanitária. As próteses se rompem com mais frequência e o material que vaza é perigoso para a saúde. Na terça-feira (24), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou uma súmula que assegura às pacientes o acompanhamento clínico, os exames complementares e o procedimento médico de substituição das próteses.

 
A orientação é voltada para todos os beneficiários de planos de saúde, com exceção para os planos antigos que tenham cláusula expressa de exclusão da cobertura de próteses. Em casos de descumprimento, as operadoras poderão ser punidas com multas no valor de R$ 80 mil. O fabricante das próteses de silicone mamárias PIP, Jean-Claude Mas, foi preso na manhã desta quinta-feira (26) para interrogatório.