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Governo divulga os números do atendimento do SC Saúde

O governo do Estado divulgou, nesta sexta-feira (3), o número de atendimentos nos CAS (Centros de Atenção aos Segurados) nos primeiros dias da autogestão do Plano de Saúde do Servidor, o SC Saúde.

No primeiro dia de funcionamento dos CAS foram contabilizados 923 atendimentos a segurados e no segundo 1.198, totalizando 2.121 atendimentos. As cidades com maior procura de informações pelos servidores sobre o SC Saúde, marcação de consultas e exames foram: Florianópolis (1.208), Tubarão (181) e Lages (128).

O SC Saúde existe desde 2006 e atende 180 mil segurados. Em 2010 a Unimed comunicou que não tinha mais interesse em dar continuidade na prestação de serviços. O Conselho do Plano decidiu em 2011 implantar a gestão própria do SC Saúde, que iniciou suas atividades na quarta-feira (1).

Para qualquer informação, dúvida ou sugestão; o segurado deve entrar em contato com os canais de comunicação do SC Saúde. Confira os números e endereços abaixo:

Central de Relacionamento: 0800 644 6040
Site: http://scsaude.sea.sc.gov.br
Ouvidoria: santacatarinasaude@sea.sc.gov.br
Informações cadastrais: planodesaude@sea.sc.gov.br

 

Terapia ocupacional para reabilitar funções
Atividade pode ser desenvolvida nas áreas neurológica, ortopédica e mental


O pequeno Théo realiza terapia há oito meses e apresenta melhora nos estímulos

As funcionalidades da terapia ocupacional ainda são pouco conhecidas, mas sua eficácia é comprovada. A profissão é regulamentada desde 1969, mesma data do reconhecimento da fisioterapia, porém a discussão e aplicação da atividade são recentes. Hoje, as consultas e tratamentos são oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Estado e algumas prefeituras. Na Grande Florianópolis, nos municípios de São José e Biguaçu é possível encontrar o serviço de forma gratuita.

Muitas pessoas não sabem o que é terapia ocupacional, a confundem com a fisioterapia ou ainda com atividades manuais desenvolvidas em escolas profissionais. Conforme o terapeuta ocupacional Lourival Jaime Filho, do IPQ (Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina), o principal objetivo é a reabilitação.

No IPQ, há uma equipe com quatro terapeutas ocupacionais que desenvolvem atividades nas áreas neurológica, ortopédica e mental. De acordo com Zelita Rech, é feito um resgate das habilidades que o paciente já tem para que ele tente recuperar a funcionalidade perdida através de atividades grupais de socialização, expressão e inserção social.

“Somos profissionais, avaliamos a pessoa e trabalhamos no que ela mais precisa”, destaca Zelita. Ela exemplifica que um paciente que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e teve paralisia em um dos lados do corpo pode ser readaptado a usar os membros que não foram atingidos.

Oficinas terapêuticas

Diariamente, são realizados cerca de 200 atendimentos por dia no IPQ. Lourival Jaime Filho explica que um paciente percebe a participação do outro e se interessa. No Instituto, há 12 oficinas oferecidas, entre elas a de tapeçaria, cerâmica, expressão corporal e reciclagem.

Uma das pacientes é Sandra*, 32. A terapeuta ocupacional Zelita Rech comenta que ela chegou há três anos com um quadro de transtorno bipolar e foi interditada judicialmente pela família. “A atividade faz bem pra memória, distrai e posso conversar com o pessoal”, conta Sandra.

Outra paciente-moradora atendida é Maria*, 55, que vive no IPQ há 30 anos. “Epilética, ela foi abandonada pela família e, hoje, tem uma vida praticamente comum. Vai à missa, ao salão de beleza fazer as unhas e participa das atividades comunitárias do bairro”, ressalta Zelita.

Tratamento gratuito

A Prefeitura de Biguaçu e a FCEE (Fundação Catarinense de Educação Especial), em São José, oferecem terapia ocupacional gratuitamente. Conforme a profissional que atende na Unidade Central de Saúde de Biguaçu, Camille Weiser, 38, todo paciente que não consegue desenvolver algum movimento ou ação que prejudique seu cotidiano pode procurar a atividade.

Crianças, adultos e idosos, tanto homens ou mulheres são atendidos. O pequeno Theo, de um ano e meio, é um exemplo.  Ele é paciente de Camille há oito meses, que comemora os avanços do tratamento com o pai do menino, Luciano Nicássio, 28. Aos nove dias de vida, Theo foi diagnosticado com meningite bacteriana e permaneceu duas semanas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

“Meses depois percebemos que o Theo não desenvolvia certas atividades como outras crianças. Ele foi encaminhado à fisioterapia e à terapia ocupacional”, conta Luciano. Camille explica que o bebê era preguiçoso, não pegava as coisas na mão, não sentava sozinho Nem engatinhava. “Usamos o brinquedo de forma funcional, para estimulá-lo. Hoje, o Theo consegue sentar, rolar, pegar os objetos e acredito que conseguirá caminhar sozinho”, reforça a terapeuta.

(*)Os sobrenomes das pacientes não puderam ter divulgados.

BOX: Onde encontrar gratuitamente

-Unidade Central de Saúde de Biguaçu: rua Vereador Emídio Amorim Veríssimo, nº 114, Praia João Rosa. Telefone: (48) 3039-8452
-Fundação Catarinense de Educação Especial: rua Paulino Pedro Hermes, nº 2785, Nossa Senhora do Rosário, São José. Telefone: (48) 3381-1600.

BOX: Profissionais

-O Crefito 10 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região) reconhece os profissionais da área no Estado
-Há 406 terapeutas ocupacionais registrados em Santa Catarina
-Na Grande Florianópolis, o número é bem menor, cerca de 40
-No Estado, somente duas instituições de ensino oferecem graduação em terapia ocupacional: a ACE (Faculdade de Ciências da Saúde de Joinville) e a Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense)
-Mais informações no site do Conselho (www.crefito10.org.br) ou no telefone (48) 3225-3329

 

Dois anos dos “anjos do ar”, o Arcanjo do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Foram realizadas 1.364 missões pelo Arcanjo, com destaque para salvamentos

O BOA (Batalhão de Operações Aéreas), do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina desempenhou 1.364 missões, em dois anos, graças à locação do helicóptero Arcanjo 01. Nesse aniversário, se presenteou com uma aeronave própria e duas viaturas. Em cerimônia realizada no final da tarde de quinta-feira (2), na Base Aérea de Florianópolis, foi recheada de homenagens e honrarias.
Luiz Felipe de Almeida, de 12 anos, que em janeiro deste ano salvou o primo Mateus, de afogamento, na Lagoa da Conceição, foi um dos condecorados, a exemplo de Amilton Max Gomes, de 12 anos, que foi vítima de acidente. Em ambos os casos, a atuação do Arcanjo foi decisiva.
Em 2010, com recursos próprios da corporação, foi locada a aeronave Arcanjo 01, por três meses. O êxito nas operações permitiu a abertura de licitação para outra locação durante o ano, em parceria com a Secretaria de Saúde, através do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Ontem foi comemorada a aquisição da aeronave modelo Esquilo B-2, ano 2003. O atual helicóptero Arcanjo-01 permanece locado até o dia 31 de março. Foi aquirido, também, um caminhão de transporte com capacidade para 3.000 litros de combustível e uma caminhonete para transporte de equipamentos, possibilitando melhor atendimento fora da base.
As buscam do BOA abrangem todo o território catarinense. Causas ambientais compõem os trabalhos, como combate à incêndio florestal. A equipe é formada por três pilotos comandantes, sete co-pilotos e 22 tripulantes operacionais, além de quatro apoios em solo e dois mecânicos. O Grau-Samu (Grupo de Resposta Aérea de Urgência) complementa a atuação com nove médicos e nove enfermeiros.

Felicitações pelo Twitter
O salvador dos ares é popular nas redes sociais. No Twitter, diversas mensagens elogiavam os trabalhos do Batalhão de Operação Aéreas, em Santa Catarina. Destacamos três delas:

@cmtpaiva: Que venham outros anjos do ar para continuar
salvando vidas e nos orgulhando mais ainda...Sucesso a todos que lutaram!

@blogmicodoido: Parabéns a toda a equipe do @ARCANJO_01
pelos 2 anos de árduo trabalho, ajudando sempre a quem precisa! O povo
agradece!

@Gabriel_Voi_gt: Parabéns pelo trabalho maravilhoso
prestado. Um orgulho para a sociedade catarinense. Falta um Arcanjo em
Blumenau agora!

 

Editoriais

Dengue e prevenção

Os dados divulgados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue são animadores, e permitem, até mesmo, antever o dia em que o país erradicará esta doença epidêmica que já deu causa a tantas mortes e a tanto sofrimento. O número de casos de dengue no Brasil, nos últimos 12 meses, caiu 60% em relação aos registrados em 2010. Em Santa Catarina, no mesmo período, a quantidade de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti diminuiu de 185 para 130.

Embora, quando comparadas às notificações no resto do país, essas quantidades não pareçam significantes, elas atestam o empenho e a eficiência dos serviços de prevenção e de combate ao vetor do mal no Estado. O número de focos do Aedes aegypti despencou de 890, em 2010, para cerca de 500 no ano passado.

O trabalho de prevenção, entretanto, pelas peculiaridades e a força epidêmica desta doença, que em alguns casos pode levar rapidamente à morte – como ocorre com a sua variante hemorrágica – não pode ficar apenas sob responsabilidade das autoridades sanitárias no âmbito local, regional, e nacional. Sua eficiência e alcance dependem, também, da ativa participação da sociedade para a identificação e eliminação dos focos, como monturos de lixo, entulhos, sucatas, água estagnada etc. Como disse uma funcionária graduada da vigilância sanitária, “se cada pessoa tirar 10 minutos por dia para cuidar de sua residência, será possível eliminá-los”.

Ademais, é impositivo que sejam promovidas, permanentemente, campanhas inteligentes de prevenção, que privilegiem a eficiência e a solidariedade. A prevenção sempre foi e será o melhor remédio. Evita muito sofrimento e salva muitas vidas. É também mais econômica, diminuindo internações hospitalares na precária rede pública.

 

AN Joinville

Pró-Rim compra 87 máquinas de hemodiálise

A Fundação Pró-Rim comprou nesta semana 87 novas máquinas de hemodiálise que irão beneficiar diretamente os 846 pacientes renais das nove unidades em Santa Catarina e Tocantins. A aquisição só foi possível com o apoio financeiro da comunidade. Mais modernos, os equipamentos economizam 20% de água.

 

AN Joinville

HANSENÍASE
Equipe vai tirar dúvidas sobre doença


A equipe de técnicos do Programa Municipal de Hanseníase, da Secretaria Municipal da Saúde, estará hoje, das 14 às 17 horas, na praça Nereu Ramos, no Centro de Joinville, distribuindo material informativo e esclarecendo dúvidas sobre a doença. Em Joinville, 30 pacientes estão em tratamento, sendo nove mulheres e 21 homens, além de 20 pacientes em acompanhamento após o término do tratamento.

 

AN Estado

JARAGUÁ DO SUL
Exame de gestante dá negativo para gripe A


O exame da gestante de 27 anos com suspeita de gripe A deu negativo para o vírus H1N1. O resultado foi enviado pelo Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen) ontem. Já a análise do homem de 25 anos está prevista para chegar hoje. No entanto, o Lacen tem até dez dias para entregar o resultado. A grávida, que está no sexto mês de gestação, continua com o tratamento com o Tamiflu e está na UTI somente para ter mais cuidados médicos. Ela e o bebê passam bem.

 

AN País
AIDS
Campanha de Carnaval oferecerá testes rápidos


No Carnaval (entre os dias 17 e 21), o governo federal oferecerá testes rápidos de aids nas cidades onde ocorrem as principais festas do País, como Salvador e Olinda. O resultado sai em 20 minutos. A campanha priorizará gays de 15 a 24 anos – parcela da população em que o contágio cresceu 10,1% de 1998 a 2010.

 

Governo libera recursos para saúde para controle de doenças

Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou a liberação de R$25,9 bilhões para todos os estados e Distrito Federal. O dinheiro deve ser investido em ações de controle de doenças como hanseníase, esquistossomose, tracoma e geohelmintíase. Para Santa Catarina o valor do repasse é de R$ 233 mil. O governo federal, em parceria com estados e municípios, está intensificando as ações de promoção, prevenção e combate às doenças negligenciadas através de Vigilância Epidemiológica.

As doenças negligenciadas, chamadas de doenças em eliminação, são causadas por agentes infecciosos ou parasitas, além de serem consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Os municípios definiram, junto aos estados, os planos de ações que serão adotados por cada região para o controle dessas doenças. Os municípios selecionados estão localizados em regiões consideradas endêmicas e que necessitam dessas ações.

A diretora de Vigilância em Saúde, Odila Waldrich, explica que já acontecem programas de combate a tuberculose, hepatite, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis (DST) e dengue. As doenças causadas por parasitas como esquistossomose e geohelmintíase não existem no município. Apesar de elas serem transmitidas a partir da água contaminada e haver esgotos a céu aberto em Lages. Isso porque a população que tem contato com essas áreas não é numerosa e passa a maior parte do tempo com calçados e roupas por conta do clima.

“A gente já trabalha dessa forma, mesmo não tendo o recurso específico do Ministério. O tratamento é gratuito com recursos federal, estadual e municipal. Serão feitas reuniões mensais com os pacientes e familiares para orientar sobre a doença e cuidados”, diz Waldrich. Há quatro pacientes portadores de hanseníase atendidos por uma equipe composta por médico e profissionais de enfermagem. A Vigilância em Lages atende a região da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).

A doença é contagiosa e curada com tratamento medicamentoso. “Dependendo do caso, com fisioterapia também porque pode ter deformidades nas mãos e pés. Os agentes de saúde nos ajudam bastante porque fazem busca ativa nas residências todos os meses. Eles passam os contatos dessas pessoas e a Vigilância examina. Tem uma estrutura boa”, diz Waldrich.

Ela alerta que é necessário buscar orientação logo no início dos sintomas. É uma doença silenciosa que pode demorar anos para se manifestar. “Muitas vezes a mancha passa despercebida e já tem uma quantidade grande de bacilos que só vai aumentando. Tem que estar em acompanhamento médico para a cura total”, reforça Waldrich.

Já com a doença tracoma, houve cerca de 60 casos em 2011 e todas foram tratadas. A bactéria atinge os olhos e é contagiosa. Os sintomas são dor, lacrimejamento e fotofobia podendo levar à cegueira. “A bactéria passa muito fácil de pessoa para pessoa, mas não é uma doença tão comum”, ressalta Waldrich.

Tratamento de hanseníase

O tratamento dura de seis a doze meses. A diretora diz que ainda há pessoas que desconhecem a hanseníase como Terezinha Aparecida da Silva. “Eu não sei, não conheço. Até porque não tem ninguém da família com a doença”, relata.

“A gente trabalhou a semana toda nas unidades de saúde sensibilizando as pessoas que vieram procurar auxílio. Mesmo não tendo sido detectado nenhum caso, foi importante para diagnosticar”, conta Waldrich sobre as ações do Dia de Combate à Hanseníase, no dia 29 de janeiro.

O exame é delicado e precisa passar pela Vigilância. A linfa é retirada do lóbulo da orelha, cotovelo e outras regiões no laboratório. A coleta, o exame e o tratamento são realizados em Lages mesmo. Quando o agente de saúde passa nas residências, as pessoas devem informar se está sentindo algum sinal. O agente pode marcar consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS). Quanto mais bacilo estiver no organismo, mais difícil de tratar.




Mutirão atinge 10 mil cirurgias

O mutirão de cirurgias eletivas do Governo do Estado chegou a 10 mil procedimentos autorizados nesta semana. Desse total, foram autorizadas 6.996 cirurgias na especialidade de oftalmologia e 3.032 hospitalares.

Lançado em agosto de 2011, a meta para 2012 é a realização de 22 mil cirurgias e a ampliação do mutirão também para exames. “Enquanto houver uma pessoa na fila, vamos manter o mutirão. O número alcançado é um sucesso porque representa pessoas voltando à vida normal depois de uma longa espera”, afirma o governador.

Dentre os destaques do mutirão, está a especialidade de oftalmologia. O secretário da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, está otimista em relação ao cumprimento do objetivo. “Estamos quase alcançando a meta prevista das cirurgias de cataratas que é de 7,2 mil. Faltam apenas 204”, afirma o secretário.

Com a visão normal - Uma dessas cirurgias de cataratas devolveu a visão para o mecânico Reinaldo Fernando Sombrio, de 54 anos. Morador de Blumenau, Reinaldo fez a cirurgia de cataratas no Hospital Misericórdia, no mês de janeiro e garantiu que o atendimento foi excelente. O mecânico relatou que o seu problema iniciou em dezembro de 2010, quando em uma consulta um médico de uma clínica explicou que seu caso não tinha solução.

Ele conta que se sentiu desanimado e sem vontade para marcar novas consultas. Em fevereiro de 2011, o chamaram para um novo atendimento e outro médico diagnosticou a doença e o colocou na fila para a cirurgia. Graças ao mutirão, no final do mês de dezembro, Reinaldo recebeu um telefonema. Fez a cirurgia em janeiro deste ano e voltou a enxergar normalmente.



Fase é de adaptação no SC Saúde

80% do credenciamento da Unimed, também consta no SC Saúde, o novo convênio de saúde dos servidores públicos estaduais. A informação é da atendente líder do SC Saúde, em Lages, Isabel Küster, que afirma que o segurado não ficará sem atendimento médico em nenhuma especialidade. “Pedimos um pouco de paciência nesse período de transição. Todos os médicos que constam no site já estão atendendo, mesmo aqueles que estão em processo de credenciamento”, explica.

Muitos segurados estão insatisfeitos, pois há médicos que por enquanto, não aderiram ao convênio. Isabel explica que quando não houver alguma especialidade médica disponível, será encontrado outro profissional que virá atender no consultório do SC Saúde. O atendimento será na rua Rui Barbosa, 90, no Centro. “Se por exemplo não tiver um endocrinologista, iremos agendar e o atendimento acontecerá”, explica.

O professor Luiz Acácio da Silva, tinha marcado uma consulta com uma nutricionista, porém ao chegar no consultório foi informado que pelo convênio a médica não atenderia. “Vou ter que procurar outra médica. Quando precisamos de consulta, não temos. O médico cardiologista que me acompanha há dois anos também não vai atender por esse convênio”, lamenta.

A atendente do convênio em Lages, explica que o paciente tem direito a ter seu prontuário fornecido pelo seu médico, para ser atendido com outro profissional. Ela esclarece ainda que a partir do momento que o prestador está credenciado, ele não pode recusar o atendimento. “O que ele pode fazer é ter uma cota para pacientes particulares e conveniados. Porém o atendimento não pode demorar mais de 14 dias”, declara.

Ela diz que foi feito um curso para todos os prestadores de serviço do convênio. “O nosso sistema funciona online. E o pessoal estava acostumado a fazer tudo manual, foi feito um curso para orientá-los. Quem ainda tem dúvida pode nos procurar que damos orientação in loco”, afirma.

Daqui seis meses, todos os prestadores de serviço da SC Saúde terão que ter CNPJ para atender pelo convênio. “O governo não paga para pessoa física, só jurídica. Por isso é preciso abrir uma firma, mas demos este prazo para não atrapalhar o atendimento”.

Isabel acredita que todos os médicos se credenciarão porque o valor da consulta pago pelo SC Saúde é maior do que era pago pela Unimed. “A Unimed pagava para o médico o valor de R$ 33,60 por consulta, o SC Saúde paga R$ 62,15”, finaliza.

Prazo de credenciamento foi prorrogado

O Governo do Estado, por meio do secretário de Estado da Administração, Milton Martini, prorrogou o prazo para credenciamento dos prestadores de serviço do SC Saúde. A decisão ocorreu após reunião com o Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc). “Vamos prorrogar a adesão a pedido dos médicos e também porque queremos fazer do SC Saúde o melhor plano de saúde para o servidor”, afirma.

Os principais pontos definidos no encontro foram a prorrogação do credenciamento dos médicos e estabelecimentos até o dia 7 de fevereiro, o apoio total à informatização do plano e o envio de um comunicado do Cosemesc aos médicos, para que não deixem de atender aos servidores nesse período de transição.

• Assembleia. O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini, afirma que a proposta do governo será encaminhada com parecer favorável na assembleia que acontecerá na segunda (6), às 20 horas, na Associação Catarinense de Medicina, na capital.

“Porém a decisão em aderir ao plano é de cada médico. Tivemos um avanço significativo nos debates, mas a remuneração está 20% abaixo do que queremos. Entretanto, a proposta do governo é de que até 2014 a remuneração seja atualizada”, explica. Em Lages, cada médico recebe por consulta R$ 62,15.

 

Governo repassará verba para leitos destinados a viciados em drogas
Plano prevê criação de 3.508 leitos; atualmente rede pública possui 1.600 vagas

O Ministério da Saúde publicou portaria com as regras para o repasse de verba extra para a criação de 3.508 leitos em enfermarias especializadas no atendimento de dependentes químicos, como viciados em crack, álcool e outras drogas.
De acordo com as regras publicadas no Diário Oficial da União, o incentivo financeiro aos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) varia de R$ 18 mil a R$ 99 mil, dependendo do número de leitos especializados. O hospital com até cinco leitos vai receber, por exemplo, R$ 18 mil. As unidades com até 30 leitos, a quantia sobe para R$ 99 mil. Os recursos são para adequar a estrutura física, comprar equipamentos e capacitar pessoal.
Nos sete primeiros dias de internação, os hospitais vão receber diária de R$ 300. De oito a 15 dias, o repasse passa para R$ 100. A partir do 16º dia de internação, a diária cai para R$ 57, valor que é pago atualmente pelo ministério independentemente do tempo de internação do paciente. As enfermarias especializadas são indicadas para o tratamento dos casos mais graves de pacientes com transtorno mental ou de dependentes crônicos de drogas.
No total, o ministério prevê gastos de R$ 670 milhões com os novos leitos. A iniciativa integra o plano de combate ao crack, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro do ano passado. Atualmente, a rede pública tem 1.600 vagas em enfermarias especializadas.

 

Saúde mobiliza jovens gays na prevenção à aids

No ano passado, para cada 16 homossexuais de 15 a 24 anos vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10


Os jovens gays, de 15 a 24 anos, são o principal foco da campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval deste ano. A ação dá prosseguimento ao tema lançado no Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro. De 1998 a 2010, o percentual de casos na população heterossexual de 15 a 24 anos caiu 20,1%. Entre os gays da mesma faixa etária, no entanto, houve aumento de 10,1%, conforme último boletim divulgado.

“Embora as atividades de prevenção ocorram durante todo o ano, em um processo contínuo, o momento da campanha do carnaval é importante. Vamos chamar a atenção para a saúde em situações e momentos específicos nessa grande festa que é o carnaval brasileiro”, ressalta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A campanha, que será lançada nesta quinta-feira, também traz materiais para o público geral e uma chamada inédita para travestis.

O conceito da campanha será: “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”. Ela será veiculada em dois momentos: a partir do dia 2, antecipando o carnaval com alertas para o uso responsável do preservativo e, no período pós-festa, a partir do final de fevereiro, com a promoção do diagnóstico e a conscientização da necessidade da realização do teste.

“A grande novidade do carnaval deste ano é um pôster dirigido às travestis. É primeira vez que o Ministério da Saúde apresenta um material específico para esse público na campanha de carnaval” ressalta Dirceu Greco, Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Outros dois pôsteres direcionam-se aos jovens gays e à população heterossexual.

Os filmes a serem transmitidos pela TV e internet apresentam situações em que os públicos-alvos da campanha: homens gays jovens e um casal heterossexual encontram-se prestes a ter relações sexuais sem camisinha. Em ambos os filmes, surgem personagens fantasiosos – uma fadinha, no caso do filme do casal gay, e um siri, no casal heterossexual – com uma camisinha. Ao final, em ambos os vídeos é apresentada a mensagem: “Na empolgação rola de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua.” Para ver as peças da campanha, acesse o link http://www.aids.gov.br/campanhas/2012/carnaval.

TEMA - A campanha de carnaval deste ano dá prosseguimento à Campanha do 1º de Dezembro Dia Mundial de Luta contra a Aids, quando os jovens gays de 15 a 24 anos foram indicados como público prioritário. O Boletim Epidemiológico DST/Aids divulgado em dezembro do ano passado mostra que a epidemia tem crescido nessa população nos últimos anos. De 1998 a 2010, o percentual de casos na população heterossexual de 15 a 24 anos caiu 20,1%. Entre os gays da mesma faixa etária, no entanto, houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.

Na população geral de 15 a 24 anos, entre 1980 e 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de aids, sendo 38.045 no sexo masculino (57%) e 28.648 no sexo feminino (43%). O total equivale a 11% do total de casos de aids notificados no Brasil desde o início da epidemia.

AÇÕES REGIONAIS– Em paralelo à campanha de mídia nacional, uma série de ações de mobilização e testagem serão realizadas em oito cidades tradicionais: Salvador/BA, Olinda/PE, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Florianópolis/SC, Belo Horizonte/MG e Diamantina/MG. Nas cidades de Olinda, Recife e Salvador, postos do Fique Sabendo irão oferecer testagem para a população em pontos estratégicos da festa. Em São Paulo, a mobilização de incentivo à testagem acontecerá antes e após o carnaval.

PRÊMIO CAZUZA – No mesmo evento, serão entregues os prêmios aos primeiros colocados no 1º Prêmio Cazuza de Vídeo. Promovido pela Sociedade Viva Cazuza em parceria com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS), o concurso teve como objetivo fazer com que a prevenção do HIV/Aids fosse pensada e discutida por jovens, buscando uma linguagem que atingisse de maneira eficiente esse público.

Os três melhores vídeos, escolhidos por um júri composto por pessoas reconhecidas na área, ficarão disponíveis nas redes sociais da Viva Cazuza e dos parceiros, com intuito de dar maior visibilidade aos vencedores. O vídeo vencedor será veiculado em canal de TV na campanha do carnaval 2012.

Os vídeos selecionados serão utilizados na campanha de prevenção ao vírus HIV do Carnaval 2012, promovida pela Viva Cazuza em parceria com a UNAIDS e com o Departamento de HIV/AIDS do Ministério da Saúde, e devem guardar relação com o tema prevenção do HIV/Aids, buscando difundir informações sobre os meios de prevenção e estimular o uso de preservativos durante o carnaval. Os três vencedores ganham um notebook cada, além da divulgação dos trabalhos no site da Viva Cazuza e dos parceiros.