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Visor | Rafael Martini

BOTA CAMISINHA
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desembarca em Florianópolis na próxima quinta-feira. Ele vem lançar a campanha nacional de prevenção à Aids no Carnaval. A cidade foi escolhida por ter reduzido o número de casos confirmados da doença em mais de 50%nos últimos seis anos. De quebra ele ainda participa do desfile do Enterro da Tristeza, como forma de divulgar a campanha.

 

Cacau Menezes
TOQUES

- É O CARA! - Médico Leo Mauro Xavier assumiu ontem o cargo de diretor técnico do Hospital de Caridade, na Capital.

 

SAÚDE
Barreiros ganha atendimento emergencial

Até o final do mês, será inaugurada a Unidade de Pronto-Atendimento. Quando estiver concluída, policlínica terá quatro andares
Até o fim de fevereiro, o piso térreo da Policlínica de Barreiros, em São José, que conta com a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), estará de portas abertas. Com investimento de mais de R$ 2 milhões, a nova unidade de saúde no município terá quatro andares.

A UPA, com capacidade para atender até 200 pacientes por dia, está em fase de acabamento. Conforme a Secretaria de Saúde, ela funcionará 24 horas nos sete dias da semana. Os serviços oferecidos emergenciais são de clínica geral e odontológico.

Nos demais andares, a policlínica terá suporte de 144 consultas diárias entre especialidades como ginecologia, mastologia, pré-natal de risco, exames como colposcopia, vulvocospia, ultrassonografia ginecológica e obstétrica; procedimentos como punção de mamas e cauterização de feridas; vasectomia; ecocardiograma; eletrocardiograma e raio-x odontológico. A obra deve ser concluída até o fim do primeiro semestre, que corresponde ao prazo final de contrato.

Impacto benéfico no Hospital Regional

Com a nova unidade de saúde, o Hospital Regional de São José, procurado em média por 800 pacientes da Grande Florianópolis, diariamente na emergência, será beneficiado. Segundo o diretor técnico do hospital, Fernando Oto dos Santos, a policlínica e a UPA são grandes conquistas para o atendimento de média complexidade na região de Barreiros.

– Com certeza vai diminuir a nossa pressão popular, que procura atendimento para tudo aqui no Regional. É claro que os casos mais complexos continuarão vindo pra cá, mas pelo menos 20% dos nossos pacientes vão procurar a nova unidade de saúde – explica Santos.

O que vai ter
NA UPA
- Emergência geral e odontológica 24h
NA POLICLÍNICA
- Ginecologia
- Mastologia
- Pré-natal de risco
- Colposcopia
- Vulvocospia
- Ultrassonografia ginecológica e obstétrica
- Procedimentos como punção de mamas
- Cauterização de feridas
- Vasectomia
- Ecocardiograma
- Eletrocardiograma
- Raio-x odontológico

 

Joinville

SAÚDE PÚBLICA
Fiscalização do MP continua

O Ministério Público de Santa Catarina fez, pela segunda vez na semana, uma nova série de visitas às unidades de saúde de Joinville. Ontem à tarde, foi a vez do Hospital Regional Hans Dieter Schmitt. A promotora Simone Cristina Schultz chegou acompanhada da equipe por volta das 14h30 e ficou por cerca de duas horas no local.

O objetivo é conhecer a realidade de todas as unidades de saúde do município e, por isso, as visitas devem continuar nos próximos dias. Foi feito um levantamento sobre os equipamentos, a assiduidade dos médicos e foi pesquisado se os plantonistas atendiam no momento da visita. Os detalhes foram recolhidos pela promotora e serão incluídos no dossiê que está sendo montado para analisar a situação da saúde pública em Joinville.

As visitas acontecem de surpresa e iniciaram-se depois que a promotoria recebeu uma série de denúncias de moradores falando sobre irregularidades e demora no atendimento.

A reportagem de “A Notícia” foi impedida pelos funcionários do hospital de acompanhar a visita.

 

Mundo
SAÚDE

Estudo pode ter encontrado tratamento para o Alzheimer
Um medicamento contra o câncer restaurou rapidamente as funções cerebrais normais de ratos de laboratório que sofriam do Mal de Alzheimer. O avanço pode resultar no desenvolvimento de um tratamento para a doença incurável, revelou um estudo publicado ontem. O bexaroteno fez desaparecer nos ratos até 75% de uma forma de proteína cujo acúmulo é uma das principais características do Alzheimer.

 

Brasil responde por quase 8% dos transplantes feitos em todo o mundo
Brasília, 09/02/2012, Agência Brasil

O número de transplantes de órgãos e tecidos mais que dobrou na última década no país, alcançando 23.397 cirurgias no ano passado. O número equivale a quase 8% dos transplantes feitos em todo o mundo no mesmo período, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (8), pelo Ministério da Saúde.

Em dez anos, foram feitos 6.827 transplantes dos chamados órgãos sólidos, como coração, rim e fígado, entre outros, e 16.570 de tecidos. As cirurgias de transplante que mais cresceram, em quantidade, foram as de medula óssea, córnea, fígado, pulmão e rim.

Para o governo, o aumento do número de transplantes está relacionado à maior quantidade de doadores e à ampliação da rede de captação de órgãos. Em 2011, chegaram a 11,4 pessoas por grupo de 1 milhão de habitantes. A meta é chegar a 15 doadores por milhão até o fim de 2014, taxa semelhante à de países que são considerados referência em doação de órgãos.

Com mais doações e cirurgias, o tempo de espera por um órgão na fila dos transplantes caiu, em média, 23% em um ano. No caso do transplante de rim, a redução do tempo de espera foi 42%. Mas 27.827 pessoas ainda aguardam por um transplante na rede pública de saúde. No Sistema Único de Saúde (SUS), os candidatos são chamados conforme a ordem da fila e a gravidade do caso.

“A única fila que pode acabar é a do transplante de córnea. O número de pessoas que necessitam desse transplante vai ficar menor e todas as pessoas que morrem podem doar as córneas”, explicou José Medina, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as metas deste ano são expandir e melhorar a estrutura para os transplantes de coração e pulmão, considerados os mais complexos. Uma das dificuldades é o tempo curto que o coração pode ficar fora corpo humano, no máximo quatro horas. O rim, por exemplo, pode ficar armazenado por até 24 horas.

“É muito difícil manter um coração de forma adequada no doador vivo para ser transplantado. Em relação ao pulmão é a mesma coisa, é difícil manter um paciente que está na UTI [unidade de terapia intensiva] e possível doador com um pulmão adequado. Ele pode estar entubado [respirando com ajuda de aparelhos], o que aumenta o risco de infecções”, disse Padilha.

A pasta estudará ainda proposta para ampliar a verba aos hospitais e centros de transplantes com bons resultados. Para este ano, a previsão do ministro é investir 10% a mais no sistema de transplantes em comparação com o ano passado, quando a verba chegou a R$ 1,3 bilhão.

O governo fixou regras para o transplante de órgãos em estrangeiros que não vivem no país. Segundo a portaria publicada hoje, nessas situações, o doador precisa ser vivo e parente do estrangeiro. No momento, a cirurgia pode ser feita somente na rede particular. No SUS, o procedimento só é autorizado se houver um acordo entre o Brasil e o país de origem do solicitante. Segundo Padilha, não existem acordos bilaterais vigentes com essa previsão.

“[O estrangeiro não residente] não disputa a fila de transplantes do SUS. Não entra na frente de nenhum brasileiro. A regra vem para coibir qualquer prática de tráfico de órgãos ou de doador vivo. Isso está condizente com os tratados internacionais”, justificou.

As normas vem para evitar que estrangeiros que vivem na região de fronteira e que buscam atendimento no país deixem de ser atendidos. Porém, o ministério não informou o tamanho da demanda. De acordo com José Medina, da ABTO, os casos são “pouquíssimos”.