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SC Saúde divulga manual

O Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Administração divulgou, nesta sexta-feira (10), o Manual de Orientações ao Segurado do plano de saúde do servidor público estadual.

Na página do SC Saúde na internet (http://scsaude.sea.sc.gov.br) é possível consultar o histórico do plano; tirar dúvidas sobre carências, coberturas, abrangência, inclusão de dependentes e também ter acesso às informações do programa de medicina preventiva Segurado com Saúde e aos Guias de Saúde da criança, do idoso, da gestante e do homem.

Os manuais estarão disponíveis nos Centros de Atenção ao Segurado (CAS) na quinta-feira (16) e serão enviados aos segurados na primeira semana de março.

 

Infecção hospitalar ainda assusta

Homero (nome fictício), de 24 anos, não vai conhecer seu filho que vai nascer nos próximos dias. Ele morreu em decorrência de uma infecção, que a família afirma ter sido contraída no hospital.

Ele sofreu um acidente de moto em 2010, quebrando um braço. Fez uma cirurgia para a colocação de pinos de platina, que se deslocaram meses depois. Foi necessária uma nova intervenção cirúrgica, que foi bem sucedida. Dias depois ele estava morto. No atestado de óbito consta ‘choque séptico’ e ‘infecção da orofaringe’. A esposa dele diz que os boatos que corriam entre enfermeiros e médicos era de que Homero havia pego uma infecção hospitalar.

A infecção hospitalar é algo ‘comum’, pode ocorrer por uma série de motivos. Todo hospital é obrigado a ter uma comissão que trata do assunto e é responsável por medidas que reduzem os riscos de contaminação.

No hospital Nossa Senhora dos Prazeres, quem faz esse trabalho é Rosângela Zen. Ela investiga possíveis infecções e se foram contraídas no ambiente hospitalar. Para isso, a profissional checa prontuários de todos os pacientes, bem como pede exames laboratoriais que indicam se houve ou não contaminação. “Nenhum hospital no mundo tem zero de infecções hospitalar”, explica.

Homero faleceu em 22 de novembro, exatamente um mês antes de Adailton (nome fictício), que também teria contraído infecção no hospital. Ele havia sofrido um derrame cerca de um ano antes, e foi fazer uma cirurgia para curar uma diverticulite (uma inflamação no intestino).

Assim como Homero, a cirurgia foi bem sucedida e ele estava se recuperando quando foi acometido por uma infecção no pulmão. A causa da morte foi septicemia (infecção generalizada).

Ele estava entubado e na UTI, além de ser idoso. São as três principais características de pessoas que podem contrair uma infecção hospitalar. Isso porque pessoas nestas condições já estão com a saúde debilitada e são mais suscetíveis à contaminação.

A família de Adailton acha que a bactéria causadora da infecção foi contraída através do entubamento, o que teria acontecido com outros pacientes na mesma época. Rosângela explica que o tubo respirador usado no caso dele é uma porta de entrada de microorganismos, já que fica instalado na garganta e traquéia. Por outro lado, ela diz que todo o equipamento é esterilizado e os filtros dos equipamentos são trocados regularmente.

No caso de Homero, a família acusa erro médico, já que a cirurgia deveria ter sido feita em agosto, mas aconteceu em novembro. “Foram feitos os exames quatro meses antes e o médico fez a cirurgia sem pedir novos exames”, diz o sogro dele.

A falta de exames, combinada com uma gripe que Homero teve dias antes da cirurgia, podem ter comprometido a imunidade. A esposa aponta este como o principal fato para que a infecção hospitalar tenha acontecido. Para Rosângela Zen, as mortes ocorrem por conta das condições em que as pessoas se encontram, e nunca unicamente por infecção hospitalar.


Lages não tem surtos há mais de 4 anos

A coordenadora estadual de controle de infecções hospitalares, Ida de Souza, diz que Lages não possui índices elevados de contaminação. A última vez que houve um surto foi há mais de quatro anos no Nossa Senhora dos Prazeres, quando os pacientes foram retirados da UTI e colocados em outros lugares, procedimentos que não se faz mais.

Ida ressalta que um surto de infecções não deve ser tomado pela população como algo ‘extremamente perigoso’. “A chance de alguém com o sistema imunológico bom pegar uma infecção hospitalar é mínima”, explica. Ela cita como exemplo o caso da ‘superbactéria’, que atingiu Santa Catarina, mas só afetava pacientes transplantados e que faziam hemodiálise.

A ‘superbactéria’ foi batizada com esse nome por ser resistente aos antibióticos mais fortes existentes no mercado. Este microorganismo seria resultado do abuso deste tipo de medicamento.

O abuso de antibióticos é um dos grandes problemas para os hospitais. “As pessoas compram antibióticos para curar a dor de garganta e quando pegam uma infecção no hospital é mais difícil tratar”, diz Rosângela Zen.


Melhor opção é ‘internar’ em casa

O Governo Federal lançou em novembro de 2011, o programa Melhor em Casa, com o objetivo de levar atendimento médico às casas de pessoas com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica.

O enfermeiro e mestre em saúde comunitária, Lucas Pedebós, explica que este tipo de tratamento é melhor para o paciente e para o governo. Isso seria mais barato que o internamento hospitalar e porque em casa a pessoa teria menos chances de contrair uma infecção, já que não existem organismos tão resistentes quanto em um hospital. “Em casa, o próprio organismo dá conta das bactérias existentes no ambiente”.

Segundo o secretário de Saúde de Lages, Paulo Duarte, existem casos em que não é possível a retirada da pessoa do hospital. “Dependendo da patologia a pessoa precisa de uma intervenção médica imediata”, explica.

Lages possui todos os requisitos para a adesão do programa Melhor em Casa. Paulo Duarte explica que já estão sendo feitos levantamentos para o atendimento de acamados (pessoas com sequelas ou outros tipos de doenças em que a pessoa não possa se locomover) fora do hospital.

Para Ida de Souza, o internamento domiciliar proporciona, também, melhor ambiente psicossocial. “O paciente fica com os parentes, come a comida que ele gosta e acaba tendo uma melhora afetiva e emocional”.

O Governo Federal pretende investir R$ 1 bilhão no programa até 2014. Ao todo serão mil equipes de atenção domiciliar e outras 400 de apoio atuando no país.

 

Atendimento dentário em escolas

A partir de abril, consultórios itinerantes dentários e oftalmológicos vão atender alunos de escolas públicas em 20 estados.

A iniciativa é uma parceria dos ministérios da Educação e da Saúde. Os consultórios são montados em caminhões, que atenderão em frente às escolas que fazem parte do Programa Saúde na Escola. De acordo com o Ministério da Saúde, são 37 veículos, com até dois consultórios oftalmológicos, e 34 caminhões, onde será feito o atendimento.

As crianças passarão por exames de retina, de fundo do olho e receberão óculos quando detectados problemas. Os consultórios dentários são equipados para limpeza, extração e aplicação de flúor.

Na primeira fase, o atendimento oftalmológico será feito na cidades com hospitais universitários, onde há estudantes de medicina e residentes. Depois, os consultórios serão levados ao interior do país.

De 2011 até o início deste ano, 2.500 municípios aderiram ao Programa Saúde na Escola, segundo o ministério.

 

SAÚDE | Joinville
Mais médicos para o Hospital Regional
Ministério Público fez pedido para a contratação urgente de profissionais


A promotora da Cidadania do Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC), Simone Cristina Schultz, fez um pedido para a direção do Hospital Regional Hans Dieter Schmitt. Depois da visita à unidade, na tarde de quinta-feira, ela sugeriu que fossem contratados médicos, em caráter de urgência, antes mesmo da homologação do concurso que está com as inscrições abertas.

Entre os problemas levantados pela equipe do MP, o maior deles é mesmo a falta de profissionais.

Segundo Simone, no dia da visita era para ter quatro clínicos no plantão, mas apenas um estava atendendo. “Eu entrei no hospital às 14h30 e conversei com pessoas que chegaram de manhã. Quando saí, três horas depois, as pessoas ainda estavam lá”, declarou a promotora.

Ela disse também que, nos fins de semana e feriados, não há plantonista no Regional. “Quer dizer que a população não pode ficar doente?”, questiona Simone. A promotora disse que espera resolver essa situação antes do Carnaval, caso contrário, pode entrar com uma ação contra o Estado.

O diretor do hospital, Renato Castro, disse que no dia da visita três médicos estavam de plantão – um clínico-geral, um ortopedista e um cirurgião. Mas ele admite a falta de profissionais na unidade.

“Precisamos de, pelo menos, seis clínicos, que esperamos contratar no concurso que está aberto”, comentou Castro.

As inscrições para o concurso vão até o dia 26 de fevereiro. Sobre a sugestão da promotora, de contratar profissionais em caráter emergencial, ele disse que vai levar o pedido até o governo do Estado para decidir a questão.

SEM ENFERMEIRA
Pai não consegue vacinar o filho

O analista de sistemas Fábio Guilherme Carvalho, 41 anos, levou o filho de seis meses para receber vacina na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Vila Nova, ao meio-dia de ontem. Segundo ele, a primeira informação que recebeu foi a de que não havia vacina. Depois, a atendente disse que não havia profissional para aplicar a vacina e o orientou a ir a outra unidade.

Não contente com a resposta, o pai exigiu que a funcionária declarasse por escrito a justificativa. “Não me conformo que não tenha enfermeiro para aplicar a vacina”, disse. Fábio procurou a UBS do Costa e Silva e conseguiu que o filho recebesse uma das vacinas. “Para receber a outra dose necessária, me orientaram a voltar ao posto do Vila Nova.”

A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde informou que no momento em que Fábio compareceu ao posto, a técnica em enfermagem havia saído para almoçar. Outra profissional, que deveria intercalar o horário, não foi trabalhar. Segundo a secretaria, esse foi um problema pontual e não acontece com frequência. Fábio voltará ao posto na segunda-feira para que o filho receba a outra vacina.

ENDOCRINOLOGIA
Ação quer acabar com a fila de espera
O Ministério Público de Santa Catarina entrou com uma ação ontem contra a Prefeitura de Joinville e a Secretaria Municipal da Saúde. Nela, a promotora Simone Cristina Schultz pede que seja resolvida a questão da fila para as consultas de endocrinologia. Segundo Simone, a fila de espera para uma consulta com especialista chega a demorar sete anos.

Na semana que vem, o pedido deve ser analisado pelo juiz Roberto Lepper. “Já conversamos com o município sobre a situação e nada foi feito. Então, resolvemos ajuizar a ação”, explicou Simone.

A Secretaria de Saúde informou que não vai se manifestar enquanto não receber a ação. Ela soube da ação pela reportagem e só deve se pronunciar na semana que vem. A assessoria não soube informar se a fila é mesmo de sete anos.

 

VIDA & SAÚDE | Ataque ao Parkinson
PESQUISA ABRE NOVOS CAMINHOS PARA ENFRENTAR A DOENÇA
Parkinson é uma doença neurodegenerativa, cujas principais características foram descritas pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson. O problema de saúde, que acomete aproximadamente 10 milhões de pessoas no mundo – entre elas o ex-lutador de boxe Muhammad Ali (na foto ao lado) e o ator Michael J. Fox (da trilogia Volta para o Futuro) – tem como sintomas tremores, rigidez muscular e redução da quantidade de movimentos feitos pela pessoa, que se tornam mais lentos à medida em que o tempo passa.

Atualmente, a base do tratamento do Parkinson é o uso de substâncias que estimulam a dopamina no cérebro, como explica o neurologista Hudson Mourão Mesquita, especialista em reabilitação de pacientes que apresentam problemas neurológicos.

– Para evitar complicações inerentes à falta de mobilidade, essas pessoas também fazem diferentes atividades físicas e muita fisioterapia. Outra opção é a cirurgia funcional. Infelizmente, todas essas medidas são paliativas, e a doença continua a evoluir, sem uma cura definitiva – comenta o médico.

Uma pesquisa que vem sendo realizada nos Estados Unidos pode ser a luz no fim do túnel. Os resultados ainda não são definitivos, mas há, entre os cientistas, muito otimismo em relação às últimas descobertas.

Pesquisadores do Instituto Gladstone, organização norte-americana, identificaram uma proteína que intensifica os sintomas da doença.

Essa descoberta pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o mal, destinados a bloquear a proteína. Isso representa uma esperança para quem tem a vida afetada pelos distúrbios motores decorrentes do Parkinson.

A pesquisa, publicada na edição online da revista científica Neuron, apresenta a proteína RGS4, que ajuda a regular a atividade dos neurônios na parte do cérebro ligada aos movimentos. Em pessoas com Parkinson, entretanto, a proteína agiria fazendo o contrário, contribuindo para problemas de controle motor.

O Parkinson e o Alzheimer são as doenças neurológicas degenerativas mais frequentes na sociedade ocidental e, com o envelhecimento da população, serão cada dia mais comuns.

Por isso, segundo os especialistas, qualquer avanço no tratamento terá um impacto muito grande na saúde pública internacional.

 

Um lutador
Muhammad Ali-Haj, nascido Cassius Marcellus Clay Jr., nos EUA, em 1942, é considerado o melhor pugilista de todos os tempos. Ele luta contra o Parkinson, diagnosticado na década de 1980. Em 2010, foi a Israel tratar a doença com células-tronco adultas. Os testes com ratos tiveram sucesso, mas sua eficácia em seres humanos ainda está sendo testada.