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SAÚDE ESTADUAL
Para ter o Regional por inteiro
Secretário anuncia médicos, reforma e reativação de espaço ocioso do hospital

O que era para ser um balanço dos investimentos de 2011 do governo do Estado na saúde da região Norte se transformou, ontem de manhã, numa espécie de lista de compromissos para ter o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt funcionando a pleno vapor. O hospital tem enfrentado problemas por causa da falta de médicos e tem alguns setores ociosos.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, há pelo menos três frentes em andamento para, até o fim do ano, ter uma nova realidade no hospital: a contratação de médicos, a licitação para obras em cinco alas e a reforma do pronto-socorro.

O problema mais crítico, a falta de médicos, segundo o secretário, está sendo enfrentado com um processo seletivo para contratação de profissionais em regime temporário. O processo foi aberto na última sexta-feira. Além disso, as provas do concurso público para várias instituições do Estado, inclusive o Regional, estão previstas para o dia 1º de abril. A expectativa do secretário é de que em maio a situação se normalize.

Desde agosto do ano passado, o Estado já tentou atrair profissionais em seis processos seletivos. Segundo o secretário, o déficit do do Regional é de seis clínicos – número que, segundo ele, não representa muito, comparado ao corpo clínico, que chega a 140 médicos. Dalmo garantiu ainda que já há candidatos suficientes no concurso para suprir as vagas de clínicos. Porém, não houve aumentos nos salários para que as vagas se tornassem mais atrativas. Conforme o secretário, houve reajuste de 8% sobre o salário, que representou cerca de R$ 100 a mais na remuneração. Não estão previstos mais aumentos para este ano.

Dalmo explicou que, no caso do concurso, o plano de carreira e a estabilidade atraem mais médicos de outros Estados.

gisele.krama@an.com.br

GISELE KRAMA

 


SAÚDE ESTADUAL
Os planos físicos para o hospital

Além da contratação dos médicos, o secretário ainda anunciou a licitação para o projeto de reforma dos setores A, B, C, centro cirúrgico e de esterilização de materiais e pronto-socorro. O pregão vai ser realizado no próximo dia 15 com valor máximo de R$ 274.704. Segundo o secretário, no ano passado foi realizada uma tentativa de licitação, mas foi frustrada por problemas técnicos.

O prazo para o projeto ficar pronto é de dois meses. Ainda não há estimativa para a contratação da empresa que ficará responsável pelas obras. A previsão é de que comecem a mexer no prédio ainda este ano.

Com o término da reforma, devem ser liberados 57 leitos, que estão fechados por falta de condições físicas de receber pacientes. Dez deles por falta de manutenção nos setores A e B. E outros 47 do setor C, onde funcionava a antiga ala infantil do Hospital Municipal São José e que depois recebeu os setores do Regional que entraram em reforma. Desde 2010, os 27 quartos estão fechados.

Segundo o diretor do Regional, Renato Castro, as reformas dos setores A, B e C serão mais fáceis porque são apenas enfermarias. “Não tem muito o que inventar”, diz. A expectativa dele é que este ano fiquem prontos. Já o centro cirúrgico e o centro de esterilização de materiais vão ser mais complicados, porque as duas unidades estão separadas e deverão haver ligações diretas entre elas.

O terceiro passo vai ser a reforma do pronto-socorro, para melhorar o fluxo de atendimento. Ao lado do setor há um antigo anfiteatro, que deixará de existir para receber dez leitos de UTI. Mas o diretor já pensa em 20 para atender a demanda. Ainda não foram contabilizados quantos funcionários serão necessários para atuar nas alas reformadas.

“Essa demora (para fazer as licitações) nos angustia. Mas faz parte da gestão pública”, diz Dalmo, sobre a licitação.

  


SAÚDE ESTADUAL
Secretário defende o modelo OS

Durante a entrevista coletiva, o secretário Dalmo Claro voltou a falar sobre a possibilidade de transferir a gestão do Hospital Regional a uma Organização Social, a exemplo do que aconteceu com o Infantil Jeser Amarante Farias. Segundo ele, até agora o resultado no Infantil tem sido satisfatório.

Para o secretário, os maiores ganhos da mudança de gestão ficariam na agilidade de contratação de funcionários, que poderiam entrar no regime de CLT e na dispensa de licitação, que agilizaria o prazo de compras de medicamentos e materiais e de contratação de serviços de manutenção.

Segundo ele, as pessoas contrárias a entrada de uma OS alegam a privatização do serviço público. “O Hospital Infantil é 100% SUS. O patrimônio é do Estado”, esclarece. Há servidores do Estado junto com contratos em novo regime. Apesar da defesa do modelo, o secretário não confirmou se ele será posto em prática no Regional.

Principais pontos

- R$ 1,35 bilhão foi o investimento em 2011 pela Secretaria Estadual da Saúde para fazer mais de um milhão de atendimentos.

- Cerca de R$ 5 milhões por mês para o Hospital Regional, R$ 4,5 milhões para o Jeser Amarante Farias e R$ 2 milhões para a Maternidade Darcy Vargas.

 

 

HOSPITAL DE CARIDADE DE SÃO FRANCISCO
MP denuncia cinco servidores

A investigação que apurava um suposto esquema de superfaturamento na cobrança de planos de saúde no Hospital de Caridade, de São Francisco do Sul, terminou em denúncia contra três médicos e duas técnicas de enfermagem acusados de estelionato. O documento, entregue à Justiça na semana passada pelo promotor Cristian Richard Stähelin Oliveira, afirma que os cinco suspeitos informavam a presença de médicos auxiliares em procedimentos cirúrgicos sem que esses profissionais realmente estivessem presentes nas cirurgias.

A documentação entregue às empresas que gerenciam os planos de saúde apontava valores acima do que era necessário. Conforme a denúncia, havia um revezamento na inclusão dos nomes dos três médicos como supostos assistentes nas cirurgias. Segundo a investigação, a prática contava com a participação das enfermeiras. Mesmo sem terem contrato com os planos de saúde, a investigação aponta que os médicos arrecadavam os valores extras por meio dos repasses feitos para a Venerável Ordem Terceira, ligada à Igreja Católica, que administra a unidade e recebia pelos serviços.

As vítimas do suposto esquema seriam os planos de saúde e o próprio Hospital de Caridade. O Ministério Público aponta que a fraude aconteceu entre 2009 e 2011, mas não há levantamento quanto aos valores. “Há informações no sentido de que era feita a divisão das quantias repassadas pelos planos de saúde entre as denunciadas com o médico indicado – muitas vezes por elas mesmas – como suposto auxiliar nas cirurgia”, escreveu o promotor.

Para constatar quais procedimentos haviam sido realizados sem a presença dos supostos médicos auxiliares, o MP analisou relatórios feitos pela ordem sobre as cirurgias conveniadas.

O promotor disse ontem que uma perícia ainda deve ser solicitada para confirmar o valor dos procedimentos supostamente fraudados. Segundo o promotor, nenhum dos cinco acusados quis se manifestar durante a investigação. Eles já não atuam mais nos procedimentos cirúrgicos porque a unidade está funcionando parcialmente. Cristian listou 14 testemunhas. Até ontem, a Justiça de São Francisco do Sul não havia recebido a denúncia.

  


GRIPE B
Resultados de exames sem previsão

Três pacientes com suspeita de influenza B (gripe B) continuam internados no hospital da Unimed em Joinville. Não há previsão para a divulgação do resultado dos exames. Foi preciso encaminhar o material para o laboratório de referência da Fiocruz, no Rio de Janeiro. De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, Rosilei Weiss Baade, o Laboratório Central (Lacen) em Florianópolis não tem condições de analisar o vírus. No dia 17 de fevereiro, uma tripulante do navio MSC Armonia morreu com o quadro da gripe B. O cruzeiro atracou em São Francisco do Sul no dia 26, e uma passageira e um tripulante foram hospitalizados com os sintomas do vírus.

 

 

 

 


PLANOS DE SAÚDE
Estelionato no Caridade

A investigação que apurava um suposto esquema de superfaturamento na cobrança de planos de saúde no Hospital de Caridade, em São Francisco do Sul, terminou em denúncia contra três médicos e duas técnicas de enfermagem acusados de estelionato.

O documento, entregue à Justiça na semana passada pelo promotor Cristian Richard Stähelin Oliveira, afirma que os cinco suspeitos informavam a presença de médicos auxiliares em procedimentos cirúrgicos sem que esses profissionais realmente estivessem presentes nas cirurgias.

Assim, a documentação entregue às empresas que gerenciam os planos de saúde apontava valores acima do que era necessário. Havia um revezamento na inclusão dos nomes dos três médicos como supostos assistentes nas cirurgias. Segundo a investigação, a prática contava com a participação das enfermeiras.

A investigação aponta que os médicos arrecadavam os valores extras através dos repasses feitos para a Venerável Ordem Terceira, ligada à Igreja Católica, que administra a unidade e recebia dos planos pelos serviços. As vítimas do suposto esquema seriam os planos de saúde e o próprio Hospital de Caridade.

 

São Francisco do Sul

 

  

HOSPITAIS
Saúde em obras


A consulta pede paciência. Hospitais públicos da Grande Florianópolis estão transformados em canteiros de obras. Em seis deles – quatro em Florianópolis, um em São José e um em Biguaçu –, capacetes e macacões se misturam aos jalecos.O vai e vem de pedreiros, pintores, eletricistas e soldadores é tão intenso quanto o de médicos, enfermeiros e técnicos da saúde, que continuam com o atendimento a pacientes. Confira o que está sendo feito em cada uma dessas unidades hospitalares e o prazo para a conclusão dos trabalhos.

Na rede pública estadual, quatro instituições enfrentam reformas: hospitais Florianópolis, Celso Ramos, Regional de São José e Infantil Joana de Gusmão. No HU, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a mesma realidade. Enquanto isso, a espera de 25 anos em Biguaçu ontinua. Quase pronto, o projeto arquitetônico foi embargado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda por liberação para botar em funcionamento os 131 leitos.

A unidade é uma parceria do governo do Estado com a Organização Mundial da Família (OMF) e tem custo previsto de R$ 24 milhões. Obra em hospital é uma dor de cabeça que custa a passar:
– Adequações precisam ser realizadas com os hospitais em funcionamento, fato que atrasa a abertura de frentes de trabalho e causa transtornos para a população que procura os serviços – reconhece Fernando Wisintainer Luz, chefe de gabinete do secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira.
Além disso, a burocracia dificulta a diminuição dos prazos e a busca pela agilidade demandada pela população e pelos órgãos fiscalizadores, como Ministério Público, Tribunal de Contas e Vigilância Sanitária.
– O que sempre reforçamos é o pedido de paciência por parte da população, pois todas as obras são vitais para o bom funcionamento dos serviços e para a melhoria da qualidade à saúde da população dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde – observa Luz.
Pelo HU, o diretor de  Administração, Nélio Francisco Schmitt, também reconhece dificuldades em um hospital-escola, mas anuncia boas novas para a unidade, como o centro de tratamento de queimados, obra iniciada em 2011 e com previsão de término para mais seis meses.
angela.bastos@diario.com.br

1 REGIONALDE SÃO JOSÉ

• Hospital-dia: já licitada. Prevê a ampliação da área do serviço (foto) no qual os pacientes recebem tratamento intensivo num período de até 24 horas, eliminando a necessidade de internações em leitos regulares para casos cirúrgicos ou tratamentos mais complexos. Com o início estimado para o mês de maio, tem a previsão da finalização das obras para o primeiro trimestre de 2013. Além da modernização, os serviços de endoscopia e colonoscopia serão beneficiados também por esta obra, ganhando novas alas de atendimento;
•  Reforma da cozinha: projeto já concluído. A licitação deverá ocorrer no segundo semestre de 2012, com início das obras programado para o último trimestre deste ano e finalização no primeiro trimestre de 2013.
•  Reforma do serviço de oftalmologia: pequena adequação no setor que recebe pacientes de todo Estado, visando a ampliar a área de atendimento e criar entrada específica para os pacientes emergenciais desta especialidade (atualmente recebem atendimento na emergência geral da unidade). O projeto está em andamento, com estimativa de licitação no segundo semestre de 2012 e início das obras em setembro.
•  Unidade de tratamento intensivo do Instituto de Cardiologia: visando a ampliar a capacidade desta ala de internação no hospital que funciona anexo ao Regional de São José, a ampliação desta UTI diminuirá o gargalo existente para pacientes operados por esta especialidade e que, normalmente, necessitam de tratamento intensivo.
• Novidades: são 10 leitos de UTI a mais, ampliando de cinco para 15 a capacidade de  internação para este fim. Projeto pronto, em avaliação pelos órgãos cabíveis, licitação em julho e início das obras em setembro.

2 HOSPITAL BIGUAÇU
A prefeitura de Biguaçu aguarda para esta semana resposta da Vigilância Sanitária estadual sobre o projeto do hospital da cidade e que foi reencaminhado depois do embargo da obra pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no ano passado. A obra estava praticamente pronta, mas na avaliação da Anvisa havia problemas com relação ao projeto arquitetônico.

• Prazos: a expectativa era de que o hospital estivesse pronto entre junho e julho, mas por causa da suspensão dos trabalhos, o cronograma foi alterado. A previsão é para agosto.
•  Novidades: nos seis prédios serão colocados 131 leitos, compostos por unidade de atendimento imediato, unidade de clínica médica, pediatria, UTIs adulto e infantil, clínica cirúrgica, centro cirúrgico, maternidade e blocos para os setores administrativo e logístico.
• Valores: a unidade é uma parceria do governo do Estado e da Organização Mundial da Família (OMF), com custo previsto de R$ 24 milhões.


3 HOSPITAL FLORIANÓPOLIS


Desde 2009, o hospital, localizado no Bairro Estreito, no Continente, está em obras. Começou com reforma na emergência geral e no serviço de nutrição de dietética, já concluídas, empreitadas que visavam adequação às normas vigentes da Anvisa. Além disso, modernização de layout e tecnologia.
• Obras: finalização da segunda etapa, que inclui a reforma completa do segundo e terceiro andares, pavimentos que abrigam as alas de internação (incluindo a UTI), centro cirúrgico e centro de material esterilizado. Esta etapa teve início em 2010 e necessitou de alterações nos projetos de execução (hidráulica, elétrica, climatização e Anvisa). Isso forçou a transferência da emergência para uma entrada lateral, mas o atendimento foi mantido.
• Prazos: atualmente, com todos os projetos aprovados, previsão de entrega para o fim de julho deste ano. A estimativa é de que 70% do total esteja concluída.
• Novidades: além da modernização dos ambientes, equipamentos e layouts; mais cinco leitos de UTI são colocados à disposição de pacientes.

4 GOVERNADOR CELSO RAMOS

• Obras: ocorrem na reforma da cozinha (foto), iniciada no fim de 2011 e com previsão de entrega para junho. Surgiu pela necessidade de adequação às normas da Anvisa e modernização tecnológica.
• Reformas: centro de diagnóstico, que irá receber a ressonância magnética (primeiro aparelho instalado em um hospital próprio de SC) e o novo aparelho de raio-X. Com o projeto pronto, a estimativa é de que as obras comecem este mês e sejam concluídas em julho. A ala ortopédica, fechada desde 2011 por determinação da Vigilância Sanitária, e que abriga pacientes internados de pré e pós-cirúrgicos da especialidade ortopédica. O setor contava com 50 leitos, os quais serão adequados às normas exigidas pela legislação vigente e ainda ampliados em mais 20 leitos, acompanhando o aumento da demanda deste tipo de internação. O projeto ainda está em finalização, com estimativa do início das obras para maio e sua conclusão no início de 2013.
•  Novidades: o Celso Ramos também executa um projeto de prevenção de incêndio, exigido pelo Corpo de Bombeiros, para que em caso de incêndio seja possível evacuações em situações de risco. Trata-se de uma torre anexa ao hospital com fluxo facilitado para saídas de emergência e um heliponto para apoio aos Bombeiros e Samu. O projeto, já concluído, será licitado ainda no primeiro semestre, com prazo estimado de finaliza-ção para o fim de 2013.


5 INFANTIL JOANA DE GUSMÃO

• Obras: em diversos setores, visando adequação às normas da Vigilância Sanitária e também  modernização tecnológica. Iniciadas em 2010, primeiramente atingiram o centro de material esterilizado e a rouparia, já prontas. A emergência geral encontra-se em reforma, tendo o espaço reduzido para a instalação provisória do centro cirúrgico (CC), o qual, assim como a UTI pediátrica, serão completamente reformados, com ganhos de layout, modernização tecnológica e, no caso da UTI pediátrica, ampliação de 10 para 20 leitos. O período de finalização é agosto. Neste tempo devem ser feitas as transferências dos serviços para estas áreas e o início das obras nos atuais CC e UTI. Por causa da obra, consultórios serão fechados e será necessário transferir o atendimento em 50% para outros locais. Um dos destinos é o HU. A prefeitura busca mais suporte. O fechamento deve ocorrer por quatro meses.
• Projeto: os profissionais terão à disposição salas cirúrgicas na própria área do atendimento de  emergência, pois as salas que atuarão temporariamente para todo o hospital durante as obras no atual CC, serão incorporadas na nova emergência do hospital, a UTI pediátrica e se transformará numa internação semi-intensiva voltada para atendimentos emergenciais.
•  Previsão: o prazo estimado para finalização de todas as obras do HIJG é o início do segundo semestre de 2013.

6 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (HU)

• Obras: alojamento conjunto, que abriga mães que ganharam seus bebês. Por causa da reforma   Iniciada dia 1º, mães e filhos estão no local antes destinado ao programa Mamãe Canguru. A previsão de término é de 10 meses. A UTI Neonatal também vai passar por obras a partir desta semana, com previsão de término também de 10 meses.
•  Reformas autorizadas: laboratório de emergência (Toxem), de julho a dezembro; e a emergência psiquiátrica, de abril a setembro.
•  Adequação interna: setores de marcação de consulta, internação, serviço social e readequação do serviço de radiologia. O cronograma prevê obras por um ano a partir do dia 27.
• Setores que já iniciaram reformas: hemoterapia (iniciou em 18 de janeiro com previsão de término de 10 meses); laboratório de biomecânica (desde 23 de janeiro com previsão de término em 4 meses).
•  Novidades: centro de tratamento de queimados com 12 leitos para atender pacientes da região. A obra começou em 2011 com previsão de término em seis meses. O HU terá, ainda, emergência psiquiátrica. As obras devem ser feitas entre abril e setembro.

 

 

 

Governo estadual tenta contratar médicos para o Hospital Regional em Joinville
Secretaria da Saúde já abriu seis processo seletivos, mas não há interessados nas seis vagas
 Aline Machado Parodi

Joinville 

 

"Além da questão salarial também ocorre de alguns profissionais não se sentirem preparados para trabalhar em um pronto-socorro", diz Dalmo Claro de Oliveira

A novela da falta de médicos na emergência do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt pode estar nos capítulos finais. É isso que espera o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, que esteve ontem (5) em Joinville para apresentar o balanço do primeiro ano de sua gestão. A secretaria abriu o sexto processo seletivo consecutivo para contratação de médicos e encerrou na semana passada as inscrições ao concurso público que será realizado em maio.

“Desde agosto do ano passado há falta de seis profissionais na emergência. Abrimos cinco processos seletivos, não houve interessados. Acredito que com esse novo processo e o concurso, que teve inscrições superiores ao número de vagas, até maio poderemos suprir essa lacuna”, ressaltou o secretário. O piso salarial, considerado baixo para o mercado de Joinville, é apontado como motivo para o desinteresse dos profissionais.

 

 


Governo de Santa Catarina se explica sobre superbactéria
Autoridades do setor falam sobre as medidas adotadas, os casos e as mortes confirmada até agora

Florianópolis 

Éder Forester e Ida Zoz esclarecem posicionamento do governo sobre a superbactériaA KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase) é conhecida popularmente como superbactéria por produzir enzimas resistentes aos antibióticos. O primeiro caso no Estado foi registado em 2010, no Vale do Itajaí. Joinville também teve contaminados. Mas a situação se agravou neste ano. Só no hospital Governador Celso Ramos, na Capital, foram registradas pelo menos seis mortes relacionados ao micro-organismo.

Ida Zoz, coordenadora estadual de Combate a Infecções, e Éder Forester, gerente de enfermagem do Celso Ramos, esclarecem o posicionamento do governo sobre o caso.

Qual é o número de mortes no hospital Celso Ramos relacionado à KPC?

Ida – Tivemos três mortes de pacientes que estavam com infecção devido à KPC. Os outros três estavam com a bactéria, mas sem infecção. Faleceram em função da doença base.

Por que, no momento em que foi identificado o primeiro infectado pela superbactéria, o hospital não tomou uma medida mais drástica, como o isolamento?

Ida - Primeiro mapeamos todos os pacientes. Quando saiu o resultado, isolamos os contaminados. Desde então, realizamos, semanalmente, exames em todos os pacientes e funcionários para controle. Mas não tivemos nenhum novo caso desde o dia 17 de fevereiro. E nenhum funcionário foi contaminado. Isso comprova a eficiência do nosso trabalho.

E quanto aos funcionários? Eles tinham preparo para lidar com essa bactéria?

Éder - Preparamos todos os funcionários para lidar com a bactéria. Chegamos a orientar pessoalmente. E contratamos 15 técnicos de enfermagem e seis enfermeiros para completar o quadro.

Quantos pacientes continuam no isolamento?

Éder – Dois com infecção e seis colonizados.

Por que esses pacientes colonizados estão em isolamento e outros 12 – com a KPC detectada no organismo – receberam alta? Qual a diferença entre eles?

Ida - Esses pacientes colonizados estão hospitalizados em função de outras doenças. Assim que melhorarem, receberão alta. Não temos como segurar essas pessoas no hospital.

Mas eles não são um risco para a família?

Éder – O risco das famílias se contaminarem é muito pequeno. A expectativa é que na comunidade o paciente descolonialize, ou seja, a própria flora intestinal pode destruir essa bactéria. Há uma competição no organismo entre bactérias. E a KPC é uma turista.

Mas se alguém da família tiver imunodepressão, como a mãe do paciente Lindolfo José da Silva. Ela tem 91 anos e um histórico de doenças. Faz parte do grupo de risco, certo?

Éder – Ensinamos as famílias sobre os cuidados necessários, higiene, luvas.

Mas se o familiar, como no caso dessa senhora, não tiver preparo para lidar com o paciente? Ele se contaminou dentro do hospital. A responsabilidade não é do Estado?

Ida – Não há como provar que o paciente se contaminou aqui. E, assim que a infecção foi curada, ele tem condições de ir para casa. Aqui não é um albergue, nem um asilo. O hospital faz sua parte orientando as famílias.

Há casos de KPC em outros hospitais do Estado?

Ida- Não que eu tenha conhecimento.

 Suspeita de paciente infectado no Hospital Regional de São José

Funcionários do Hospital Regional de São José confirmam, ontem à tarde, a suspeita de que um paciente do setor de cardiologia pode estar infectado com a KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase) .

O interno foi transferido do hospital Celso Ramos, na Capital, para hemodiálise em São José. Seus sintomas – febre e dores na bexiga – podem ser indícios da superbactéria.

Foi feito um exame de cultura para diagnosticar o micro-organismo. O resultado deste exame deve ser divulgado hoje.

MP investiga Hospital Celso Ramos

Sonia Maria de Meda Groisman Piardi, promotora da área de saúde, abriu um inquérito para investigar o caso da superbactéria no hospital Celso Ramos. Piardi irá averiguar os motivos da contaminação e o atendimento fornecido aos pacientes, além de apurar sobre as medidas de contenção utilizadas pelo hospital para controlar o contágio. 

Ainda não há prazo para a conclusão do inquérito. 

 


Médicos da prefeitura de Florianópolis cruzam os braços nesta quarta-feira (7)
Profissionais da saúde reclamam que a Prefeitura de Florianópolis realiza desconto indevido no salário

Os médicos da secretaria de Saúde de Florianópolis confirmam que vão suspender os atendimentos nos mais de 50 postos de saúde da Capital nesta quarta-feira (7). As agendas serão fechadas no período da tarde para que os profissionais participem da mobilização, a partir das 15h30, em frente à prefeitura.

Os profissionais reclamam da suspensão ilegal do desconto na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF) e do reajuste na mesma gratificação. Serão mantidos somente os atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul.

Em reunião no dia 23 de fevereiro entre os representantes dos médicos e os secretários municipais de Governo, de Planejamento, de Administração e de Saúde, foi proposta a criação de uma comissão para avaliar a forma de alterar a redação do decreto que está provocando o desconto ilegal na remuneração dos médicos.

O secretário geral do Sindicato dos Médicos, César Ferraresi, e o diretor clínico da secretaria municipal de Saúde, Renato Figueiredo, representam os médicos. A comissão é formada ainda por representantes das secretarias de Planejamento, de Administração e de Saúde.Após a mobilização desta quarta-feira, os médicos fazem assembleia, às 18h30, no hotel Floph.