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PASSEATA DO SUS
Está sendo preparada uma passeata em defesa da rede pública de saúde em Joinville. É uma articulação entre o Conselho Municipal de Saúde e a Igreja, aproveitando o tema da campanha da fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Será no dia 24, um sábado. São esperadas milhares de pessoas para percorrer as ruas centrais de Joinville, a partir da praça Nereu Ramos até o Hospital São José. As cobranças serão dirigidas à Prefeitura de Joinville e ao governo do Estado. E também aos usuários que não estariam colaborando com o sistema – o pessoal que confirma as consultas e não aparece. “Temos que cobrar e cobrar das autoridades. O SUS tem de funcionar para todos. Tem passeata para tanta coisa, e é direito das pessoas defenderem o que quiserem, mas nada é mais importante do que a saúde”, diz o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valmor Machado.


Acelerado
A possibilidade de transferência da gestão do Regional para uma organização social deve estar ficando mais concreta. O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Joinville, Valmor João Machado, foi convocado para discutir o tema em Florianópolis, terça. O conselho é contra as OS no sistema público.

 

 

 

FIM DA FILA DE ORTOPEDIA
Secretarias ainda não definiram ação
Governos estadual e municipal esperam pelas notificações do Poder Judiciário

Com os pés quebrados e aguardando ser operado no Hospital São José, Jair Nazário, 49 anos, recebeu com alegria, ontem, a notícia de que a Justiça de Joinville determinou que as secretarias municipal e estadual de Saúde e o hospital regularizem a fila de pessoas que aguardam por uma consulta ou cirurgia desta especialidade.

A ação foi pedida pelo Ministério Público Estadual e a determinação partiu do juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Roberto Lepper. Mas, até ontem à tarde, feriado municipal em Joinville, nenhum dos órgãos havia sido notificado pela Justiça e não haviam anunciado qualquer ação para resolver o problema da fila.

Jair Nazário, que mora no bairro Boehmerwald, caiu em enquanto fazia uma obra, em casa, no dia 25 de janeiro. A cirurgia para resolver o problema nos pés foi marcada para 7 de fevereiro. Mas foi cancelada. Uma nova operação foi agendada para 13 de fevereiro, que também não ocorreu.

Na última consulta com um dos médicos ortopedistas do hospital, ele recebeu a notícia de que seria difícil qualquer procedimento porque o osso já está em processo de calcificação. Ele está em casa e sente muitas dores, principalmente no pé direito.

O caso de Nazário é um dos que integraram a ação pedida pelo MP e que prevê o atendimento das 3.355 pessoas na fila de espera para consulta ortopédica e a realização das cirurgias de média complexidade. No processo, segundo a decisão do juiz, o hospital e as secretarias municipal e estadual afirmaram que a responsabilidade seria da União.

gisele.krama@an.com.br

 


FIM DA FILA DE ORTOPEDIA
Cirurgias têm de ser feitas ainda este ano

O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Roberto Lepper, determinou que as secretarias estadual e municipal de Saúde apresentem em juízo um plano para realizar em até oito meses todas as cirurgias ortopédicas que restarem. O Estado e o Município, assim como o Hospital São José, terão que mostrar um plano para por fim à fila de espera por consulta em até 12 meses.

Por meio de suas assessorias, as secretarias estadual e municipal de Saúde informaram que ações devem ser anunciadas só após o recebimento da decisão judicial


 

 

Visor


BOMBEIROS VIVEM DIA HISTÓRICO
Só quem acompanhou o esforço dos envolvidos consegue ter noção da importância do dia de ontem para o Corpo de Bombeiros Militar de SC.

Ao desembrulhar o “presente”, muitos não esconderam a alegria de contar com o primeiro helicóptero da corporação, o Arcanjo 1, que custou R$ 4,2 milhões. O trabalho segue em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde.

Além da aeronave, o Corpo de Bombeiros também recebeu um ônibus adaptado para sediar o gerenciamento de ocorrências de grande vulto ou situações de crise, 14 viaturas caracterizadas para trabalho administrativo e oito caminhonetes com tração nas quatro rodas, para atendimento operacional em áreas de difícil acesso. Equipamentos e embarcações, também foram entregues.


 


VIDA E SAÚDE

Livre dos óculos
OFTALMOLOGISTAS E PACIENTES FESTEJAM AVANÇO NAS CIRURGIAS OFTALMOLÓGICAS

Encarados por alguns como inimigos da boa aparência, os óculos já foram, para muita gente, a única opção para uma visão saudável. Atualmente, porém, esse detalhe pode facilmente ser deixado de lado. Segundo médicos, o avanço das cirurgias a laser e das lentes de contato e intraoculares transformaram, em grande parte dos casos, o “detalhe” em opção.

A especialista em cirurgia a laser Renata Bettarello considera que as pessoas hoje só utilizam óculos se quiserem.

– São tantos tratamentos, tantas opções, que na maioria das vezes eles funcionam mesmo como um acessório. Um exemplo são os pacientes com astigmatismo moderado e elevado, que só contavam com lentes rígidas e óculos – aponta.

Atualmente, conta a oftalmologista, pessoas com esses problemas podem fazer uso de lentes gelatinosas, mais confortáveis, inclusive para graus altos, ou optar pela correção a laser. Para miopias ou hipermetropias muito elevadas, o paciente pode optar por lentes de contato ou operação a laser. E nos casos em que a intervenção cirúrgica não é aconselhável, há a possibilidade de realizar o implante de lentes intraoculares para a redução do grau.

Para Edson Silvério, especialista em doenças refrativas, a todo momento surgem novas opções de tratamento para a miopia e o astigmatismo. Contudo, a maior novidade para ele é a cirurgia para a presbiopia, a popularmente chamada vista cansada. O problema surge a partir dos 40 anos e só era corrigido com lentes e óculos.

Atualmente, a presbiopia já pode ser corrigida com a cirurgia a laser. Segundo o oftalmologista Marco Antônio Kroeff, as técnicas compensam o problema.

– Digo compensar pois, da mesma forma que as lentes de contato, nenhuma das técnicas atuais permite restabelecer o movimento dinâmico do cristalino que possibilita a acomodação do foco para perto. Basicamente, existem três métodos: o implante das lentes intra-oculares, a modificação do formato da córnea com laser e, mais atualmente, implantes de microlentes na córnea.

Outro destaque, na opinião de Silvério, é a qualidade dos lasers. Atualmente, as cirurgias estão sendo realizadas com o Allegretto Eye-Q 400Hz, raio considerado mais seguro e preciso pela FDA (órgão que regulamente tratamentos médicos nos Estados Unidos).

– É o que há de mais moderno. Com ele, a cirurgia é realizada de forma personalizada, levando em conta que cada pessoa tem olhos com características distintas. Esse laser age diretamente no problema – ressalta.

O procedimento é realizado a partir da análise de frente de onda, uma avaliação que detecta a forma como a luz que entra no olho atinge a retina. Dessa forma, o laser trata o problema de forma individualizada. A médica Renata Bettarello explica ainda que, devido à maneira como os novos lasers incidem na córnea, já é possível minimizar os problemas da visão noturna como os halos ao redor da luz, que geravam alguma insatisfação após as cirurgias com os lasers convencionais.

 


VIDA E SAÚDE

Tecnologia contra a catarata-

 Nos casos de cirurgia de catarata, o especialista João Luiz Pacini relata que, atualmente, mais de 60% dos pacientes que passam por ela não precisam mais usar óculos. Essa doença é caracterizada pelo turvamento progressivo do cristalino causando problemas como a absorção da luz que chega à retina. Há seis tipos de catarata: senil, congênita, inflamatória, metabólica, traumática e medicamentosa. De acordo com ele, a cirurgia é muito segura por ser de alta tecnologia. É geralmente rápida, eficiente e indolor.

- Uma grande novidade é a recém-lançada lente multifocal tórica, voltada para os pacientes com alto astigmatismo e que ainda não tinham indicação de lente intraocular. Segundo Pacini, com a nova tecnologia, o índice de pessoas operadas e que não utilizarão mais os óculos vai aumentar.

- No procedimento, o especialista retira o cristalino doente e opaco do olho com baixa visão e o substitui por um cristalino artificial (lente), que pode ser monofocal ou multifocal. A utilização desse último não é aconselhável se o paciente possuir algum problema na retina, como a retinopatia diabética ou a degeneração macular.

 


VIDA E SAÚDE

Sintonia fina
Saiba mais sobre os hormônios, que regem uma imensa lista de funções vitais

Os hormônios regem a orquestra do nosso corpo. E o corpo é o instrumento, por meio do qual pode soar uma música bela e divina, quando afinado e bem dirigido pelo seu maestro. É nosso dever manter nosso instrumento sempre harmonizado. Porém, há quem não trate esse assunto tão a sério. Sua importância é cada vez mais esquecida em detrimento de promessas milagrosas, como ganhar um corpo perfeito, pele mais jovem, músculos avantajados, felicidade, libido e humor em alta. As substâncias, vendidas e expostas indiscriminadamente em farmácias, banheiros de academias, sites, revistas de celebridades, acabam enganando quem desconhece que o sistema endócrino é todo interligado, e qualquer problema em uma das partes pode afetar o funcionamento das outras, como um instrumento desafinado compromete uma orquestra inteira. E o pior: seus efeitos adversos são desastrosos.

A questão é complexa quando o propósito é usar as substâncias para as formas mais controversas, muitas delas sem comprovação científica. A exceção fica por conta do uso do GH, o hormônio do crescimento. O tratamento com GH está bem estabelecido e indicado em crianças que apresentam deficiência comprovada na sua secreção, como no nanismo hipofisário. Segundo o endocrinologista Guilherme Rollin, presidente regional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-RS), em praticamente 100% dos casos o uso de hormônios para tratamentos médicos deve ser somente indicado quando há uma doença real que compromete a sua função e secreção.

– Tratar com hormônio uma situação em que não há uma doença comprovada ainda é muito discutível, pois estaremos colocando o paciente em um contexto cuja relação risco-benefício torna-se desfavorável – diz.

No nanismo hipofisário, por exemplo, a hipófise da criança não produz o hormônio de crescimento. Se você não repor, ela ficará com baixa estatura significativa. Embora alguns estudos já tenham demonstrado que algumas crianças sem deficiência do GH e com baixa estatura possam se beneficiar do tratamento com GH, o assunto ainda é controverso.

– Provavelmente estas crianças apresentem uma deficiência parcial na produção do GH. O problema é que o diagnóstico só pode ser estabelecido por avaliação molecular, por meio da análise de genes, exames ainda não disponíveis por aqui – diz Rollin.

O GH também é vendido como fonte de juventude, mas o uso para adultos só é indicado quando há uma real deficiência, como em casos de tumores, radioterapia e/ou cirurgia que comprometem a hipófise (glândula responsável pela síntese de hormônios), caso contrário há risco de diabetes pelo aumento da glicose ou até doenças cardíacas e alguns tipos de câncer.

Outro exemplo de imprudência é a polêmica “Dieta HCG”, em alta nos EUA e Europa por causa da proibição dos inibidores de apetite. Como o HCG é produzido pelo corpo da mulher durante a gravidez, uma de suas funções é transferir a reserva de gordura do corpo e os nutrientes para a placenta, com o objetivo de alimentar o bebê e não para eliminar a fome ou a gordura. Com o metabolismo mais elevado, o corpo passa a eliminar a gordura, protegendo o tecido muscular.

– Quem quer “acelerar o metabolismo” com hormônios corre o sério risco de ter arritmia cardíaca que se grave pode determinar distúrbios trombo-embólicos e até morte súbita – resume a endocrinologista Helena Schmid.

 

LÍVIA MEIMES