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ABANDONO
Hospital pede ajuda da Polícia Civil

A direção do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville, registrou um boletim de ocorrência na manhã de ontem, na Polícia Civil, pedindo a investigação da identidade do cadeirante deixado por dois homens na unidade, na última quinta-feira.

Um boletim de ocorrência já havia sido registrado na PM, mas a responsabilidade de apurações como essa é da Polícia Civil. A desconfiança era de que o abandonado fosse um índio.

Mas segundo a secretária administrativa da unidade, Scheila Fernandes, a Funai não confirmou as suspeitas. Um cacique chegou a ser levado até o hospital, mas não reconheceu o homem.

 
SAÚDE
Ministro suspende contratos
Esquema de corrupção no hospital da UFRJ foi denunciado pelo “Fantástico”


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou ontem a portaria, a ser publicada hoje no “Diário Oficial da União”, suspendendo os contratos com quatro empresas flagradas em reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, oferecendo propina para fraudar licitação no Hospital Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Paralelamente, a Polícia Federal, a Controladoria-geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciaram uma sindicância nas compras de produtos e serviços em hospitais públicos no Estado, ante suspeitas de fraudes generalizadas.

As empresas denunciadas são a locadora de veículos Toesa Service, a Rufolo Serviços Técnicos e Construções, a Bela Vista Refeições Industriais e a Locanty Soluções, que atua no setor de lixo hospitalar. Todos os contratos dessas empresas – não só com o hospital fluminense, mas com a saúde pública em todo o País – passarão pelo pente-fino do ministério, que acionou o Departamento Nacional de Auditoria do SUS para atuar em parceria com a CGU na devassa.

Na esfera criminal, a investigação correrá na Superintendência da PF no Rio. Foram abertos quatro inquéritos para investigar as denúncias, ontem, a cargo do delegado federal Vítor Poubel. Ainda nesta semana, os sócios das empresas serão intimados para depor. A PF informou que, dentre outras tipificações, serão investigados indícios criminais de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e formação de cartel.

Reportagem denuncia fraude

Com conhecimento da diretoria do hospital universitário, a reportagem foi feita por um jornalista que fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Gerentes e sócios da empresa chamados a participar das licitações deram uma aula de corrupção explícita e revelaram as entranhas do submundo das compras de bens e serviços para a saúde pública.

As negociações, gravadas em vídeo, mostram licitações com cartas marcadas, combinações de suborno, formas de pagamento de propina e truques para driblar a fiscalização.

Em nota distribuída ontem, o Ministério da Saúde informou que as fraudes no setor não são novas no Rio e, após auditorias, motivaram, em abril de 2011, a reestruturação administrativa nos seis hospitais federais do Estado – Andaraí, Lagoa, Ipanema, Servidores do Estado, Cardoso Fontes e Bonsucesso. Já naquela época, a pasta determinou a suspensão e o cancelamento de diversos contratos, alguns envolvendo as empresas citadas na reportagem.

O TCU, também por meio de nota, informou que já adotou providências para apurar as responsabilidades, até em outras unidades.

SAIBA MAIS
Até agora, 17 pessoas foram intimadas a prestar depoimento por suspeita de crimes de peculato, corrupção, fraude e formação de quadrilha.

 


REMÉDIOS
Aumento é de até 5,85%

edicamentos com baixa concorrência no mercado terão de reduzir preços em 0,25% a partir do dia 31, de acordo com regras divulgadas ontem pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

A regra atingirá cerca de 48% dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, estima o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). Pelas regras divulgadas ontem no “Diário Oficial da União”, o aumento médio dos remédios será de 2,81%. O maior índice de reajuste – concedido para medicamentos que tenham oferta de genéricos superior a 20% do mercado –, será de 5,85%. Remédios com participação no mercado entre 15% e 20% terão reajuste de 2,8%. Já aqueles com baixa concorrência terão redução de preço de 0,25%.

Em fevereiro, o Estado já havia adiantado que essa classe de medicamentos poderia ter seus preços reduzidos pela CMED. Os novos preços entram em vigor a partir de 31 de março e terão de ser mantidos até março de 2013.

As regras valem para cerca de 20 mil itens do mercado, como antibióticos. Remédios de alta concorrência, fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos aos valores determinados pela CMED.

 

Visor
BOLETIM MÉDICO

Advogado Cláudio Ávila da Silva acaba de ganhar na Justiça uma ação que obriga o Estado a pagar medicamentos para um paciente com câncer no pâncreas e metástase no fígado. Cada caixa da droga com 30 unidades custa R$ 11 mil. Neste caso, são duas por mês, ou seja, R$ 22 mil só em remédio, que o SUS não paga. O paciente, veja você, também é médico.

E se pra ele tá difícil, imagina só para a população em geral...

 

Geral


DORZINHA EXTRA
Remédios ficam mais caros
Reajuste ficará abaixo da inflação e metade dos medicamentos não terá os preços alterados
O alto índice de produtividade da indústria farmacêutica no ano passado vai garantir reajuste anual do preço dos medicamentos abaixo da inflação: 5,85%, a partir de 31 de março. A melhor notícia, porém, é que metade dos remédios não sofrerão aumento em 2012.

Representantes do setor no Estado defendem a regulação de mercado, mas ressaltam que consumidores assíduos de medicamentos, principalmente os idosos, continuarão sentindo um impacto significativo.

A presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de SC, Caroline Junckes, explica que o cálculo de aumento leva em conta o impacto social. Então, aqueles medicamentos de maior giro sofrem um aumento menor.

O teto de reajuste aprovado neste ano ficou abaixo do estabelecido em 2011, que foi de 6,01%. E, pela primeira vez desde 2003, a categoria dos mais consumidos terá variação negativa no preço, de 0,25%.

O reajuste autorizado pela Câmera de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) considerou a inflação (IPCA), a produtividade da indústria no ano anterior e também a competitividade no mercado.

Foram estipuladas três faixas de reajuste.A mais alta permite o teto de 5,85% de aumento e atinge antibióticos, anti-inflamatórios, antidepressivos e remédios contra hipertensão, disfunção erétil, entre outros.

Na segunda faixa,que estabelece um reajuste de até 2,8%, aparecem medicamentos anestésicos e antipsicóticos, assim como produtos antitabagismo. A terceira variação, para remédios de baixa concorrência, é negativa, ou seja, vão baixar até 0,25% (que representam cerca de 48% do total de remédios disponíveis no mercado).

O assessor técnico do Conselho Regional de Farmácia de SC Ronald Ferreira dos Santos, destaca que quanto maior o índice de produtividade naquele ano, menor será o reajuste, uma vez que o faturamento da indústria permite um repasse menor de custos aos usuários.

A presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de SC acrescentou que o comércio pode trabalhar com uma faixa de 33% de variação de preços, que representa a diferença do medicamento ao sair da fábrica e o valor aprovado pela CMED.

– Só nestes 33%,as farmácias fazem uma guerra de preços. Imagina como seria se não houvesse essa regulamentação – argumentou Caroline.

 

 Notisul


Família acusa hospital de erro
Bebê de 52 dias precisou ser reanimado e foi parar na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição após receber a dose errada de um medicamento.

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Já em casa e com o filho, a mãe Bianca Souza Eugênio lamenta o ocorrido. Para ela, é preciso redobrar os cuidados durante a aplicação de medicamentos
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Tubarão

 
Uma família tubaronense tomou um grande susto na manhã da última segunda-feira. A representante comercial Bianca Souza Eugênio e o eletrotécnico Clayton Cardoso Eugênio tiveram o filho, de apenas 52 dias, internado na UTI Neonatal do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão.
 
Os pais levaram Davi Eugênio à instituição para o pediatra avaliar uma hérnia localizada na virilha. A médica que atendeu a criança prescreveu um medicamento para diminuir a saliência. “Foi prescrito 0,4 mg do remédio, mas foi injetado 4 mg. Eu questionei a enfermeira, mas ela disse que estava certo”, lembra o pai.
 
Após receber o medicamento, o menino passou mal e teve que receber procedimentos de reanimação. Ele foi encaminhado à UTI, onde permaneceu por dois dias. “Ele foi para lá saudável e parou na UTI. Enquanto estávamos lá, nenhuma enfermeira veio pedir desculpas”, lamenta a mãe.
 
Um acusação formal foi feita pala família ao hospital. “Poderíamos ter voltado sem ele”, recorda a mãe. O hospital admite que houve erro de uma funcionária e lamenta o ocorrido.
 
A direção informa que, após a formalização da acusação, foi realizada uma assembleia para a apuração dos fatos. Também foi ressaltado que a instituição se manteve à disposição da família. Por outro lado, os pais avaliam que salvar a vida de um ser humano é uma obrigação.
 
Medidas administrativas são tomadas pelo hospital. “Não queremos que ela (a enfermeira) seja despedida. Apenas que as pessoas saibam do ocorrido. A consciência dela deve estar pesada, e esse erro não comete mais”, avalia Clayton,.