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INFECÇÃO HOSPITALAR
Câmara do RJ apura mortes

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, vereador Carlos Eduardo de Mattos, envia hoje ofício à Secretaria Municipal de Saúde, pedindo informações sobre os dados de mortes por infecção hospitalar no Hospital Municipal Salgado Filho, na zona Norte, em 2011 e 2012.

Dados obtidos pelo vereador, a partir de relatório de funcionários da instituição, apontam para a morte de 363 pessoas por infecção hospitalar, em 2010, em universo de 854 pacientes – ou seja, 42,5% de óbitos, proporção considerada alta. Na UTI, 30% dos 289 pacientes morreram pelo mesmo motivo, quando o índice admissível é de 5%.

A suspeita é de que a contaminação tenha ocorrido por causa de uma falha no sistema de ventilação mecânica. “Se os dados de 2010 estiverem corretos e existe relação entre o sistema de ventilação mecânica com as mortes, é possível que elas tenham se repetido nos anos seguintes”, afirma o parlamentar. “Minha preocupação é que o quadro esteja se repetindo”.

O Ministério Público estadual informou, em nota, que investiga o caso desde maio de 2011 e que cobrou por três vezes da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária do Estado informações sobre a vistoria no sistema de gases do hospital, sem obter resposta. O MP informa ainda que o inquérito corre em sigilo.

“As requisições do MP já alertam que o não encaminhamento das respostas pelos órgãos pode configurar crime de omissão de dados técnicos e improbidade administrativa por parte das autoridades da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária do Estado – órgãos que detêm a competência técnica para fiscalizar e, eventualmente, interditar o hospital”.

A denúncia partiu de funcionários do hospital. “Além de equipamentos fora dos padrões da Anvisa, os filtros estavam entupidos com uma substância de cor esverdeada, que aparentava ser deterioração provocada pelo enferrujamento dos tubos ou limo. Isso ia para o pulmão dos pacientes”, disse uma funcionária, que teme ser identificada. Ela prestou depoimento durante dez horas ao Ministério Público.

Essa funcionária conta que os compressores estavam instalados fora dos padrões determinados. E disse ainda que a empresa contratada para a manutenção de uma centena de equipamentos só fazia duas inspeções mensais. A Secretaria Municipal de Saúde divulgaria nota, mas até as 19h30 de ontem, não havia se pronunciado.

 

AN Jaraguá


CENTRO CIRÚRGICO
Fim da espera para Matilde

Ansioso, o morador de Guaramirim, Osvaldo Schroeder, de 63 anos, andava de um lado para o outro na manhã de ontem, em frente ao Hospital Padre Maria Stein, antigo Santo Antônio.

O pedreiro acompanhava a mulher, Matilde, 58 anos, que estava fazendo uma cirurgia para retirada de pedra da vesícula. Ela foi a segunda paciente a passar por um processo, no Centro Cirúrgico Ana Maria de Souza Nicocelli, que fica dentro do hospital, após esperar por quatro meses na fila do SUS.

“Conseguimos agendar há duas semanas, assim que foi confirmada a inauguração das cirurgias”, afirma Osvaldo. Segundo ele, a existência de um Centro Cirúrgico na cidade, passa segurança para toda a família e os moradores da localidade. Já que antes, em casos de emergência ou agendamentos cirúrgicos as pessoas eram encaminhadas para as cidades da região, como Jaraguá do Sul, Joinville, Blumenau, Penha e Luís Alves.

Apesar de quase quatro anos na expectativa da comunidade, para o funcionamento da ala que foi inaugurada ainda em 2008, mas não recebeu o alvará da Vigilância Sanitária na época e nunca pode funcionar, o trabalho enfim começou.

Ontem foram realizadas as primeiras cinco cirurgias do Centro que comporta três salas cirúrgicas, quatro leitos de recuperação, 12 quartos reservados para o SUS e dois para particular. Nos primeiros dias, as cirurgias serão apenas gerais, como por exemplo, para os casos de vesícula, hérnia e apendicite. “Na metade do mês que vem já devemos ter as cirurgias de obstetrícia, como partos normais e cessarias. Mais para frente um pouco, atenderemos cirurgias de buco maxilo (facial de trauma), ortopedia, oftalmologia e vascular”, revela o diretor administrativo do hospital, Claudio Marmentini.

Assim que começarem os partos, mais 14 quartos estarão a disposição só para a ala de maternidade. Ele explica que nos primeiros três meses a ideia é fazer cerca de 70 cirurgias por mês e a pretensão é chegar a 100. “Temos que começar aos poucos para dar segurança ao paciente e fazer tudo dentro do que é correto”, destaca. Para esta semana mais cinco cirurgias estão agendadas – três hoje e duas amanhã.

 

Estrutura
- Para dar conta da demanda, 40 novos funcionários entre enfermeiros, técnicos e para o setor administrativo foram contratados pelo hospital, assim como dois anestesistas.
- A partir de agora, durante 24 horas, um cirurgião fica de sobreaviso para o caso de emergência cirúrgica.
- O novo centro dispõem ainda de uma farmácia-satélite e um núcleo farmacêutico específico para garantir maior rapidez na entrega dos medicamentos.
- 70% das cirurgias serão feitas pelo SUS, por meio de um convênio entre a prefeitura e a Sociedade Beneficente São Camilo, que assumiu o hospital em agosto do ano passado.
- O novo centro cirúrgico custou R$ 1,5 milhão, R$ 550 mil do governo do Estado, R$ 500 mil do município e R$ 450 mil de recursos do próprio hospital.

 

 


Agradecimento
Gostaria de agradecer pelo ótimo atendimento prestado a minha filha Larissa Gabiatti Leal, a mim e minha esposa no período em que ela ficou internada no Hospital Regional do Extremo- Oeste, em São Miguel do Oeste. Desde a recepção no atendimento, as técnicas de enfermagem e enfermeiras, a equipe da cozinha e da limpeza, onde fiquei muito admirado pela limpeza do hospital, sempre fomos bem atendidos.

 Agenor Farias Leal
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