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Viver bem

 

UM VÍCIO FORA DE MODA
Estudo com 1,5 mil mulheres em nove capitais mostra que brasileiras estão fumando menos

Uma boa notícia sobre o universo feminino acaba de ser divulgada: sua relação com o fumo se tornou mais fraca nos últimos 10 anos. Hoje, o índice de mulheres fumantes é de 18% contra 21% registrado em 2002.

Esta é uma das diversas informações trazidas pela pesquisa “Mulheres e cigarro, retrato de um vício fora de moda”, realizada em fevereiro pela Quest Inteligência de Mercado, empresa especializada em pesquisa e análise de mercado, com o objetivo de traçar um perfil da afinidade entre o público feminino e o tabagismo. O estudo é comparativo a pesquisa similar realizada pela empresa em 2002, e ouviu 1,5 mil mulheres com 18 anos de idade ou mais, em nove capitais – São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). A margem de erro da pesquisa é de 2,6% para mais ou para menos.

Contato cada vez mais tarde

Dividida entre fumantes, ex-fumantes e mulheres que nunca fumaram, a pesquisa revela que as mulheres estão começando a ter contato direto com o cigarro cada vez mais tarde – 61% das fumantes disseram ter iniciado o vício antes dos 18 anos, contra 75% relatado em 2002. Em compensação, o percentual das fumantes na faixa entre 18 e 29 anos aumentou, passando de 22% para 37%. “A boa notícia é que os números demonstram uma realidade bastante perceptível, sobre a relação da diminuição do fumo pelas mulheres através dos anos”, argumenta Luís César Périssé, coordenador do levantamento.

Segundo Périssé, apesar das influências sofridas diariamente, as mulheres estão começando o vício cada vez mais tarde, indicando que o consumo pode cair ainda mais. Conforme a pesquisa, os amigos são a maior influência para a primeira tragada entre mulheres, com 53%, e 14% experimentaram por curiosidade. Os parentes responderam por 13% do total. Entre as mulheres fumantes, 54%, disse fumar até meio maço de cigarros por dia, 37% consomem um maço diariamente e apenas 9% informaram fumar mais de uma carteira por dia.

Glamour zero

Se antigamente fumar era sinônimo de glamour, como mostrado pelo cinema, ou de juventude, vitalidade e aventura, segundo as propagandas televisivas e na mídia em geral, hoje este vício, que custa bilhões de reais ao Brasil em tratamentos contra as doenças relacionadas a ele, está em queda gradual entre as mulheres.

Tal diminuição pode ser atribuída à influência das campanhas e leis antifumo governamentais nos meios de comunicação e nos próprios maços de cigarros, assim como pela proibição da propaganda na tevê e no rádio e, mais recentemente, com o fim dos fumódromos em locais públicos fechados, antes destinados a este vício.

Do universo pesquisado que ainda fuma, 68% já tentaram parar, mas acabaram retornando ao tabagismo. Infelizmente, 48% voltaram às tragadas em menos de três meses, 15% resistiram entre 4 e 11 meses e surpreendentes 37% ficaram “limpas” do vício por um ano ou mais.

Quanto às ex-fumantes, a maioria esmagadora mostra-se persistente quanto ao fim do vício, visto que 88% delas largaram o cigarro há mais de um ano, contra 12% que estão nesta empreitada há menos de 12 meses.

A pesquisa revela outro dado interessante da relação das mulheres fumantes com as leis antifumo – 11% relataram que a legislação as ajudou a diminuir o vício, enquanto 85% o mantiveram inalterado. Somente 4% disseram ter aumentado a quantidade de cigarros consumidos.

Para 15% das entrevistadas, um dos marcos na luta contra o tabagismo, a obrigatoriedade da inserção de imagens assustadoras e chocantes no verso dos maços de cigarro vem ajudando a diminuir vício entre os fumantes em geral. Segundo o pneumologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Roberto Jardim, motivos para parar com o vício não faltam. “O hábito de fumar é responsável pelo desenvolvimento de doenças pulmonares como câncer, enfisema, bronquite crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Todas essas enfermidades são mais graves com o passar dos anos para fumantes. Além disso, o tabagismo piora enormemente a rinite. Doenças menos frequentes como a fibrose pulmonar também podem estar relacionadas.”

 

DIAGNÓSTICO PELAS UNHAS
Análise das pontas dos dedos pode indicar de falta de vitaminas a graves doenças

Elas revelam muito mais do que a personalidade do dono – no caso, daqueles ansiosos que não as tiram da boca. Um exame das unhas e de suas lesões feito por especialistas pode gerar um verdadeiro arsenal de informações sobre hábitos errados e até doenças sistêmicas que repercutem na estrutura de queratina responsável por proteger a ponta dos dedos.

Segundo Aloísio Gamonal, chefe do serviço de dermatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), os médicos podem extrair informações confiáveis das unhas. As unhas saudáveis são aquelas de cor rosada, lâminas finas e flexíveis e formato convexo. Todo o resto representa algum tipo de problema, que precisa ser avaliado por um dermatologista. Ingestão de certos medicamentos ou carências nutricionais são fatores seguidamente associados a alterações nas unhas. Se você notar alguma alteração, deve buscar um dermatologista.

Forma e a textura também fornecem pistas

“Unhas convexas e sem brilho encontram-se, às vezes, em pessoas acometidas por uma doença cardíaca ou pulmonar crônica grave. Costuma-se dizer que unhas secas e frágeis resultam de falta de vitaminas A, B ou E ou de uma carência de cálcio, mas a suplementação, muitas vezes proposta, nem sempre é eficaz. Sabemos tratar de unhas côncavas, que assinalam um eventual déficit de ferro na criança”, explica Gamonal.

Muito mais que estética

Segundo a dermatologista Ana Cláudia Brito, se a unha não estiver lisa, brilhante e transparente e não for possível enxergar a meia-lua da cutícula, isso é uma indicação de que algo não vai bem. Alterações na coloração, como opacidade, podem sugerir micoses e psoríase; e até melanomas, no caso de áreas acastanhadas. Descolamentos de unhas podem ser traumas, micoses ou alergias. Já alterações na espessura, como unhas muito grossas e rugosas, principalmente no pé, podem indicar problemas de circulação, micose e psoríase.

 

 

 

 

Doação de órgãos
No ano passado, foram registrados 63 casos de morte cerebral em cinco hospitais de Joinville. Mas em somente 25 situações foi possível fazer os transplantes de órgãos. Houve 17 recusas às doações e em 21 casos houve parada respiratória ou contra-indicação. Os dados são da SC Transplantes.