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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Vacinação para combater o HPV
Mulheres de São Pedro de Alcântara serão imunizadas de graça contra vírus

Com menos de cinco mil habitantes, São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, será a primeira cidade do Estado a vacinar gratuitamente contra o câncer de colo de útero. No País, apenas três munícipios seguiram a mesma iniciativa. A medicação é novidade na área da medicina, e pode, a longo prazo, erradicar a doença. A vacinação na cidade catarinense começa dentro de duas semanas.

O promissor medicamento pode acabar com a necessidade de realizar o exame preventivo de Papanicolau. O estudo do Centro de Pesquisas Clínicas em HPV, ligado ao curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), já está em fase final e levantamentos preliminares comprovaram a eficácia da vacina por dez anos, mas este período pode chegar a 30 anos de proteção, como explica o professor Edison Natal Fedrizzi.

“Já descobrimos que, ao tomar três doses da vacina, a mulher estará 100% protegida contra os mais frequentes tipos de HPV, principal causador do câncer de colo de útero. Mas queremos avançar. Se o medicamento chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS), poderemos erradicar a doença em nosso país, como fez a Austrália”, diz.

A vacina foi aprovada para venda no mercado em 2006. Nas clínicas particulares de Santa Catarina, cada dose (a mulher precisa tomar três) custa em média R$280 e previne contra quatro tipos mais frequentes de vírus.

Segundo o professor, para que o medicamento chegue à rede pública, basta vontade política. Ele lembra que o custo da prevenção é 50% menor do que do tratamento do câncer e que somente o exame preventivo não é o suficiente.

“Este exame apresenta dois problemas. O primeiro é que apenas 20% das mulheres em atividade sexual dos 21 aos 65 anos o fazem todos os anos pelo Sistema Único de Saúde, como é necessário. O segundo é que ele detecta as lesões pré-cancerosas já existentes, sendo necessário o tratamento delas com cauterização ou cirurgia para a prevenção do câncer”, explica.

 

 

 

 

COLO DE ÚTERO
Vacina contra câncer é oferecida de graça
São Pedro de Alcântara está entre as únicas quatro cidades brasileiras a disponibilizar o medicamento

Com menos de 5 mil habitantes, São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, será a primeira cidade do Estado a vacinar gratuitamente contra o câncer de colo de útero. No país, apenas três munícipios seguiram a mesma iniciativa. A medicação é novidade na área da medicina, e pode, a longo prazo, erradicar a doença. A vacinação na cidade catarinense começa dentro de duas semanas.

O promissor medicamento pode acabar com a necessidade de realizar o exame preventivo de Papanicolau. O estudo do Centro de Pesquisas Clínicas em HPV, ligado ao curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), já está em fase final e levantamentos preliminares comprovaram a eficácia da vacina por 10 anos, mas este período pode chegar a 30 anos de proteção, como explica o professor Edison Natal Fedrizzi.

– Já descobrimos que, ao tomar três doses da vacina, a mulher estará 100% protegida contra os mais frequentes tipos de HPV, principal causador do câncer de colo do útero. Mas queremos avançar. Se o medicamento chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS), poderemos erradicar a doença em nosso país, como já fez a Austrália – diz.

A vacina foi aprovada para venda no mercado em 2006. Nas clínicas particulares de Santa Catarina, cada dose (a mulher precisa tomar três) custa em média R$ 280 e previne contra os quatro tipos mais frequentes de vírus.

Segundo o professor, para que o medicamento chegue à rede pública, basta vontade política. Ele lembra que o custo da prevenção é 50% menor do que do tratamento do câncer e que somente o exame preventivo não é suficiente, porque identifica as células malignas já instaladas.

Custo de R$ 112 mil ao município

E foi pensando nisso que o munícipio de São Pedro de Alcântara resolveu investir R$ 112 mil com a compra de 700 doses, como uma primeira fase da prevenção. A secretária de Saúde, Isolene Bernadete Hoffmann, diz que a partir do dia 27 de agosto serão vacinadas 233 meninas com idades entre 13 e 17 anos e, depois, a partir dos nove anos.

A Secretaria de Estado da Saúde informa que considera a prevenção uma responsabilidade dos municípios e que não há projeto para se unificar a vacinação em Santa Catarina. Na Capital, a Secretaria de Saúde informou que já fez um estudo a respeito e não considerou viável disponibilizar o medicamento nos postos.

aline.rebequi@diario.com.br

ALINE REBEQUI


COLO DE ÚTERO
No país, uma morte por hora

No Brasil, a cada hora uma mulher morre por complicações de um câncer de colo de útero. Em Santa Catarina, a média é a mesma. São 750 casos registrados todos os anos, dos quais 300 desencadeiam na morte.

E é este cenário que o grupo do centro de pesquisas em HPV da UFSC tenta reverter. Depois de 10 anos de pesquisas, descobriram que a vacina tem forças para, a longo prazo, erradicar a doença no país. Agora, a luta é para que o medicamento alcance a rede pública de saúde.

Para avançar nas pesquisas, o centro foi ampliado de 10 para 65 metros quadrados. A inauguração do novo espaço aconteceu em 2 de agosto e, para discutir o tema, o grupo de estudiosos realiza nesta sexta e sábado o 1° Encontro Catarinense de Experts em HPV. Nos dois dias, 14 professores e pesquisadores do Brasil que estudam o tema diariamente estarão reunidos em debate.