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OPINIÃO DE A NOTÍCIA

Atendimento psiquiátrico


O caso do rapaz com diagnóstico de esquizofrenia, motivo de reportagem de ontem de “AN” após ele ter um surto enquanto aguardava atendimento, é mais um exemplo da necessidade de ampliação da oferta de serviços psiquiátricos em Joinville. O Ministério Público já apresentou ação para ampliar o número de leitos no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Hoje, parte da demanda precisa ser atendida por clínicas particulares, geralmente após a apresentação de ações judiciais que determinam a internação.

As políticas públicas mudaram o foco nos últimos anos, deixando o isolamento somente em segundo plano, com preferência pelo atendimento na modalidade hospital-dia e auxílio aos familiares nos cuidados do paciente. Só que a estrutura estatal precisa ser reforçada para ajudar os familiares, ainda que os centros de atendimento psicossocial façam um trabalho abrangente. Levantamento da Igreja Católica em Joinville mostrou a existência de centenas de famílias com dificuldades para oferecer tratamento digno.

O estudo motivou a construção de unidade específica no bairro João Costa, ainda em fase preliminar. É de conhecimento de todos as carências em vários setores na saúde pública, mas o atendimento aos pacientes psiquiátricos precisa ganhar mais atenção.

 

 

Geral


ATENDIMENTO PÚBLICO
Região se une contra as drogas
Seminário debate como fortalecer a rede de ajuda a dependentes

Uma moradora de Joinville, de 60 anos, integrante do Al-Anon – grupo que dá apoio a familiares de alcoólatras – foi um dos pontos altos do Seminário Regional Sobre Álcool e Drogas, ontem, em Joinville. “Encontrei a esperança para reencontrar minha vida, que até então estava em função do meu familiar”, disse, relembrando como é difícil enfrentar a dependência química.

Segundo ela, o acompanhamento de profissionais ajudou a recuperar a autoestima. “Hoje sou bem mais saudável. E a noite é mais curta, porque durmo bem.”

Segundo a responsável pela Rede de Atenção à Saúde Psicossocial em Joinville, a psicóloga Sandra Lúcia Vitorino, casos como este mostram como é importante uma rede de atendimento aos dependentes e seus familiares. Hoje, segundo ela, há cerca de 250 pessoas recebendo acompanhamento nos centros de atenção psicossocial (Caps).

Ela explica que a forma de tratamento para dependentes mudou muito, especialmente após a criação da Rede de Atenção Psicossocial em 2011. “Hoje, os atendimentos são oferecidos em todas as unidades de saúde. Tem que estar pulverizado em toda a rede”, explica. Dessa forma, os postos de saúde constituem a rede primária; os Caps, para os casos que necessitam de acompanhamento; e os hospitais, para atender às crises.

O trabalho desenvolvido nos centros de atenção dá suporte psicológico para ajudar o paciente a aprender a administrar os conflitos e a ter equilíbrio para se manter sóbrio ou livre das drogas.