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HOSPITAL REGIONAL
Emergência deve reabrir amanhã
Decisão de fechar ala ocorreu após primeira morte do ano em SC pela superbactéria

No primeiro dia em que a emergência do Hospital Regional São José, na Grande Florianópolis, ficou fechada, muitas pessoas ainda estiveram lá procurando atendimento. O superintendente dos hospitais públicos estaduais, Walter Gomes Filho, explicou que isso já era esperado. “O fechamento aconteceu de forma abrupta, mas porque queremos reabrir antes do feriado. Por isso, estamos recorrendo à imprensa para que este assunto seja amplamente divulgado e chegue à população.”

A emergência do hospital fechou depois da confirmação da morte de um paciente , na semana passada, provocada pela superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase). A ala deve ser reaberta amanhã, às 20 horas.

Gomes Filho explicou que Samu e bombeiros estão avisados de que os atendimentos devem ser encaminhados para outras unidades, mas uma equipe está preparada para atender a casos muito urgentes que a regulamentação julgue não ter condições de ser transferida. “Temos profissionais voltados para este tipo de atendimento, e a emergência cardiológica, que está funcionando normalmente, está servindo de apoio”, diz o superintendente.

Morte confirmada

Segundo Gomes Filho, esta foi a primeira morte deste ano no Estado causada pela superbactéria. O paciente deu entrada na emergência com problemas respiratórios e, com complicações, chegou a ser internado na unidade de tratamento intensivo (UTI). O superintendente não quis passar informações sobre a vítima e não soube precisar quanto tempo ela passou internada. O promotor da área da cidadania em São José, Jádel da Silva Junior, está acompanhando o caso para ver se cabe uma ação por parte do Ministério Público de Santa Catarina.

A última morte por KPC havia sido registrada no final do ano passado, também no Regional. O hospital segue um protocolo internacional de desinfecção que está na rotina da unidade, mas a que está sendo feita diante da identificação da superbactéria exige um trabalho diferenciado, inclusive com o fechamento da ala. A última vez que o Regional passou por um procedimento assim foi em 2009.

O Hospital Regional tem a maior emergência de Santa Catarina com uma média de 40 mil atendimento por mês. Segundo o superintendente, porém, cerca de 70% dos casos atendidos ali poderiam ser resolvidos em postos de saúde e unidades de pronto atendimento (UPAs).

 

GUILHERME LIRA | SÃO JOSÉ

 

 

 

Visor

 A ZICA ENCOSTOU

Emergência fechada por conta da de contaminação hospitalar, cirurgias canceladas por falta de material, reformas que não acabam nunca e uma disputa judicial para definir o modelo de gestão do Samu. A situação parece que não anda das melhores na Secretaria de da Saúde. Banho de sal grosso ajuda.

 

Geral

 


REGIONAL DE SÃO JOSÉ
Emergência reabre amanhã


Decisão de fechar o setor foi devido a confirmação, no local, da primeira morte do ano em SC pela superbactéria

No primeiro dia de fechamento da emergência do Hospital Regional, em São José, na Grande Florianópolis, muitas pessoas ainda estiveram no local procurando atendimento. O fechamento da unidade ocorreu devido a confirmação da primeira morte do ano no Estado pela superbactéria KPC, no Regional.

O superintendente dos Hospitais Públicos Estaduais, Walter Gomes Filho, explicou que isso era esperado.

– O fechamento aconteceu de forma abrupta, mas porque queremos reabrir antes do feriado. Por isso, estamos recorrendo à imprensa para que este assunto seja amplamente divulgado e chegue à população.

Gomes Filho disse que Samu e Bombeiros estão avisados de que os atendimentos devem ser encaminhados para outras unidades, mas uma equipe está preparada para os casos urgentes que a regulamentação julgue não ter condições de ser transferida:

– Temos profissionais para este tipo de situação e a emergência cardiológica, que funciona normalmente, está servindo de apoio.

O superintendente explicou que a presença da bactéria é comum em ambientes hospitalares e que não há uma causa pontual do surgimento dela no Regional. Ele descarta, também, qualquer relação da bactéria com a falta de equipes.

Desinfecção segue um procedimento diferenciado

A emergência do Hospital Regional fechou depois da confirmação de que a morte de um paciente, na semana passada, foi causada pela superbactéria KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase). A ala deve ser reaberta amanhã, às 20h.

De acordo com Gomes Filho, esta foi a primeira morte este ano em SC causada pela superbactéria. O paciente deu entrada na emergência com problemas respiratórios e chegou a ser internado na UTI. Gomes Filhos não quis passar informações sobre a vítima e não soube precisar quanto tempo ela passou internada.

A última morte por KPC foi registrada no final do ano passado, também no Regional. O hospital segue um protocolo internacional de desinfecção que está na rotina da unidade, mas a que está sendo feita diante da identificação da superbactéria exige um trabalho diferenciado, inclusive, com o fechamento da ala.

guilherme.lira@diario.com.br

GUILHERME LIRA | São José

 

 


REGIONAL DE SÃO JOSÉ
Protesto contra contratações

O Hospital Regional tem a maior emergência de SC, com uma média de 40 mil atendimento por mês a pacientes de todo o Estado. Segundo o superintendente, porém, cerca de 70% dos casos atendidos ali poderiam ser resolvidos em postos de saúde e unidades e pronto atendimento (UPAs):

– A nossa recomendação é que as pessoas recorram a estes locais para que não sobrecarreguem as emergências dos outros hospitais.

Além de estar com a emergência fechada, o Regional também foi palco de manifestações ontem. Os 800 funcionários da unidade estão revoltados com o governo do Estado por conta da contratação de mais 611 trabalhadores. Desta vez, o protesto foi às avessas, muitos querem continuar trabalhando mais.

– Por 20 anos, os funcionários se acostumaram com a hora extra criada para suprir a falta de pessoal. Hoje, 90% dos que trabalham no hospital ganham a mais por causa disso e agora vão deixar de ganhar – explica o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores de Saúde Público Estadual e Privado de SC (SindSaúde), Claúsio Pedro Vitorino.

Segundo os trabalhadores, um funcionário que recebe R$ 2 mil, por exemplo, com as horas extras passa para R$ 3,5 mil e deste último montante é que se retém 10% para a aposentadoria.

Movimentação em outras unidades foi dentro da rotina

Quem precisou de atendimento médico na manhã de ontem teve que recorrer ao Hospital Florianópolis e o Celso Ramos, na Capital. Apesar do intenso movimento nas unidades, os funcionários afirmaram que pouco mudou na rotina já marcada por longas filas e espera de até três horas para atendimento.

Perla Cristiane Santos, 26, torceu o pé direito e às 7h foi para emergência do Hospital Celso Ramos, referência em ortopedia. No local, esperou por três horas e meia até entrar na sala de consultas e exames. Mas segundo ela, nada fora do “normal” do que já vivenciou.

No Hospital Florianópolis, Valdeci Xavier da Silva, de 70 anos, não recebeu atendimento prioritário pela idade. Ela teve que esperar por duas horas para ser atendida

Segundo os funcionários da unidade há apenas um médico no atendimento e a prioridade não é por idade, mas por gravidade.

aline.rebequi@diario.com.br

ALINE REBEQUI

 

 

 

 


Hospital Regional de São José reforça o quadro com mais 611 servidores

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, 4, a autorização para a contratação de 611 profissionais que irão atuar no Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José. Os nomeados terão até o dia 29 deste mês para apresentar os documentos para a admissão. As contratações estão divididas em 311 técnicos em enfermagem, 80 enfermeiros, 108 técnicos em atividades administrativas, 79 médicos e 33 profissionais distribuídos nas áreas de farmácia, fisioterapia e radiologia.

Hoje, o hospital conta com 1.218 profissionais, 298 leitos e uma média de ocupação de 93,77%. Mensalmente são registradas 1.230 internações, 5.569 procedimentos ambulatoriais e mais de 16 mil atendimentos na Emergência. Do início deste ano até julho, o hospital realizou 631 cirurgias, 196 partos normais, 120 cesarianas e 38 mil exames complementares como tomografia, ultrassom e radiografias.

 

Política de Humanização


Preocupada em cada vez melhorar a qualificação e o atendimento prestado pelos servidores da saúde aprovados em concurso público, a Diretoria de Educação Permanente em Saúde (DEPS) inicia um novo projeto baseado na Política Nacional de Humanização. Antes de iniciar suas atividades no Hospital Regional de São José, os novos funcionários terão um curso de capacitação idealizado pela DEPS que consiste em estabelecer uma integração adequada com as políticas públicas de saúde e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Sob este enfoque, a capacitação adequada é imposta pela necessidade e a importância de cuidarmos dos profissionais da saúde, com responsabilidade e benevolência, transmitindo o quanto é valioso e importante o trabalho que realizam diariamente, aumentando a eficiência nos serviços prestados à coletividade. A Política de Humanização é fundamental para aprimorar a complexidade da relação entre o profissional de saúde e o paciente”, comenta o secretário Dalmo de Oliveira.