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OPINIÃO DO GRUPO RBS
Estratégia de risco

Tornou-se lugar-comum apontar, nos últimos meses, a infeliz estreiteza de visão das autoridades sanitárias no episódio da epidemia de gripe A na região Sul. A parte mais meridional do País se viu às voltas com condições favoráveis à proliferação do vírus H1N1, como já havia ficado evidente em 2009. O resultado foi que, neste ano, o alcance da doença foi mais devastador no extremo Sul do que em países mais populosos, como a Índia. A política de prevenção e combate à gripe contrastou, por sua vez, com o caso da Argentina, onde as autoridades recorreram à vacinação em massa.

O governo brasileiro finca pé na tese de que é possível atacar o H1N1 por meio de uma estratégia global, alicerçada nos mesmos procedimentos do equatorial Oiapoque ao subtropical Chuí. Sustenta que não há necessidade de se partir para uma vacinação abrangente, além dos limites de grupos de risco constituídos por jovens e idosos. A questão central é se há sentido em se manter uma ação unificada de prevenção e combate ao vírus H1N1 num País com tantas variações climáticas e no qual a região Sul se mostra particularmente vulnerável a ameaças como a gripe A. É recomendável que, diante de problema de tamanha repercussão sobre a vida de milhões de brasileiros, o poder público se mostre mais ágil e permeável ao clamor da sociedade.

 

 


REGIONAL DE SJ
Hospital reabre após interdição

Sem pompa e cerimônia, a emergência do Hospital Regional de São José foi reaberta, com nove minutos de atraso, ontem à noite.

O local ficou fechado entre terça-feira e ontem para uma desinfecção total da área, depois da descoberta da superbactéria KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase).

No lado externo, uma mãe e seu filho, portador de necessidade especial, foi a primeira a chegar no local. Pouco depois chegaram mais dois casais, mas nenhum com problemas graves.

As constantes reclamações de mau atendimento e superlotação no Regional não fazem eco nas palavras da pensionista Alaíde Verônica da Silva, 78 anos, que estava lá ontem.

– Não tem razão de fazer queixa do hospital. Os médicos são bons e atendem muito bem a gente – comentou.

No entanto, apenas um médico estava responsável pelo trabalho noturno. O primeiro atendimento foi a um homem e uma mulher que chegaram em uma ambulância dos Bombeiros após sofrerem um acidente de moto.

Para quem procura direto pela emergência, é preciso avaliar o seu caso antes, para evitar ficar esperando por muito tempo. Os atendimentos no local são feitos por ordem de prioridade.

Atendimento em emergência implica risco ou sofrimento

Para ser considerada emergência, o caso deve ter constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. São os casos de parada cardiorrespiratória, hemorragia, traumatismo craniano com deterioração do nível de consciência, trauma de tórax com perfuração pulmonar ou hemotórax e fraturas expostas.

reportagem@diario.com.br

JORGE JR.