icone facebookicone twittericone instagram

 

GREVE NA SAÚDE
Uma trégua de 15 dias
Mobilização dos servidores durou dez horas. Atendimento volta ao normal

Os servidores da Saúde decidiram ontem no fim da tarde suspender por 15 dias a greve. A decisão foi em assembleia na Capital. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindiSaúde), mantém o estado de greve e o cronograma de paralisações nas unidades. Mas o atendimento volta ao normal a partir de hoje. O SindiSaúde informou que foram enviados avisos para as secretarias municipais a respeito da decisão.

Apesar de ter durado cerca de dez horas, a paralisação dos serviços trouxe problemas para a população. Ontem, em Joinville, parte dos servidores da Saúde do Estado parou. Em frente ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, um grupo de cerca 70 funcionários cruzou os braços e passou a manhã ao lado de cartazes e até de um caixão improvisado para chamar a atenção de pacientes e governo para o impacto da perda das horas extras.

A situação no hospital, que já era complicada por falta de médicos, piorou. A unidade trabalhou com um terço da equipe da enfermagem. A paralisação também aconteceu em frente à Maternidade Darcy Vargas. O principal pedido do sindicato é o aumento salarial ou a criação de uma bonificação que compense a perda das horas extras. Segundo Dineiva Fernandes, do comando de greve e participante do SindSaúde, as horas a mais trabalhadas por dia garantiam um aumento de até 75% na remuneração.

A Secretaria da Saúde diz que todos os esforços foram feitos para manter a negociação entre o governo e a categoria, evitando a paralisação.

Respingos nos pacientes

A mãe de Celina dos Santos, 53 anos, sofre de diabetes. Na segunda à noite, a dona de casa ligou para o Regional para saber se havia médico. Por falta de clínicos, foi orientada a buscar o hospital apenas ontem de manhã. Ao chegar ao hospital, Celina se irritou com a greve, principalmente depois que entrou na recepção e pediu para buscarem a mãe no carro. Ninguém foi. Foram quase 30 minutos de negociação para que um enfermeiro do pronto-socorro e um guarda levassem uma maca para buscar a idosa doente.

Caso não conseguissem atendimento no Regional, a única opção seria buscar socorro no Bethesda, a cerca de 20 quilômetros.

 


À BASE DE ANFETAMINA
Projeto pede volta da venda de emagrecedores

Um projeto de lei que prevê o retorno de emagrecedores derivados de anfetamina no País começou a ser discutido ontem na Câmara dos Deputados. A proposta, de autoria do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), torna sem efeito a proibição feita há um ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

 

 

Visor-Rafael Martini


EMERGÊNCIA
O Samu vai continuar sob a gestão da SPDM até o julgamento do mérito. Uma decisão do Tribunal de Justiça de SC do dia 4 suspendeu a liminar que determinava o imediato cancelamento do contrato com a organização social e que o Estado retomasse a operação do Samu.


 Geral


SÍMBOLO DE UMA GUERRA
Vietnamita em palestra na Capital

Símbolo da história mundial, a embaixadora da Unesco Kim Phuc participa hoje da abertura do 8º Congresso Brasileiro de Queimaduras em Florianópolis.

Eternizada na marcante foto da Guerra do Vietnã, Kim é ativista dos Direitos Humanos e fundadora da Kim Foudation, organização que dá apoio a crianças vítimas de conflitos armados no mundo. As inscrições para o evento estão esgotadas.

Ela desembarca na Capital hoje. Amanhã, Kim falará para os alunos da Unisul, no campus Pedra Branca, em Palhoça. O evento é fechado.

Na edição do último domingo, o DC publicou uma entrevista exclusiva com a embaixadora da Unesco. Kim falou do trauma que passou ao ter 55% do corpo queimado em um bombardeio em Trang Bang, sua cidade natal. E lembrou dos avanços no tratamento de queimaduras.

O Congresso Brasileiro de Queimaduras é o principal evento da área e reúne cerca de 500 profissionais da saúde. Cerca de 200 especialistas do país e do Exterior farão conferências durante três dias no Hotel Majestic, na Capital.


 


GREVE NA SÁUDE
Atendimento normalizado

O atendimento aos usuários da saúde pública no Estado volta ao normal a partir de hoje. Uma assembleia extraordinária, ontem à tarde, decretou o fim da paralisação iniciada no começo da manhã. A categoria acatou a sugestão do governo em suspender por 15 dias o movimento. A Secretaria de Saúde promete uma proposta concreta nesse período.

O SindiSaúde, sindicato da categoria, mantém o estado de greve e o cronograma de paralisações nas unidades. A mobilização é de uma hora nos principais hospitais da rede pública. Conforme o SindiSaúde, a greve será retomada se o governo não apresentar uma proposta satisfatória.

 

Colunista Cacau Menezes

 

Bomba silenciosa


A doença que vem atingindo vários amigos em Florianópolis não é uma coisa isolada. A hepatite C (HCV), uma doença assintomática, atinge hoje uma em cada 30 pessoas no planeta. Silenciosa, quando aparece já causou cirrose ou câncer no fígado.

A Aids, quando tratada, não mata mais hoje. A hepatite C causa cerca de 1 milhão de mortes anualmente. O vírus da hepatite C é um come-quieto. Ataca o nosso organismo e, silenciosamente, vai se reproduzindo e comendo o nosso fígado. Atua como uma bomba-relógio, e só é descoberto quando já está explodindo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das maiores e mais graves epidemias do planeta. São cerca de 200 milhões de pessoas infectadas pelo vírus, 3% da população mundial, índice assustador para qualquer problema de saúde. Para se ter uma ideia, a Aids, doença também causada por um vírus, atinge 38 milhões de indivíduos. A maioria das pessoas descobre que tem o HCV por acaso. Sua detecção é tardia em geral, numa fase em que o fígado já está comprometido.

Organizações de saúde se preparam para enfrentar uma verdadeira epidemia daqui a alguns anos. Consequência dos anos 1970 e 1980, quando a rapaziada mais curtiu sexo, drogas e rock and roll.

 

 

 


Servidores da Saúde suspendem greve e aguardam proposta do Governo
Categoria decidiu em assembleia atender a pedido da Secretaria da Saúde
 

Ana Carolina Vilela
Florianópolis 

 

Os servidores da saúde de Santa Catarina suspenderam a greve que teve início às 7h desta terça-feira. A categoria decidiu em assembleia atender à solicitação da Secretaria da Saúde, que pediu a interrupção da paralisação para que as negociações prosseguissem. O Governo prometeu apresentar em 15 dias uma proposta aos trabalhadores da saúde estadual.

“Decidimos dar um voto de confiança e suspender a greve temporariamente, contando 15 dias a partir desta terça-feira. Esperamos que o prazo solicitado seja cumprido e a proposta esteja de acordo com os anseios dos servidores”, diz o diretor do SindSaúde, Clausio Pedro Vitorino.

Reivindicações

Os servidores da saúde de SC reivindicam aumento salarial, melhores condições de trabalho, infraestrutura nos hospitais e contratação de mais servidores. A deflagração da greve foi intensificada pelo anúncio de redução da Hora Plantão (hora extra dos funcionários da saúde), que corresponde até 75% dos salários da categoria.

Leia a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

A Secretaria de Estado da Saúde voltou a negociar com o Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Santa Catarina (Sindsaúde), que aceitou o pedido do Estado de suspensão da greve por um período de 15 dias.

Os servidores da Saúde voltaram a trabalhar normalmente após assembleia, na tarde desta terça-feira (10). Desta forma, Estado e sindicato retomam as negociações, garantindo, assim, que a população continue sendo atendida nos hospitais catarinenses.

Nos próximos 15 dias, sindicato e governo se reunirão para buscar soluções para a categoria e para os hospitais catarinenses. “O objetivo é melhorar a saúde”, ressalta o secretário-adjunto de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, ao explicar que, a partir de agora, a comissão paritária, formada por dois membros da Secretaria da Fazenda, dois da Secretaria da Saúde e quatro representantes do Sindsaúde, vão analisar os números de atendimentos, da folha de pagamento, para, então, encontrar um caminho para que a sociedade seja bem atendida no serviço de saúde e os servidores tenham uma remuneração justa.

Atualmente, o Secretaria de Estado da Saúde conta com cerca de 10 mil servidores ativos e 4 mil inativos. Esse quadro representa uma folha de pagamento de R$ 62,3 milhões mensais. Dentre os 10 mil servidores ativos, 5,4 mil recebem Hora Plantão (HP) e 2,5 mil têm direito ao sobreaviso. As Horas Plantão e o sobreaviso custam ao erário R$ 10 milhões.

“Há um esforço grande por parte do Estado para que não haja greve”, reitera Casagrande.

 

 


Governo de SC pede para que servidores da saúde parem a greve enquanto uma proposta é elaborada

A paralisação começou às 7h e a adesão foi de até 70% em algumas unidades

A greve dos servidores estaduais da saúde começou às 7h desta terça-feira e pode acabar já no final da tarde. Isso porque a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou ofício solicitando a suspensão do movimento por 15 dias para que, no final deste prazo, uma proposta seja apresentada aos servidores.

De acordo com o diretor do SindSaúde, Clausio Pedro Vitorino, haverá uma assembleia extraordinária às 15h30, na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis.

“Quem decide se aceita voltar ao trabalho é o trabalhador e não o sindicato”, comenta Vitorino, que afirmou que a adesão dos servidores à greve está variando de 65% a 70% em algumas unidades.

 

 

 

Greve dos servidores da saúde é suspensa por 15 dias

Os servidores da rede hospitalar mantida pelo governo estadual aceitaram suspender por 15 dias a greve iniciada na manhã desta terça-feira (09) em toda Santa Catarina. A decisão foi tomada nesta tarde, em assembleia extraordinária realizada pelo SindSaúde, o sindicato da categoria, nas dependências do Parlamento catarinense.

Os grevistas acataram a proposta feita pela Secretaria de Estado de Saúde, em ofício encaminhado na noite de segunda-feira (08) à direção do sindicato. No documento, o secretário-adjunto, Acélio Casagrande, pede à categoria o adiamento da greve por 15 dias para que, nesse prazo, o governo possa avaliar a pauta de reivindicações apresentada na semana passada e apresentar uma proposta aos servidores.
A principal reivindicação dos grevistas é a concessão de uma gratificação, como compensação à redução no pagamento das horas-plantão (HP) pelo governo, devido à nomeação de 611 novos servidores. Edileuza Garcia Fortuna, secretária do SindSaúde, explica as HPs foram pagas para alguns servidores por até 20 anos, como forma de compensar a falta de mão de obra.

“Na média, as HPs representam 75% do salário dos servidores. Ao retirar esse pagamento, o governo não levou em consideração uma melhoria nos vencimentos. O que queremos é a concessão de uma gratificação para compensar essa diferença”, explica. O SindSaúde reivindica o pagamento da gratificação que é paga a funcionários da Secretária de Estado da Fazenda, que varia de R$ 1,3 mil a R$ 2,7 mil.
Um servidor, que preferiu não se identificar, informou que recebia as HPs há 13 anos. “Meu salário bruto cai de R$ 2,5 mil para R$ 1,1 mil por mês sem a HP”, contou.

“Greve não acabou, só foi suspensa”
O presidente do SindSaúde, Pedro Paulo das Chagas, afirmou que a paralisação está apenas suspensa. “A greve não acabou. Aceitamos esse pedido da secretaria em respeito à população e para mostrar que estamos dispostos a negociar”. Ele garantiu que se até a noite do dia 22 o estado não apresentar uma proposta, a greve será retomada na manhã do dia 23. “Nossa categoria segue mobilizada e unida”.
Segundo o SindSaúde, dos 5,5 mil servidores da secretaria, 90% são de atividades hospitalares. A adesão à greve chegou a 60%, de acordo com a entidade.

O que diz o governo
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que, “com a contratação de novos profissionais para suprir a demanda dos hospitais, alguns servidores tiveram a preocupação de ter seus salários reduzidos em função da perda das horas plantão (hoje, os servidores mantêm uma carga horária de 30 horas mais 15 horas-plantão semanais)”.

A secretaria afirma ter assegurado aos servidores “que as horas-plantão trabalhadas continuariam sendo pagas, a fim de que os trabalhadores da saúde não tivessem perda salarial. O governo lembra que a contratação de novos profissionais era um pleito do Sindsaúde”. (Marcelo Espinoza)