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CAMPANHA
Em novembro, a saúde é azul
Mês é dedicado a conscientizar homens sobre a prevenção ao câncer de próstata

Depois do Outubro Rosa, que chamou a atenção de mulheres para a prevenção do câncer de mama, vem aí o Novembro Azul, para alertar os homens sobre a importância do exame para detectar o câncer de próstata – glândula do sistema reprodutor que armazena os líquidos. Em Joinville, algumas empresas, como a Ciser, já aderiram à campanha e prometem incentivar os funcionários a realizar o preventivo.

Durante todo o mês, serão distribuídos folderes educativos e mensagens por meio das redes sociais e cartazes. No dia 17, data mundial de combate ao câncer de próstata, a fachada da Ciser irá receber uma iluminação azul. A campanha teve início nos Estados Unidos, onde leva o nome de Movember – junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e november (novembro).

Para o urologista Jean Guterres, do Hospital Municipal São José, a iniciativa é extremamente importante, considerando o aumento da incidência de casos de câncer de próstata no Brasil. “Segundo informações do Ministério da Saúde, a estimativa é de que 62 mil novos casos sejam registrados no País em 2013. No ano passado, foram 54 mil casos”, afirma. “Isso significa que um em cada seis homens com mais de 50 anos desenvolve o câncer de próstata, que entre os homens está entre os tipos de tumores mais comuns”, ressalta. O especialista ainda lembra que quem tem histórico familiar deve começar a fazer o preventivo aos 40 anos.

De acordo com o urologista, a recomendação é de que todos os homens acima de 50 anos façam o exame preventivo uma vez por ano. “Mas, infelizmente, por causa do machismo e do preconceito, ainda é muito pequena a parcela de homens que fazem o exame regularmente”, diz o médico. A boa notícia, segundo ele, é que o número vem aumentando, graças a importantes aliadas: as mulheres. “Muitos pacientes vão ao consultório levados pela esposa”, afirma o médico.

mariana.pereira@an.com.br

MARIANA PEREIRA

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CAMPANHA
Mudanças de hábitos

O câncer de próstata é responsável pela segunda causa de morte por câncer entre os homens, perdendo apenas para o de pulmão. Por isso, o urologista Jean Guterres aconselha que os homens a procurem um médico regularmente, a partir dos 40 anos. E não devem ficar com medo do exame de toque retal, já que ele complementa o exame de sangue PSA (antígeno prostático).

Também é importante cuidar da saúde cada vez mais cedo, com pequenas mudanças de hábitos. Se a pessoa conseguir ter alimentos de quatro cores diferentes no prato, consegue garantir as vitaminas necessárias e evitar problemas de saúde.

O oncologista Francisco Wisintainer acrescenta que sintomas como dificuldade e ardência para urinar e até sangue na urina devem servir de alerta para a procura de um médico. “Para o tratamento, há a opção de remoção cirúrgica, radioterapia e hormônioterapia”, exemplifica o oncologista.

 

 


Moacir Pereira | Moacir Pereira com colaboração de Upiara Boschi
GRAVE IMPASSE NA SAÚDE
A greve dos servidores da saúde entra hoje na terceira semana sem qualquer perspectiva de acordo. O governador Raimundo Colombo viajou para Madrid, Dubai, Tóquio e Pequim. Só retorna na próxima semana. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que é médico, assumiu o governo, mas até agora não deu uma só palavra sobre esta grave situação que se criou nos hospitais públicos e unidades estaduais de saúde. O secretário da Saúde, Dalmo Oliveira, conversou com os líderes do movimento, mas tem determinação superior de não avançar um milímetro sobre salários. O secretário adjunto, Acélio Casagrande, que mais participou das negociações, também está impedido de tratar de finanças.

Os funcionários querem gratificação salarial de 50%. O governo já disse e reiterou que não há receita e que está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. A gratificação elevaria a despesa em R$ 10 milhões mensais.

O governo Colombo criou uma nova figura jurídica para tratar de paralisações: a Coordenadoria de Negociações. Seu titular, Décio Vargas, tem mantido reuniões de alto nível com os grevistas. Contudo, sem qualquer autonomia para negociar salários.

Para completar o cenário de ceticismo de ambos os lados, o governo fixou uma rigorosa norma: enquanto houver greve, não haverá negociação. Além disso, a Procuradoria-geral do Estado denunciou no Tribunal de Justiça que os grevistas não cumprem os 70% dos serviços e que devem se manter a 200 metros do trabalho.

Enquanto isso, os serviços de saúde, que já eram precários, ficam ainda mais caóticos, com atraso nas consultas e cancelamento de exames e cirurgias. E a população, como sempre, pagando esta trágica conta.


PIORANDO
É na Emergência do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, que a greve dos servidores da saúde tem maior visibilidade. Pelo número de faixas e cartazes e por situar-se numa das vias mais movimentadas do Centro da Capital. Dilema vivido também no Hospital Regional, de São José, pelo Infantil, na Capital, e pelo Hans Dieter Schmidt, em Joinville.

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