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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Demandas na saúde


A crise na saúde pública em Joinville se tornou tão crônica, que agora se aproxima o momento em que as situações-limite, como estão ocorrendo agora, sejam a regra. Com a greve dos servidores da rede estadual, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, unidade que historicamente não consegue preencher seu quadro de funcionários, tem o atendimento ainda mais restrito, sobrecarregando a já pressionada rede municipal, em especial o Hospital São José e os prontos-atendimentos (PAs). Há indignação da população, ações do Ministério Público, farpas entre políticos, muitas promessas em campanhas eleitorais, mas não chega a ser realizada uma mobilização mais consistente. Como a feita em defesa dos bombeiros voluntários. Até é citado vagamente o propósito de repetir ação semelhante, mas fica só na intenção. Se não é a saúde a merecer uma cobrança mais efetiva, não se sabe que outro tema o será.

Nos últimos dias, a situação se agravou – como a imprensa vem demonstrando de forma recorrente – e há preocupação sobre a capacidade de atendimento nos próximos dias, com o feriadão. Lamentavelmente, há impotência das autoridades em minimizar os problemas. Há esforços, há trabalho, mas o sistema público de saúde precisa passar por melhorias profundas e imediatas, o que ainda não é possível vislumbrar nem a médio prazo.

 

 

Geral

 

SAÚDE
Feriado deixa unidades em alerta

A greve de servidores estaduais da Saúde e a falta de clínicos-gerais no Hospital Regional Hans Dieter Schmitd estão causando problemas em Joinville. O pronto-socorro do Hospital São José está atendendo mais gente do que sua capacidade, e o Pronto-atendimento Leste, que não tem estrutura para internação, está com cinco pacientes internados.

Outros dez pacientes, tanto do Regional quanto do São José, aguardam vagas para UTI. Sessenta pacientes que tinham cirurgias eletivas marcadas no Regional souberam, na quarta-feira, que os procedimentos foram cancelados. Na tarde de ontem, servidores fizeram manifestação na praça da Bandeira.

Faltam leitos

Todos esses problemas, às vésperas de um feriado emendado em um fim de semana, causam preocupação em profissionais e pacientes. “Estamos preocupadíssimos. Estamos começando o feriado com 67 pessoas internadas no pronto-socorro, quando nossa capacidade é de 43”, lembrou Armando Lorga, diretor do São José. Mesmo com a sobrecarga, Lorga disse que a unidade não vai negar atendimento.

Nos PAs de Joinville, os atendimentos também aumentaram e o maior problema são as internações. A secretária Antônia Grigol disse que, apesar de não ser responsabilidade do PA, os casos de internação serão atendidos.

Renato Castro, diretor do Regional, ressaltou que profissionais estão sendo deslocados. “Uma determinação judicial obrigou o restabelecimento dos serviços, mas o sindicato (da Saúde) não acatou.”

A coordenadora do Sindsaúde, Enilda Stolf, falou que a determinação está sendo respeitada. “Não estão remanejando de maneira adequada”, avaliou.