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SAÚDE
1.040 grevistas ficam sem salário
Decisão de cortar o ponto foi anunciado pelo governo há mais de dez dias


Os 1.040 servidores da saúde que estão em greve não receberam salários. O corte havia sido anunciado pelo governo do Estado. Os 125 que retornaram às atividades receberão o salário amanhã, em folha suplementar. A Secretaria de Saúde acena com outra medida para atrair outros funcionários a interromper o movimento, que é fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada. Hoje, o 37º da paralisação dos serviços da rede pública, não existe uma proposta concreta que leve ao fim do movimento.

O secretário Dalmo de Oliveira reafirma que a reivindicação da gratificação não tem como ser atendida: “Nem sou eu que digo isso, são os técnicos da Secretaria da Fazenda e o governador Raimundo Colombo, com bases nos cálculos”, declara.

O secretário pontuou itens que, conforme ele, são medidas tomadas para minimizar o impacto na população. Garante que todos os casos de urgência e emergência são atendidos, mas reconhece que os procedimentos eletivos (cirurgias) estão adiados. Além disso, para manter a segurança de pacientes que necessitam de internações em UTIs, o Estado estaria comprando leitos em hospitais particulares.

Sobre a contratação de pessoal, o secretário diz que isso já foi feito em situações mais extremas, especialmente para a cobertura de plantões. Emergencialmente foram chamados 20 enfermeiros e técnicos de enfermagem. A respeito da possibilidade de convocar os aprovados do concurso, feito em fevereiro deste ano, o secretário diz ser impedido por problema de legislação. Além disso, o concursado teria prazo de 60 dias para assumir a função. Conforme o secretário, o governo está chamando os aprovados, mas não para substituição dos grevistas. “Neste caso, quando a greve terminar teria funcionários excedentes”, diz.

Apoio de outras categorias

O bloqueio da folha de pagamento era previsível na opinião do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindSaúde). A possibilidade foi discutida em assembleia quando os servidores discutiam a paralisação, diz Cláusio Vitorino, diretor de imprensa do SindSaúde. “Estamos no 37º dia de greve e não acreditamos que a greve se estenda por muito mais tempo. Se for o caso, o sindicato banca o salário dos servidores.”

 

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PULAÇÃO REFÉM
Greve sai do âmbito da saúde e paralisa ônibus
Grevistas se associam ao sindicato dos motoristas e deixam passageiros sem transporte por duas horas em Florianópolis


O 36º dia de greve dos servidores estaduais da saúde foi marcado por dois fatos relevantes e um pedido. Os trabalhadores se uniram ao sindicato dos motoristas de ônibus e a bancários e fecharam por duas horas o Terminal de Integração Central (Ticen) da Capital, deixando milhares de passageiros sem ônibus.

O segundo fato é que o governo bloqueou o contracheque dos grevistas, deixando 1.040 sem salário. O pedido é do Ministério Público, que entrará com ação na Justiça para o que governo tome uma série de medidas para garantir assistência à população.

A decisão pela paralisação dos ônibus foi do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb). Nenhum ônibus saiu ou entrou no Ticen entre 10h e 12h, gerando insatisfação nos usuários. O vigilante Alexandro de Oliveira, 33 anos, foi ao Centro fazer a matrícula do filho. Quando tentou retornar para casa ficou surpreso.

– Fiquei preso aqui no Centro. Até quando esta situação? – questionou.

Eram 6h30min quando Octávio Veiga, 76 anos, e Maria Veiga, 72, saíram de casa, no Sul da Ilha, para uma consulta médida no Centro de Florianópolis. Octávio tem problemas cardíacos e precisa da companhia da mulher para sair de casa, e encontraram o Ticen parado.

– Foi complicado. Estávamos vindo do médico, chegamos a entrar na plataforma, mas nada de ônibus – reclamou Maria, que decidiu sentar no chão com o marido até o retorno do serviço.

Sindicalista diz que ação é conjunta

Representando os autores da paralisação, o assessor do Sintraturb Ricardo Freitas disse que a paralisação representou um sinal de que os vários sindicatos estão se unindo em prol de melhores condições do poder público.

Pego de surpresa pela paralisação, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano (Setuf), Waldir Gomes da Silva, lamentou o ocorrido.

– Fui avisado quando já estava parado. Foi um desrespeito e uma falta de consideração com o sistema, a cidade e com a população. Não temos nada que ver com a greve na saúde. É um problema daquele sindicato (SindSaúde) com o patrão dele (o governo) – argumentou.

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POPULAÇÃO REFÉM
Sindicato acena em pagar salário


O bloqueio do salário dos grevistas da saúde, ocorrido ontem, havia sido anunciado pelo governo do Estado. Os 125 servidores que retornaram às atividades receberão o dinheiro amanhã em folha suplementar. A Secretaria da Saúde acena com outra medida para que funcionários interrompam o movimento, que é fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada.

A suspensão do salário era uma hipótese que vinha sendo trabalhada pelo SindSaúde. A possibilidade havia sido discutida em assembleia, afirma Cláusio Vitorino, diretor da entidade.

– Estamos no 37ª dia e não acreditamos que a greve se estenda por muito mais tempo. Se for o caso, o sindicato banca o salário dos servidores – garante ele, ao prometer novas ações a exemplo do realizada ontem no Ticen.

Já o secretário da Saúde, Dalmo de Oliveira, reafirma que a gratificação salarial não tem como ser atendida:

– Nem sou eu quem diz, são os técnicos da Secretaria da Fazenda e o governador Raimundo Colombo, com bases nos cálculos.

O Ministério Público entra hoje com um pedido incidental na Justiça para que o governo tome uma série de medidas a fim de garantir a assistência à saúde da população. O procedimento tem esse nome porque em 2008 já havia sido protocolada uma ação semelhante na Vara da Fazenda Pública.

Nela, os promotores Aor Steffens Miranda e Marcílio de Novaes Costa pedem, entre outras coisas, a reabertura imediata das emergências da Maternidade Carmela Dutra e dos hospitais Infantil Joana de Gusmão e Celso Ramos (veja quadro ao lado).

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Secretário da Saúde diz que governo está de mãos atadas na greve
Dalmo de Oliveira alega que já fez todas as concessões possíveis
 Everton Palaoro
Florianópolis 

O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, disse na tarde desta quarta-feira (28) que o governo está de mãos atadas em relação à greve dos servidores. Segundo ele, a principal reivindicação dos grevistas causa impacto anual de R$ 130 milhões na folha de pagamento. Dalmo alegou que já fez todas as concessões possíveis antes do movimento começar, no dia 23 de outubro. O secretário concedeu entrevista aos jornalistas do Grupo RIC para falar sobre os impactos da paralisação no sistema estadual de saúde.

 

Dalmo Claro de Oliveira: "governo está de mão atadas"

 

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Tiro no pé

Improcedente e irresponsável a paralisação, por determinado momento, dos ônibus ontem em Florianópolis numa manifestação onde o Sindicato dos Motoristas e Cobradores revelou apoio ao Sindicato da Saúde. O usuário que foi punido. Atitude inconsequente. Não se trata de avaliar o comportamento dos grevistas conduzidos pelos sindicalistas, muito menos avaliar o conteúdo da greve e sua importância, mas de um ato onde o resultado não foi outro senão atrasar a vida das pessoas que dependem de transporte coletivo. A indignação de todos não desconsiderava a greve. Reconhecem que há problemas graves na saúde. Mas a estratégia utilizada para ganhar espaço e chamar a atenção foi no mínimo desrespeitosa com as pessoas, que prejudicadas procuraram outros meios, inclusive, para ir ao trabalho. Decisão de quem quer ver o circo pegar fogo e não resolver a questão grave que exige também do governo atenção.


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