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SOCORRO
Samu atende com três ambulâncias

O Samu de Joinville está atuando com três ambulâncias das quatro fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde. Uma delas está fora de ação há três semanas, desde que sofreu um acidente. Outra está parada há três meses por falta de peças. Uma terceira chegou a ser paralisada por dois dias para manutenção, mas retornou na quarta-feira. A falta de veículos tem gerado demora no atendimento.

Conforme o coordenador Niso Eduardo Balsini, fica mais difícil dar conta da demanda faltando um dos elementos fundamentais para o transporte dos pacientes. A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma ambulância deve voltar em, pelo menos, 20 dias, e outra em duas semanas. O governo do Estado deve enviar outro veículo, mas sem prazo definido.

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GREVE NA SAÚDE
Governo terá de pagar horas extras

O governo do Estado terá de pagar em folha suplementar as horas extras dos funcionários da Secretaria de Saúde feitas até 22 de outubro, um dia antes do começo da greve. A decisão em liminar publicada ontem é do desembargador Gaspar Rubick e responde parcialmente a pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindiSaúde). Mas nega a solicitação de ilegalidade do bloqueio dos contracheques, como requereu o sindicato dos trabalhadores em greve há 38 dias.

O secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, informa que o número de horas e valores serão levantados a partir de hoje. O pagamento será feito na próxima semana. O prazo para recurso é de até cinco dias, mas o governo não vai entrar. “Iremos obedecer à decisão e pagar. Mas o bloqueio dos contracheques deste período em greve permanecerá até que os servidores voltem ao trabalho”, disse.

Nos hospitais da rede pública, a situação continua difícil para quem precisa de atendimento. Emergências fechadas e algumas só atendendo a casos encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e policlínicas.

A respeito das negociações com o SindiSaúde, o secretário diz não ter havido avanços. Explica que a gratificação teria um reflexo de cerca de R$ 140 milhões na folha de pagamento. Os valores variam de R$ 1,3 mil a R$ 2,8 mil por servidor.

Para o deputado Amauri Soares, da Comissão de Saúde da Assembleia, o governo confunde as pessoas ao divulgar a quantia: “Esse valor seria para o longo do ano, dividido em 13 salários.”

Protesto em semáforo

Ontem, houve uma atitude por parte do técnico em enfermagem Alceu Souza, 49 anos. Depois de não ter o salário depositado na conta, ele resolveu pedir dinheiro em um semáforo do bairro de Barreiros, em São José. Foi uma forma de protesto. “O governador não podia cortar o nosso salário, porque esta greve é legal. A gente fica nesta pendenga porque não tem outro ganho, então eu vou ter de pedir. Roubar, eu não vou. Pedir é mais bonito”, comentou.

 

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Posição

Das quatro reivindicações do SindSaúde, o governo do Estado atendeu a três: o abastecimento contínuo dos hospitais, a contratação de novos servidores para melhorar o atendimento e as condições de trabalho e a manutenção da hora-plantão.

O governo, inclusive, propôs a criação de um novo sistema de hora-plantão, cujas bases são: a opção do servidor, a não interferência da chefia, a estabilidade financeira e a melhoria dos critérios para incorporação na aposentadoria. Importante ressaltar que esta é uma proposta em aberto, a ser construída em conjunto com o servidor. Ainda segundo o secretário Dalmo de Oliveira, nos últimos 24 meses, houve um aumento da massa salarial da saúde de 25,02%. Considerando que a inflação, no mesmo período, foi de 13,28%, o ganho real dos servidores foi superior a 10%.

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GREVE NA SAÚDE
Governo terá que pagar as horas extras dos servidores
Sindicato conseguiu uma liminar que garante o repasse dos recursos pelo trabalho prestado até a véspera da paralisação

O governo do Estado terá que pagar em folha suplementar as horas-plantão (hora extra) dos funcionários da saúde feitas até 22 de outubro, um dia antes do começo da greve, que já dura 38 dias. A decisão em liminar é do desembargador Gaspar Rubick e responde parcialmente a pedido do sindicato dos trabalhadores (SindiSaúde), pois nega a solicitação de ilegalidade do bloqueio dos contracheques.

O secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, informa que o pagamento será feito na próxima semana.

– Mas o bloqueio dos contracheques permanecerá até que voltem.

Nos hospitais, as emergências estão fechadas e algumas só atendendo casos encaminhados pelo Samu e policlínicas. Em caso de necessidade de UTI para crianças, a Secretaria de Saúde busca a rede privada. Na Capital, o suporte tem sido dado por unidades como Hospital de Caridade e Hospital Santa Helena. Isso ocorre sempre que um paciente precisa de atendimento em um local onde o serviço está comprometido pela falta de pessoal. O custo será pago pelo Estado. Conforme a Secretaria de Saúde, ontem, existia um único caso. Uma criança precisou ser internada no Santa Helena.

Governo diz que não tem como pagar a gratificação

A respeito das negociações com o SindiSaúde, o secretário diz que não ter havido avanços. Ele explica que a gratificação solicitada pela categoria teria um reflexo de cerca de R$ 140 milhões na folha de pagamento por ano. Para o deputado Amauri Soares, da Comissão de Saúde da Assembleia, o governo confunde as pessoas em divulgar a quantia:

– Esse valor seria para o longo do ano, dividido em 13 salários.

Ontem, o técnico em enfermagem Alceu Souza, 49 anos, tomou uma atitude extrema. Depois de não ter o salário depositado na conta, ele resolveu pedir dinheiro em um semáforo no Bairro Barreiros, em São José. Foi uma forma de protesto.

– O governador não podia cortar o nosso salário porque a greve é legal.

Com uma filha para sustentar, ele disse não ter como se manter. Por isso decidiu pedir dinheiro aos motoristas que passavam pelo local.

– Não tenho outro ganho, então vou ter de pedir. Roubar, eu não vou. Pedir é mais bonito – comentou.

 

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GREVE NA SAÚDE
Cirurgia só de emergência

A greve na saúde tem trazido transtornos para muitos pacientes, principalmente para aqueles que tinham cirurgias marcadas, já que os procedimentos eletivos (sem urgência) foram suspensos. É o caso de Alana, de dois anos, que nasceu com uma anomalia que causa obstrução gastrintestinal. Devido ao problema, a mãe dela, Luana Ferreira, 24 anos, tem de comprar 300 fraldas por mês. Custo que poderia ser amenizado com uma cirurgia que estava prevista para o final de outubro, mas, agora, não tem mais data para acontecer.

– A gente fica revoltado porque não tem resposta de quando voltar. Além disso, as contas só acumulam – desabafou Luana, que desde que tirou a licença-maternidade não pode mais voltar ao trabalho em um centro de distribuição de Palhoça.

Alana precisa de um acompanhamento diário e, sem a cirurgia, Luana não tem como deixá-la na creche para procurar emprego. No sustento da família está o marido Michel Fortes Freitas, que tem trabalhado dobrado com instalações de TV à cabo para poder pagar as despesas da casa e sustentar esposa e filha.

O aperto é tanto no orçamento que o papai noel deve passar longe da residência, em Biguaçu.

– Está bem difícil a coisa por aqui. Acho que não vai ter presente este ano – lamenta.

A falta de atendimento nos hospitais também preocupa Sandra de Fátima Alves, 28 anos, que está grávida de oito meses. A sua gestação é de alto risco e ela está preocupada com o tratamento que vai receber no hospital na hora do parto.

– O bebê pode vir a qualquer momento. Com esta greve, que garantia eu tenho que vou ficar bem e o bebê também? – reclamou.

A Secretaria de Saúde (SES) informou, por meio da assessoria de imprensa, que todos os casos de urgência estão sendo atendidos nas unidades. Em casos extremos em que o hospital não tem condições de receber o paciente, a SES tem feito parcerias com clínicas e hospitais particulares, no aluguel de leitos inclusive em UTIs.

 

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Sem saúde
Manutenção do bloqueio dos servidores da Saúde em greve, determinado pelo Tribunal de Justiça, pode abreviar a duração do movimento, justamente centrado na questão salarial, embora alegue de tudo.

Isso não muda nada na gravidade da situação no setor, um exemplo clássico de má gestão em cada unidade, muito menos resolve a vida de quem não recebe o atendimento. Negociação já!

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