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HOSPITAL SÃO JOSÉ
Salas sem ar-condicionado

O calor de ontem se tornou ainda mais desagradável para alguns pacientes e funcionários do Hospital São José. Um defeito na central de refrigeração do Complexo Ulisses Guimarães impediu o funcionamento do ar-condicionado em algumas salas do pronto-socorro e do terceiro andar. Segundo a direção do hospital, um defeito na central de refrigeração que funciona no complexo causou o desconforto. Quatro compressores apresentaram problemas que ainda não foram identificados.

Para evitar a demora do processo licitatório, o hospital pode solicitar, em caráter emergencial, a compra de um compressor. Ele deverá manter a refrigeração até que os outros sejam comprados por meio de licitação. Enquanto isso, serão alugados aparelhos de ar-condicionado portáteis que serão instalados hoje, provisoriamente até a aquisição do novo equipamento. Os condicionadores de ar serão instalados em pontos estratégicos, como a sala de medicação e observação.

Até ontem à tarde, o São José estava com 45 pacientes no pronto-socorro. Os 20 leitos do terceiro andar do complexo – que são usados para internação – também estavam ocupados e sem ar frio.

Os pacientes internados nos leitos do quarto andar do hospital, também estão sem condicionadores. O espaço foi inaugurado em junho sem equipamentos de refrigeração. Cortinas de black-out foram instaladas para evitar o aquecimento dos quartos. A unidade aguarda a abertura de licitação para comprar os equipamentos. A ala B do prédio antigo também não tem sistema de refrigeração.

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Corrida pela saúde
DIA 16, FLORIANÓPOLIS RECEBE, PELA PRIMEIRA VEZ, ETAPA DE EVENTO QUE TEM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR SOBRE O CÂNCER DE MAMA

Florianópolis vai receber pela primeira vez a Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama, uma das maiores e mais tradicionais iniciativas brasileiras de conscientização da doença. Depois de 46 edições realizadas em 11 cidades do país, o evento chega à capital catarinense na próxima semana: as provas, ambas com cinco quilômetros de extensão e divididas em apenas duas modalidades (masculina e feminina), ocorrem no domingo, dia 16, na Beira-Mar Continental.

Celebridades como o ator Eriberto Leão (o Ulisses, de Guerra dos Sexos) e as atrizes Emanuelle Araújo (que fez a Teodora, em Gabriela) e Lucy Ramos (a Sheyla, de Salve Jorge) já estão confirmadas para a entrega de prêmios. Além dos primeiros colocados na corrida e na caminhada, serão homenageados os participantes mais idosos. Todos os inscritos vão receber camiseta com o símbolo da campanha, material informativo e outros brindes.

O evento é promovido desde 1999 pelo Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), localizado em São Paulo. Em Florianópolis, o IBBC escolheu o Hospital de Caridade como entidade filantrópica a ser beneficiada pela 47ª edição. Uma doação de R$ 25 mil já foi feita ao hospital, segundo o produtor-executivo do evento, Onésimo Affini Júnior.

Ele conta que o fato de o IBCC ser um centro de referência mundial na pesquisa sobre o câncer foi fundamental para que o símbolo da campanha, o conhecido alvo azul criado pelo estilista americano Ralph Lauren, pudesse ser usado no Brasil. O primeiro lote de camisetas, lançado em 1994 nos Estados Unidos, rendeu US$ 2 milhões a um centro de pesquisa da Georgetown University, a mesma universidade que nos anos 1980 descobriu, em parceria com IBCC, que o vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero.

– Levamos isso ao conselho de moda para que a Hering fosse autorizada a usar o símbolo nas camisetas – diz Onésimo, referindo-se ao Council of Fashion Designers of American, entidade que detém os direitos sobre a marca.

 

MATEUS BOING

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DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Depressão pós-parto ainda é tabu
Falta de informação sobre sintomas e formas de tratamento potencializam mal que atinge até 15% das mães

Um julgamento ocorrido em outubro na Inglaterra expôs um drama familiar que ainda divide qualquer sociedade: o assassinato, em maio, de duas crianças (um bebê de 10 semanas e uma menina de um ano e dois meses) pela mãe, que sofria de psicose pós-parto. A designer de joias Felicia Boots foi absolvida pelo juiz, que julgou sua prisão “totalmente inapropriada”, e internada, gerando protestos e apoio da comunidade médica.

A história envolve um tema que ainda é tabu: quando a mãe, contrariando a imagem idealizada da maternidade, rejeita sua criança por conta de problemas psiquiátricos desencadeados logo após o parto.

Mas há diferenças entre a tristeza, a depressão e a psicose pós-parto, nas quais a mudança hormonal que ocorre após a expulsão da placenta pelo útero tem um papel relevante. A primeira atinge até 80% das mulheres e se explica pelos desafios e estresses da nova fase, desaparecendo em até 15 dias. São os dois outros casos que preocupam e precisam ter acompanhamento psiquiátrico.

– A depressão pós-parto atinge cerca de 15% das mulheres e gera episódios típicos de depressão, como tristeza, ansiedade, choros e pensamentos negativos – explica o ginecologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Sheldon Botogoski.

Na maioria dos casos, somente as mudanças hormonais não são suficientes para disparar o gatilho do problema. A psicose, que atinge 0,2% das mães, é ainda mais grave.

– É quando a mulher tem alucinações, ouve vozes, cria diálogos que não aconteceram, vê um ladrão imaginário entrar na casa dela. É bem raro e necessita de internação e medicação – explica o ginecologista e obstetra da Maternidade Santa Brígida Gleden Teixeira Prates.

É nessa situação que podem ocorrer os infanticídios, crime hoje punido com internação, já que a Medicina e o Código Penal consideram que a mãe não tinha ciência nem intenção de cometer o ato.

 

VANESSA FOGAÇA PRATEADO | Agência Gazeta do Povo