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PORTAL | JEFFERSON SAAVEDRA
FILA NAS CIRURGIAS


Em pesquisa preliminar, a Secretaria de Saúde de Joinville apurou que a fila para cirurgias no Hospital São José é de 4,3 mil pacientes. No PAM do Boa Vista, chega a 3 mil pessoas (cirurgias oftalmológicas). No Regional, de responsabilidade do governo do Estado, são 1,5 mil pessoas na fila. Na vinda do governador Colombo, na sexta, será cobrada mais ajuda do Estado na área de saúde, inclusive para cirurgias. Outra saída será aproveitar melhor a estrutura física já existente.

 

 


Visor

VAI SAIR DA CAIXA
O vice-governador Pinho Moreira (E) e o secretário de Saúde, Dalmo de Oliveira (D), visitaram ontem o Hospital Municipal de Biguaçu. Deixaram o prefeito José Castelo Deschamps (C) otimista com a conclusão das obras. A instituição terá 131 leitos, com 21 de UTI neonatal, 12 pediátrica e oito de UTI adulto.

Veja
 

Geral

 

PRIMEIROS PASSOS
Médicos pedem fim do andador

Pediatras pretendem lutar por lei que proíba venda do equipamento infantil no Brasil, que consideram de risco às criançasOs tradicionais andadores infantis encontraram um obstáculo pela frente: médicos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que estão dando início a uma campanha para bani-los do país. Ainda esta semana, representantes da categoria vão a Brasília pedir a elaboração de um projeto de lei proibindo a venda. Como esse é um processo demorado, a campanha também tenta convencer os pais a frear o uso dos andadores por conta própria e pede um controle mais rigoroso por parte do Inmetro.

Dirigentes da SBP deverão se reunir hoje com integrantes da ONG Criança Segura e do Inmetro para elaborar testes com os andadores que permitam a emissão de laudos capazes de apontar problemas já conhecidos pelos médicos.

– Também vamos a Brasília tentar fomentar um projeto de lei que proíba a venda. Mas sabemos que esse é um processo demorado. Por isso, também vamos trabalhar orientando os pais a não utilizar esse produto inútil e que só traz riscos – afirma o pediatra Danilo Blank, um dos organizadores da campanha nacional.

O principal argumento dos médicos é de que os andadores não trazem nenhum benefício ao desenvolvimento dos bebês, e ainda os sujeitam a riscos como tombamento, quedas de escadas e acesso facilitado a fontes de perigo.

Utensílio seria o que mais provoca lesões em bebês

Há estudos que reforçam esse temor. Uma pesquisa austríaca chamada Andadores: Uma Ameaça Subestimada para Nossas Crianças? revelou que 55% das famílias com crianças investigadas usavam o aparelho. Dessas, uma em cada cinco havia sofrido algum acidente relacionado ao equipamento.

A Aliança Europeia para Segurança Infantil aponta ainda que esse é o tipo de utensílio infantil que mais provoca lesões em bebês, sendo que 90% delas ocorrem na cabeça.

Em 2002, conforme a entidade, aproximadamente 2,3 mil crianças foram hospitalizadas no Reino Unido por esse motivo. Não existem dados disponíveis referentes ao Brasil.

A mãe e vendedora Ane Oliveira, 34 anos, trabalha em uma loja de artigos para crianças e afirma que hoje os andadores são mais seguros do que antigamente, com bases mais amplas e menos propensas a quedas. Mas confessa que sua filha, quando usava o produto, também se acidentou:

– Ela quebrou um dente.

reportagem@diario.com.br

MARCELO GONZATTO

O que dizem
OS PEDIATRAS

Andadores não trazem qualquer benefício motor ou mental ao desenvolvimento da criança.
Seu uso pode até retardar o desenvolvimento da marcha infantil em algumas semanas ao alterar o funcionamento normal da estrutura muscular.
Os perigos que o andador leva à criança incluem:
– Risco de quedas pelo tombamento do andador e pelo uso em escadas.
– Ameaça de acesso facilitado a perigos como fogão aceso, substâncias tóxicas, etc..
– Em velocidade elevada, possibilidade de choque contra paredes ou objetos.
Muitas vezes, é utilizado como instrumento para o bebê se distrair enquanto os pais realizam outras atividades – o que é duplamente perigoso, já que o uso do equipamento sem supervisão facilita os acidentes.

OS FABRICANTES
Todo equipamento de uso infantil pode leva riscos caso seja mal utilizado, não apenas os andadores.
A solução ideal para impedir acidentes não é proibir os andadores, mas criar normas de segurança, como freios para impedir velocidade elevada e base mais alargada para reduzir o risco de queda, o que hoje não existem no país
Crianças que engatinham estão sujeitas a muitos dos riscos atribuídos aos equipamentos, como alcançar substâncias tóxicas, sofrer quedas, cair em piscinas, etc
Utilizado de maneira adequada, sob supervisão dos pais, pode ser um brinquedo agradável e dinâmico para os bebês.

EM OUTROS PAÍSES
ALEMANHA

- Em 2010, a Associação Profissional de Médicos de Crianças e Adolescentes da Alemanha lançou uma campanha defendendo a proibição da venda dos andadores. A recomendação é de que o veto fosse estendido a toda União Europeia, onde a venda é permitida.

CANADÁ
- Proibiu o uso de andadores de forma pioneira, em 2004, por considerá-los muito perigosos e sem utilidade para o desenvolvimento do bebê. A posse de um pode levar a multas de até US$ 100 mil ou seis meses de prisão. Não é admitida a venda nem de produtos usados.

ESTADOS UNIDOS
- Eram muito populares até os anos 1990, quando a Comissão de Segurança de Produtos para os Consumidores declarou que os andadores respondiam por mais lesões em bebês do que qualquer outro artigo infantil. A Academia Americana de Pediatria desencoraja o uso, mas a venda é permitida.

INGLATERRA
- Uma estimativa da década passada indicava que aproximadamente 250 mil bebês utilizavam andadores no país. Pelo menos 4 mil, a cada ano, eram atendidos com algum machucado provocado pelo uso esse equipamento. Médicos e fisioterapeutas já manifestaram várias vezes a contrariedade com seu uso.

TURQUIA
- Um estudo realizado em 2009 mostrou que o uso dos andadores é disseminado no país. Em uma pesquisa realizada com 495 crianças de dois meses a cinco anos, foi demonstrado que 75% delas haviam utilizado o equipamento em alguma fase do desenvolvimento.

 


PRIMEIROS PASSOS
Morte baniu aparelhos em cidade do RSFoi preciso uma fatalidade envolvendo uma criança de 10 meses para que os andadores fossem banidos das escolas de Educação Infantil, em Passo Fundo (RS). A recomendação do Ministério Público está em vigor desde 2009 no município.

O pediatra Rui Locatelli Wolf costumava atender no consultório casos de crianças com hematomas na cabeça, provocados pela queda com o andador, e aconselhava mães e avós a não usarem o objeto. Como estava presa à estrutura, quando caía, a criança batia a cabeça. O médico também notava que o desenvolvimento motor dos pequenos tinha prejuízo: os bebês aprendiam a andar usando uma musculatura que provoca o encurtamento dos tendões.

Mas foi o atendimento de um bebê de 10 meses, em 2009, que motivou o médico a levar o caso para fora do consultório. Ao usar o andador, a criança caiu e bateu a cabeça. Não teve reação nenhuma no momento, mas quando dormiu, não acordou mais. Com hemorragia cerebral, o bebê morreu.

– Chocou todo mundo porque é um acidente que pode ser prevenido e resultou nesta fatalidade.

Aparelhos foram recolhidos de todas as creches da cidade

O caso foi levado pelo pediatra ao Ministério Público de Passo Fundo. Depois de um inquérito civil para apurar o eventual risco do andador à saúde das crianças, a promotora Ana Cristina Ferrareze Cirne expediu uma recomendação a todos os hospitais, creches e escolas de Educação Infantil do município para que o equipamento deixasse de ser utilizado.

Nas 26 escolas municipais de Educação Infantil de Passo Fundo, os andadores foram todos recolhidos e em seguida, eliminados.

– Pelos danos à saúde e pelo risco de acidentes graves, preferimos banir totalmente das escolas – diz o secretário municipal de Saúde, Edemilson Jorge Ramos Brandão.

Mas só retirar das escolas, conforme Wolf, não soluciona a questão. Conforme o pediatra, enquanto o produto estiver à venda, sempre haverá uma mãe ou uma avó que, por comodidade ou desconhecimento, usará o brinquedo.

– O objetivo é que se siga o exemplo de países como Canadá e que se proíba a comercialização do andador – afirma o médico.

 

MARIELISE FERREIRA

 

 

 

 

 

 

O hospital Municipal de Biguaçu terá ajuda do estado para que se transforme em unidade de atendimento de saúde regional.

É o que ficou acertado entre o vice-governador   Eduardo Pinho Moreira e o secretário da saúde, Dalmo Claro de oliveira, que em vista a Biguaçu anunciaram recursos de R$ 2,5 milhões.

O hospital está sendo dotado de clínica, pronto atendimento e especialidades cirúrgicas.

 

 

 

Hospital terá R$ 2,5 mi


O vice-governador do Estado,Eduardo Pinho Moreira, e o secretário estadual de Saúde, Dalmo de Oliveira, visitaram ontem o Hospital de Biguaçu e asseguraram a liberação de mais R$ 2,5 milhões. Os recursos serão usados para a conclusão das obras externas do hospital municipal e liberados já na próxima semana. Acompanhados do prefeito José Castelo Deschamps, seu vice, Ramon Wollinger, e do secretário municipal da Saúde, Leandro Adriano de Barros, o vice-governador se disse “impressionado” com a unidade de saúde, que classificou como ampla e com vocação pré-definida: atender baixa e média complexidade, com prospecção de se tornar um hospital regional, com atendimento para toda a Grande Florianópolis.

A comitiva também visitou a UPA 24 horas (Unidade de ProntoAtendimento), já em funcionamento no município. Castelo explicou que a UPA 24 horas realiza o atendimento de pacientes de todos  os municípios da região, e o mesmo acontecerá futuramente com o Hospital. “Além dos moradores do nosso município, pacientes de toda se benifeciarão com a abertura do hospital, que ficara estrategicamente localizado na região norte da grande Florianópolis “ afirmou o prefeito.


Os recursos vindos do governo do Estado serão utilizados nos acessos para ambulâncias,  estacionamentos, paisagismo, além da drenagem do terreno. A estrutura interna já está finalizada e as adequações arquitetônicas solicitadas pela Vigilância Sanitária do Estado  serão efetuadas com recursos próprios da Prefeitura. Dessas adequações depende a liberação do alvará para seu funcionamento.O   Hospital de Biguaçu, construído em parceria com a OMF (Organização Mundial da Família), tem 131 leitos – dos quais 21 são de UTI neonatal, 12 são de UTI pediátrica e oito UTI adulto.Sua gestão devera ficar a cargo de uma Organização Social (OS).