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Custos da saúde

Ao apresentar ontem na Câmara dados da saúde, o secretário Dalmo Claro apontou gastos mensais de R$ 14,1 milhões do Estado no custeio dos três hospitais estaduais de Joinville. É exatamente esse o montante que o governo Udo espera receber do Estado para concluir complexo emergencial do Hospital São José.

R$ 14 mi

Para manter o Hospital Regional, o governo do Estado gasta R$ 6,5 milhões por mês. A Maternidade Darcy Vargas custa R$ 3 milhões e o Hospital Infantil, administrado por uma organização social, consome R$ 4,5 milhões dos cofres estaduais. São valores de 2012. Hoje, já estão custando mais.

Mais PSF

Dalmo também foi à ofensiva. Criticou a baixa cobertura do Saúde da Família – de apenas 24% na região Nordeste (Joinville e Jaraguá), enquanto no Estado é de 73%. Por sua vez, os vereadores foram incisivos em cobrar datas para reformas e contratações. O secretário respondeu com estimativas.

 


Exames de diabetes gratuitos

Uma picadinha na ponta do dedo para coletar um pouco de sangue aliada a alguns minutos de espera. Pronto: está feito o exame para identificar se você é ou não portador de diabetes. Ontem, a Associação dos Diabéticos de Joinville (Adijo) promoveu exames gratuitamente na sede da instituição, na rua Jaguarão, nº 147, no bairro Boa Vista, zona Leste de Joinville.

A aposentada Marli Sisenando, 56 anos, aproveitou a oportunidade e fez o teste para saber se tem ou não a doença. “É fundamental, né? Porque eu sou viciada em doces. Sem falar que o diabetes traz complicações como problemas de visão”, disse. Para a sorte de Marli, o exame deu negativo para ela e sua mãe Marina dos Santos, 81.

O presidente da Adijo, Gilmar Anselmo da Costa, conta que é a primeira vez este ano que a associação promove os exames. “No Dia da Diabetes, em 14 de novembro, vamos tentar fazer de novo.” Ele explica que o exame não é oferecido mensalmente devido ao reagente que tem um custo alto. Os sintomas típicos de diabetes são fome excessiva, bastante sede, urinar em excesso, apresentar perda de peso, fraqueza e cansaço.

Opinião
Uma dose de boa vontade para a saúde

Avaliação divulgada no início deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que os remédios comercializados no Brasil, entre 2004 e 2011, tiveram um custo 35% menor para os consumidores do que o sugerido pelos fabricantes. O feito se deu graças à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), criada em 2003, justamente para monitorar os preços dos remédios comercializados no País, de acordo com regras preestabelecidas. Apesar desse avanço, pesquisa divulgada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o gasto com a saúde está entre as quatro maiores despesas das famílias brasileiras – junto com habitação, alimentação e transporte.

Em um país em que grande parte da população enfrenta dificuldades para ter acesso a cuidados médicos e onde os investimentos públicos na área da saúde parecem cada vez mais escassos, a participação do setor privado se torna cada vez mais importante e indispensável. Cientes disso, grandes empresas já aderiram ao Programa de Benefício em Medicamentos (PBM), que oferece aos funcionários subsídio para a compra de remédios em uma rede de farmácias credenciada, garantindo cobertura que pode chegar a 100% do valor – embora a média praticada seja de 53%.

Porém, o conceito ainda não é muito conhecido no Brasil. Hoje, pouco mais de 2 milhões de empregados recebem subsídio das empresas onde trabalham para a compra de medicamentos. Há uma grande expectativa de que o número de beneficiários no Brasil cresça nos próximos anos, atingindo a marca de 20 milhões até 2017. Todos saem ganhando: o funcionário passa a ter mais condições de seguir o tratamento medicamentoso; a empresa passa a contar com funcionários mais produtivos, diminui o número de absenteísmo e de despesas com a saúde; o governo reduziria gastos, como os do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Como se vê, é possível melhorar a saúde da população. Basta uma dose de boa vontade!

Fábio Hansen - diretor da Associação Brasileira das Empresas Operadoras do Programa de Benefício em Medicamentos

 

 

Maternidade em Campinas
107 bebês contaminados por tuberculose

A Secretaria de Saúde de Campinas, em São Paulo, anuncia hoje a conclusão de exames realizados em mais de mil crianças nascidas entre janeiro e junho de 2012, em uma das alas do Hospital e Maternidade Madre Theodora, que tiveram contato direto ou indireto com uma técnica em enfermagem com tuberculose. Os resultados preliminares apontam que pelo menos 107 bebês foram contaminados.

 

 

Pesquisa CFM Demografia Médica: Dados sugerem insuficiência de médicos para atender pelo SUS
55% dos médicos estão vinculados à rede pública: contingente insuficiente para atender toda a demanda da população por serviços oferecidos na rede pública

Os dados analisados no segundo volume do estudo Demografia Médica no Brasil sugerem a existência de um número insuficiente de profissionais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). As informações fornecidas pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) identificaram 215.640 médicos que atuam em serviços públicos municipais, estaduais e federais. O número representa 55,5% do total de 388.015 médicos ativos registrados nos Conselhos Regionais de Medicina.

Embora cerca de 48,66 milhões de brasileiros tenham acesso a planos de assistência médico-hospitalar (ANS, 2012), o SUS atende constitucionalmente toda a população, inclusive nas ações de promoção, vigilância, assistência farmacêutica, urgência, emergência e alta complexidade.

Nos dados de médicos do SUS, o estudo Demografia Médica faz ressalvas: há falhas na alimentação das bases e parte dos médicos em regimes de plantão e terceirizados podem não constar do cadastro nacional, subestimando o número de profissionais que trabalham no SUS. Além disso, a unidade “médico do SUS” é complexa, pois existem diferenciais de especialidade, produtividade, idade, gênero, numero de vínculos e carga horária dedicada ao serviço.

Pelos registros do CNES, há razão é de 1,11 médico que atende SUS por 1.000 habitantes, contra uma razão de 2 por 1.000 para o conjunto dos profissionais registrados. “Para um sistema de saúde público e universal, mesmo diante das limitações das bases de dados do CNES, supõe-se que é insuficiente a presença de médicos no SUS”, aponta o levantamento.

Como a migração de médicos do setor privado (que conta, proporcionalmente com pelo menos quatro vez mais médicos à disposição, conforme revelou a Demografia Médica, Volume 1, divulgada em 2011) para o setor público dependeria de transformações substantivas do sistema de saúde, a adoção de políticas de valorização dos profissionais de saúde, a desprecarização dos vínculos e a implementação de planos de carreira supostamente poderiam amplificar a presença, disponibilidade e a dedicação exclusiva de parte maior dos médicos atualmente vinculados ao SUS.

Na distribuição regional, o Sudeste tem a razão mais alta, com 1,35 médico cadastrado no CNES prestando serviços ao SUS por grupo de 1.000 habitantes. Nas demais regiões, os índices são ainda piores. No Sul, há 1,21 médico na rede pública por 1.000 moradores; no Centro-Oeste, a razão é 1,13; no Nordeste, 0,83; e no Norte, 0,66. Em todos os estados, há uma concentração maior de médicos vinculados ao SUS nas capitais em comparação com a realidade vivenciada pelos outros municípios.

Para o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, “sem uma política eficaz de presença do Estado no desenvolvimento das áreas desassistidas e sem uma política de valorização e de fixação de profissionais com ênfase nas carreiras públicas, esse quadro de desigualdade pode se acentuar, pois o mercado, e não o Estado, é que continuará a determinar a distribuição dos médicos no país”.

“Sem um planejamento adequado e sem uma visão de longo prazo, a entrada destes profissionais no mercado apenas acirrará a diferença que existe atualmente. Os egressos das escolas brasileiras ou aqueles que veem do exterior encontraram as mesmas dificuldades que enfrentamos: falta de estrutura para o trabalho, ausência de uma política de recursos humanos, entre outros pontos. Podem até ficar por algum tempo, mas depois se mudarão para as capitais e os centros mais desenvolvidos em busca de expectativas”, ressaltou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.

 

 

SUS ganha diretrizes para acesso da população em situação de rua à saúde pública

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta desde quinta-feira (28) com um documento definindo diretrizes para garantir o acesso da população em situação de rua (PSR) às ações e serviços de saúde pública. As orientações, publicadas no Diário Oficial da União, foram instituídas pela Comissão Intergestores Tripartite do SUS, integrada por representantes dos governos federal, estaduais e municipais.

As diretrizes foram instituídas por meio da Resolução 2, assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha; pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Wilson Alecrim; e pelo presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Antonio Carlos Figueiredo Nardi. O objetivo é levar as ações e serviços de saúde às PSRs, visando à melhoria do nível de saúde das pessoas que não têm moradia.

A iniciativa - que busca o "enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde" - leva em conta a Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto 7.053, de 2009, que prevê princípios gerais para atendimento à essa população, como a promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais e a responsabilidade do Poder Público pela elaboração e financiamento dessas políticas.

Segundo a resolução, o SUS deve promover a articulação das políticas públicas e programas na área da saúde com as demais políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal. O documento diz que a sociedade civil deve participar, por meio de entidades, fóruns e organizações das PSRs, da elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas e programas na área da saúde.

A política tem ainda como objetivo a implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito e à capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento da PSR; a democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos; e a criação de meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o SUS, para qualificar a oferta de serviços.

A resolução determina que as três esferas de gestão do SUS implantarão as estratégias de inclusão da PSR nas redes de atenção à saúde. Outras medidas são garantia de acesso à atenção domiciliar em espaços de acolhimento institucional; capacitação permanente das equipes da urgência e emergência para tratamento da PSR; e inclusão da PSR no escopo das políticas de atenção à saúde para grupos específicos, tais como mulher, criança, idoso e população vulnerável.

Paciente contrai vírus do HIV após receber sangue da Cruz Vermelha

Um paciente foi contaminado em um hospital de Viena, na Áustria, com o vírus da HIV após uma transfusão de sangue doado pela Cruz Vermelha do país, informou a organização por meio de um comunicado. "Estamos profundamente abalados que tenha ocorrido o contágio e enviamos nossas condolências à pessoa afetada e aos seus familiares", lamentou na nota o secretário-geral da Cruz Vermelha austríaca, Werner Kerschbaum.

A organização assegurou que é impossível que outras pessoas tenham sido contaminadas, já que o sangue infectado estava em uma única bolsa. A Cruz Vermelha explicou que analisa com as técnicas mais avançadas todo o material doado, mas reconheceu que sempre existe um risco mínimo do sangue estar contaminado. Além disso, os doadores precisam passar por um questionário para saber se adotam práticas de risco.
Nos primeiros dias após uma infecção, o vírus HIV não é detectável mas é transmissível para outra pessoa. Neste caso concreto, a Cruz Vermelha supõe que o doador tenha contraído o vírus pouco antes de se apresentar para a doação.

A probabilidade disto ocorrer é de uma em 2,5 milhões, risco muito pequeno mas que segundo a organização não é possível evitar com as técnicas atuais de diagnóstico. Por meio de seu comunicado, a ONG lembrou que nos últimos 15 anos coletou seis milhões de bolsas de sangue e salvou a vida de inúmeras pessoas sem que tenha ocorrido um episódio deste tipo.