icone facebookicone twittericone instagram

MOSQUITO DA DENGUE
Joinville registra 69 focos

Mais dois focos da larva do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da dengue – foram encontrados em Joinville, chegando a 69 o número de registros neste ano. O índice merece atenção, segundo a Vigilância em Saúde, pois as últimas larvas foram encontradas no bairro Floresta, região que, só neste ano, registrou 21 focos. Em 2012, o Floresta também obteve a maior incidência de focos do mosquito entre os bairros de Joinville. Foram 19 focos do Aedes Aegypti, dos 112 registrados durante o ano todo.

A gerente da Vigilância em Saúde, Jeane Vanzuiten Vieira, diz que, mesmo com o fim das estações mais quentes, a população não deve descuidar da atenção com as medidas preventivas para evitar o aumentos dos focos. “O mosquito deposita as larvas em lugares que possam acumular água e, por isso, sempre devemos manter limpos e livre de água parada quaisquer objetos que possam se tornar um criadouro das larvas”, explica.

 

 

 


POLÊMICA ANTIDROGAS
Deputados avaliam a internação involuntária
Câmara põe hoje em discussão o projeto de lei que prevê hospitalização não consensual de dependentes químicos sem a necessidade de medida judicial

A internação involuntária, indicada por médicos aos usuários de drogas mesmo contra a vontade, será discutida hoje na Câmara de Deputados. O projeto de lei que prevê a implantação desta medida – em acréscimo às internações voluntárias e compulsórias (determinadas por um juiz) – é o mesmo que pretende modificar a atual legislação antidrogas em vigor no país.

Além de enfrentar a votação dos parlamentares, a proposta terá de superar polêmicas, caso saia do papel. Apresentado em 2010, o projeto que propõe 33 alterações na atual lei é considerado controverso, por estender ao dependente químico um tipo de internação até hoje restrito a casos de doença mental. A proposta entra em votação após ter seu regime de urgência aprovado por 344 votos a seis.

Pela internação involuntária, o paciente será encaminhado a uma internação de 15 a 45 dias em leito de hospital público, período considerado suficiente para ser desintoxicado. Tanto a internação quanto a alta teriam 72 horas para serem comunicadas ao Ministério Público. Autor da proposta, o médico e deputado Osmar Terra (PMDB), diz que é preciso libertar a pessoa do estado agudo de intoxicação para que ela possa ter condições de decidir sobre a própria vida e a continuidade ou não do tratamento.

– No auge da dependência, o usuário mal pode argumentar e muitos menos decidir o que fazer. Somente sem a confusão mental será possível ele ter noção do que é melhor para sua vida.

Proposta forçará vagas de tratamento

Para o psiquiatra Carlos Salgado, da Associação Brasileira de Estados do Álcool e Outras Drogas (Abed), a proposta forçará aumento no número de vagas para tratamento. O problema estaria na avaliação médica: por ela, qualquer especialista pode diagnosticar. De acordo com Salgado, só o psiquiatra pode fazê-lo:

– Outro especialista pode fazer uma avaliação equivocada. Para alguns, 15 dias são suficientes. Para outros, nem 45 dias resolvem.

samia.frantz@diario.com >

SÂMIA FRANTZ


OPINIÃO DC

A internação involuntária para tratamento de dependentes de drogas pode ser um caminho legítimo.

Se não para sanar, ao menos para diminuir este mal que infelicita tantos brasileiros, principalmente nos cenários urbanos, e nutre a violência e a criminalidade.

Um recurso que se legitimaria, também, para preservar a vida e a integridade dos próprios dependentes, que circulam como zumbis e são incapazes de decisões próprias.

Percebe-se que a sociedade amplia seu apoio a esta providência, já iniciada em São Paulo na infame “Cracolândia”. Vale pensar nisso.