Mutirão amplia atendimento oncológico para reduzir espera por cirurgias na Grande Florianópolis

CEPON irá realizar neste primeiro momento 75 procedimentos em pacientes do Hospital Regional de São José.

Técnico em radiologia opera computadores em uma sala de comando enquanto um paciente realiza exame em equipamento de tomografia computadorizada. Através do vidro, é possível ver o paciente deitado com os braços sobre a cabeça, posicionado dentro do aparelho. Os monitores mostram imagens médicas em tempo real.

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) vem promovendo ações para a redução do tempo de espera para procedimentos oncológicos. Neste sentido, o Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) está ampliando o atendimento a pacientes que aguardam cirurgias na Grande Florianópolis. Já foram realizadas 45 consultas com o médico especialista – e seis já estão prontos para a cirurgia.

Esses pacientes são realocados do Hospital Regional de São José, com indicação de procedimentos na região da cabeça e do pescoço. A meta inicial é atender 75 pacientes que se enquadram nestes casos.

“Nossa prioridade é atender os pacientes oncológicos e cumprir as leis de minha autoria, que determinam que os exames para o diagnóstico de câncer sejam realizados em até 30 dias, e o início do tratamento em até 60 dias. Quem tem câncer, tem pressa. Paralelo ao mutirão de exames também iniciamos o mutirão das cirurgias oncológicas no Hospital Marieta Konder Bornhausen. Foram realizadas 267 cirurgias”, ressalta a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

No caso da mastologia, o CEPON também atenderá pacientes da Grande Florianópolis que necessitam do procedimento.

O presidente da FAHECE, organização social que faz a gestão do CEPON, Dr. Alvin Laemmel, afirma que a ação foi uma resposta à solicitação da Secretaria de Estado da Saúde para reduzir o tempo de espera dos pacientes em Santa Catarina. “O CEPON é uma estrutura de alta complexidade, com um centro cirúrgico de qualidade e capacidade de ampliar o número de atendimentos. Este é um primeiro passo, mas acreditamos que podemos colaborar ainda mais com o Estado”, afirmou.

Conforme o diretor-geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, o centro cirúrgico do CEPON tem capacidade instalada para ampliar o atendimento aos pacientes de Santa Catarina. “Estamos à disposição para colaborar e reduzir o tempo de espera dos pacientes que dependem do SUS no Estado”, afirma.

De acordo com Dr. Gilberto Teixeira, cirurgião especialista em cabeça e pescoço, há casos de pacientes de tratamento de câncer e outros com suspeita. “A especialidade do CEPON é o paciente oncológico, mas temos condições de ampliar atendimentos principalmente para aqueles que têm suspeita de neoplasias”, afirma Teixeira.

Os 23 primeiros pacientes aguardam agora apenas a avaliação com o anestesista e farão a cirurgia nas próximas semanas.