OTORRINOLARINGOLOGIA
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA
INTRODUÇÃO
A Medicina Intensiva é uma especialidade que surgiu nos anos 50, quando se iniciaram os conceitos em ressuscitação cardiopulmonar e cerebral. É uma especialidade na qual, aos conhecimentos de Clínica Médica e Clínica Cirúrgica, somam-se os mais recentes conhecimentos médicos para a assistência ao paciente gravemente enfermo, próprios da adição de avanços nas áreas de engenharia biomédica, informatização, farmacologia, ética e humanização.
Em 1980, foi criada a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Em 1981, a Medicina Intensiva foi reconhecida como especialidade médica pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em 1992, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A partir de 2002 a formação do Médico Intensivista foi formalizada pelo Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC), com treinamento de 2 anos, exigindo-se como pré-requisitos, formação em Medicina Interna, Cirurgia Geral e Anestesiologia, e desde 2014 Neurologia e Infectologia. Em 2010, a AMIB instituiu o Programa de Formação Orientado por Competência em Medicina Intensiva (ProCoMI), sendo signatária do Competency-Based Training in Intensive Care Medicine in Europe (CoBaTrICE), programa internacional de organizações profissionais e médicos de cuidados de pacientes criticamente enfermos, com objetivo de uniformizar e harmonizar o treinamento em Medicina Intensiva em todo o mundo.
OBJETIVOS GERAIS
- Reconhecer rapidamente as complicações que ameaçam a vida;
- Priorizar adequadamente monitoramentos, investigações e procedimentos;
- Tomar decisões e estratégias imediatas de controle de síndromes (incluindo aplicação de protocolos, diretrizes e pacotes de cuidados relevantes);
- Garantir segurança e qualidade na assistência;
- Reconhecer suas limitações pessoais (buscar ajuda, dividir responsabilidades), trabalhar em equipe, liderar, delegar tarefas e supervisionar outros colegas;
- Tomar decisões de limitações de tratamento e de minimizar o desconforto do paciente;
- Comunicar-se de forma clara, hábil e respeitosa com pacientes, familiares e equipe multidisciplinar;
- Gerar respeito, confiança e cuidado compassivo com pacientes e seus familiares;
- Criar uma mente inquisitiva, capaz de analisar criticamente a literatura publicada.