O câncer colorretal, também conhecido como câncer do intestino grosso, é um dos tipos mais comuns e mortais em todo o mundo. Em Santa Catarina, é o terceiro tumor mais comum entre os homens (atrás do de próstata e pulmão) e entre as mulheres é o segundo (atrás do de mama). Apesar do avanço nos tratamentos, o diagnóstico tardio ainda é um desafio. A Secretaria de Estado da Saúde alerta que muitos casos são descobertos apenas quando a doença já está em estágio avançado, o que reduz significativamente as chances de cura.
Segundo os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), foram registrados no ano passado, 983 óbitos por câncer do intestino, sendo 547 nos homens e 436 óbitos nas mulheres. A faixa etária em que ocorre o maior número de óbitos pela doença é a dos 70 aos 79 anos.
“A colonoscopia é o exame mais eficaz para detectar precocemente o câncer colorretal e prevenir seu desenvolvimento, por meio da remoção dos pólipos que podem se tornar tumores malignos”, explica Maria Fernanda Breda, Coordenadora Estadual dos Registros de Câncer da DIVE.
Além da idade avançada, o câncer é mais comum em pessoas acima dos 50 anos, fatores como alimentação pobre em fibras, consumo excessivo de carnes processadas, sedentarismo, obesidade e histórico familiar aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
Os sintomas iniciais podem ser silenciosos ou confundidos com outras condições, o que atrasa a busca por atendimento médico. Sangramento nas fezes, alterações no hábito intestinal, dores abdominais e perda de peso são sinais que devem ser avaliados com atenção.
O tratamento varia conforme o estágio da doença e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal apresenta mais de 90% de chance de cura.
Além disso, manter uma alimentação saudável, rica em fibras, praticar atividade física regularmente, não fumar e evitar o consumo de álcool são atitudes que ajudam a prevenir não só o câncer colorretal, mas diversas outras doenças crônicas.
O câncer colorretal é silencioso, mas altamente tratável quando diagnosticado a tempo. A informação e a prevenção são os principais recursos contra a doença. A SES reforça que fazer exames periódicos e cuidar da saúde intestinal pode salvar vidas.
Dicas para prevenção:
• Realizar colonoscopia a partir dos 50 anos (ou antes, se houver histórico familiar).
• Adotar uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais.
• Praticar atividades físicas regularmente.
• Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.