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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu o II Seminário Estadual de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), nesta terça e quarta-feira (14 e 15), em Florianópolis. O evento reuniu profissionais de saúde, gestores e parceiros estratégicos para fortalecer a vigilância, a prevenção e o cuidado das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), violências e acidentes em Santa Catarina. Foi debatido temas atuais, compartilhado experiências exitosas e alinhado processos de trabalho que impactam diretamente na qualidade da atenção à saúde.
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) — como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas — representam um importante desafio para a saúde pública, sendo responsáveis por grande parte das internações e óbitos evitáveis, da mesma forma que as violências interpessoais/autoprovocadas e lesões e óbitos no trânsito. Diante desse cenário, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) realizou o seminário para discutir políticas integradas e ações intersetoriais que contribuam para a redução desses impactos na população catarinense.
A programação contou com palestras, mesas-redondas e debates, reunindo especialistas, gestores e técnicos das áreas de vigilância, atenção primária e rede de atenção à saúde. Entre os temas apresentados estão o impacto digital na vida dos adolescentes e a Integração para o fortalecimento de ações estratégicas para o controle e a prevenção das Condições Crônicas no estado, entre outros.
“Com o envelhecimento populacional e as mudanças no estilo de vida, o impacto das DCNT tem crescido em todo o mundo, o que torna a vigilância dessas doenças uma questão crucial para a manutenção da saúde pública e a redução de desigualdades no acesso à saúde”, destaca Aline Piaceski Arceno, gerente de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da DIVE.
As DANT são as principais causas de adoecimento e morte no Brasil e no mundo. Esse grupo abrange tanto as DCNT, como as causas externas — acidentes de transporte terrestre, violências interpessoais e autoprovocadas. Além disso, o tabagismo, que também é classificado como uma doença, aparece como fator de risco importante e transversal, contribuindo para a ocorrência e o agravamento de diferentes condições crônicas.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as DCNT são responsáveis por mais de 70% das mortes globais, sendo muitas delas prematuras (ocorridas entre 30 e 69 anos). No Brasil, as DCNT são responsáveis por 76% das mortes, com altos índices de mortalidade prematura (66,1%) e importantes impactos sociais, econômicos e a qualidade de vida da população. A presença simultânea de fatores de risco como hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo e uso nocivo de álcool tem contribuído para agravar esse cenário, especialmente após os efeitos da pandemia de Covid-19.
Entre as principais atividades da vigilância das DANT estão a coleta de dados epidemiológicos, a análise de indicadores de saúde, a implementação de programas preventivos e o desenvolvimento de campanhas educativas. Esses dados são fundamentais para a elaboração de políticas públicas eficazes, pois permitem entender o comportamento dessas doenças na população e identificar grupos mais vulneráveis. Além disso, a vigilância das DANT abrange a prevenção de agravos relacionados a acidentes e violência, que representam uma carga significativa para o sistema de saúde. Nesse contexto, as ações incluem campanhas de conscientização, iniciativas de segurança no trânsito e a promoção de ambientes mais seguros.
Mais informações:
Daniela Melo
Assessoria de Comunicação
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