Fotos: Divulgação Ascom/SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu o seminário “Desafios para o Controle da Sífilis em Santa Catarina”, nesta quarta-feira (08), em Florianópolis. O evento reuniu especialistas que abordaram a situação atual da doença, os impactos da sífilis congênita e as diretrizes da Estratégia Nacional, buscando aprimorar as ações de saúde pública no estado.
O encontro foi em alusão ao Outubro Verde, mês de Combate à Sífilis e Sífilis Congênita, e ao Dia Nacional celebrado no 3º sábado do mês de outubro, que neste ano ocorre no dia 18.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), que organizou o seminário, foi um debate produtivo e colaborativo entre gestores, profissionais da saúde, representantes das Regionais de Saúde e da Sociedade civil. Os profissionais discutiram as complexidades e os desafios do controle da sífilis para o avanço das estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento no estado.
Na ocasião, foram apresentados dados epidemiológicos atualizados sobre a doença em Santa Catarina, que nos últimos anos têm mostrado tendência de aumento, especialmente entre gestantes e recém-nascidos.
Também foram oferecidas oficinas, sendo uma delas sobre a melhora da qualificação dos registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), garantindo dados completos, consistentes e sem duplicidades para fortalecer a vigilância da sífilis e de outras IST, HIV/AIDS e doenças infecciosas crônicas. Outra oficina foi sobre diagnóstico laboratorial, que qualifica os profissionais nos testes rápidos das ISTs, HIV e Hepatites virais.
Entre os temas abordados estão a importância do diagnóstico precoce, o manejo adequado dos casos, o tratamento oportuno e o fortalecimento da rede de atenção à saúde. O seminário buscou ainda promover a integração entre os diferentes níveis de atenção e estimular a vigilância ativa dos casos.
“A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível curável e prevenível, mas que ainda representa um importante desafio para a saúde pública. A ampliação do acesso ao teste rápido, o acompanhamento adequado das gestantes e a capacitação das equipes de saúde são estratégias fundamentais para interromper a cadeia de transmissão da doença”, destaca Regina Valim, médica infectologista e gerente de IST/AIDS e Doenças Infecciosas Crônicas,da DIVE/SES.
Com o seminário, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o compromisso em apoiar os municípios na qualificação das ações de vigilância, diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução dos casos de sífilis adquirida, gestacional e congênita no estado.
Números em SC
Em Santa Catarina, no ano de 2024, foram registrados 2.011 casos. Desses, 1.621 são casos de sífilis adquirida (ocorre após o nascimento, geralmente por contato sexual, mas também pode ser transmitida por meio da relação sexual e transmissão vertical da mãe para o filho), 327 casos de sífilis em gestante, e 63 casos de sífilis congênita em menores de crianças de um ano (ocorre quando uma mãe com sífilis não tratada transmite a infecção para o bebê durante a gestação ou no parto).
Mais informações:
Daniela Melo
Assessoria de Comunicação
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