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A epilepsia é uma condição neurológica que repercute em todos os âmbitos da vida das pessoas. Em um esforço para aumentar a conscientização a respeito da epilepsia foi estabelecido o dia 26 de março como o “Dia Roxo” ou mundialmente conhecido como Purple Day.

 epilepsia eletroencefalograma

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença acomete cerca de 50 milhões de pessoas no mundo e em torno de 2% da população brasileira. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para pacientes com epilepsia por meio de atendimento médico e medicamentoso.

Desde 1995, funciona no Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), em Florianópolis, um ambulatório para atendimento de pacientes com suspeita de epilepsia. O serviço recebe todos os casos do estado, em investigação pelo SUS.

Nos últimos seis anos, já foram realizados no hospital 400 avaliações iniciais e cerca de 2,1 mil acompanhamentos a pacientes já avaliados e que seguem sendo atendidos, além de 4,2 mil exames de eletroencefalograma, que é o método complementar para diagnóstico realizado via agenda do sistema de regulação, para o estado inteiro.

O médico neurologista responsável pelo serviço, Diego Antonio Fagundes, informa que no ambulatório o paciente tem acesso ao diagnóstico, inicia o tratamento e as avaliações. “As avaliações são consultas com anamnese completa, detalhada, para se tentar identificar o diagnóstico de uma possível epilepsia”, explica.

Diagnóstico

A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se.

“A epilepsia é uma condição neurológica em que o paciente apresenta recorrência de crises epilépticas. O diagnóstico se baseia inicialmente em alguns critérios, entre eles, o paciente precisa apresentar duas crises com intervalos maiores que 24 horas”, explica o neurologista do HGCR.

O médico esclarece que um paciente que apresenta crise epiléptica não necessariamente tem um diagnóstico de epilepsia. “Uma porcentagem da população pode ter uma única crise na vida e não ter epilepsia", ressalta.

Tratamento

O tratamento da epilepsia é feito com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas; casos com crises frequentes e incontroláveis são candidatos à intervenção cirúrgica.

“Quando avaliamos um paciente com suspeita de epilepsia nós identificamos o tipo de crise que este paciente apresenta. Após identificar o tipo de crise, nós direcionamos para identificar o tipo de epilepsia que ele apresenta. E a partir daí a gente determina o tratamento”, relata o neurologista Diego Fagundes.

De acordo com o especialista, cerca de 70% dos pacientes respondem com um único medicamento, não apresentando mais crises, e aproximadamente 30% continuam apresentando crises com o uso de somente um medicamento. “O próximo passo então é a troca desse remédio por um outro fármaco ou tentar uma associação de medicamentos”, informa.

Há ainda uma porcentagem menor de pacientes cujo tratamento cirúrgico é o mais indicado. “Existe a possibilidade de tratamento cirúrgico para alguns casos muito bem selecionados, mas isso deve ser avaliado criteriosamente e de forma individual, cada caso é um caso”, enfatiza.

Acesso aos medicamentos

A Diretoria de Assistência Farmacêutica, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (DIAF/SES) atende 3.285 pacientes com Epilepsia que recebem regularmente os medicamentos pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).

O acesso aos medicamentos está disponível em todos os municípios catarinenses nas farmácias municipais que realizam o atendimento do CEAF. Os endereços e contatos das farmácias estão disponíveis no site da SES.

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Causas

Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas. Muitas vezes a origem pode ter relação com má formação congênita do cérebro.

Como proceder em uma crise de epilepsia

Em muitos casos as crises epiléticas não são previsíveis e as pessoas precisam de ajuda, principalmente para não se machucarem durante as convulsões. É importante estar atento e saber como proceder ao presenciar uma crise:
– mantenha a calma e tranquilize as pessoas ao seu redor;
– evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
– tente colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável e seguro, com a cabeça protegida com algo macio;
– nunca segure a pessoa nem impeça seus movimentos (deixe-a debater-se);
– retire objetos próximos com que ela possa se machucar;
– mantenha-a deitada de barriga para cima, mas com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;
– afrouxe as roupas, se necessário;
– se for possível, levante o queixo para facilitar a passagem de ar;
– não tente introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões;
– não dê tapas;
– não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela cheirar;
– verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;
– permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência;
– se a crise convulsiva durar mais que 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica;
– quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.


Fonte: Biblioteca Virtual da Saúde

Mais informações para a imprensa:
Silvestre Aguiar
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
secretariadeestadodasaude@gmail.com