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Florianópolis, 04 de julho de 2017

Em torno de 50 jovens, entre 18 e 26 anos, participando da primeira edição da Oficina Regional de Prevenção Combinada com Jovens, que teve início na segunda-feira, 3 e vai até 5 de Julho, em Florianópolis. Vindos de diversas cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Paraná, eles serão capacitados sobre prevenção do HIV para atuarem como multiplicadores ou ativadores de ações preventivas combinadas nos seus locais de residência a partir da elaboração de uma agenda de intervenção local com foco na educação entre pares.

A oficina é fruto de uma parceria entre o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/AIDS e HV (DIAHV) do Ministério da Saúde (MS) e a Gerência de Vigilância de DST/AIDS e Hepatites Virais (GEDST) da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ao todo, sete encontros serão realizados nas cinco regiões do país.

Queremos ouvir o que a juventude tem a dizer sobre sexualidade, prevenção e ISTs em geral e prepará-los, especificamente, para somarem forças no enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS na Região Sul do país”, ressalta Dulce Quevedo, gerente da GEDST/DIVE. “Conforme dados epidemiológicos recentes, o crescimento da infecção pelo HIV na juventude brasileira continua sendo uma preocupação importante. E as ações nesse segmento precisam ser intensificadas. Eles serão parceiros estratégicos para as ações de prevenção combinada”, complementa a médica ginecologista Flávia Soares, técnica do setor.

Esta primeira edição da oficina conta com o apoio das coordenações estaduais de IST/AIDS do Paraná e do Rio Grande do Sul e municipais de IST/Aids de Florianópolis e Curitiba, da Coordenação Municipal de Saúde do Adolescente e de Juventude de Florianópolis, do Programa Saúde na Escola (PSE),de ONGs que trabalham com a temática das populações-chave no âmbito do HIV/AIDS e outras IST, e no Ministério da Saúde, do Departamento de Apoio à Gestão Participativa e Controle Social (DAGEP/MS) e da Coordenação Geral de Saúde do Adolescente e do Jovem (DAPES/MS).

HIV/AIDS e os jovens

Os jovens continuam requerendo a maior atenção da área da saúde, pois a faixa etária de 15 a 29 anos vem registrando um aumento no número de casos novos de AIDS em Santa Catarina. A taxa de detecção de casos novos de AIDS entre jovens de 15 a 19 anos saltou de 2,34 em 2007 para de 20,4 casos por 100 mil habitantes em 2015, e na população de 20 a 24 anos saltou de 4,7 em 2007 para 17,5 casos por 100 mil habitantes em 2015. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde revela que o uso de camisinha entre pessoas de 15 a 24 anos caiu de 58,4%, em 2004, para 56,6%, em 2013, entre parceiros eventuais. Entre parceiros fixos, o uso é ainda menor: 38,8%, em 2004, e 34,2%, em 2013.

Prevenção combinada

As estratégias de prevenção sempre tiveram papel destacado na resposta brasileira à epidemia de HIV/AIDS e são resultado de uma atuação conjunta do governo brasileiro, de profissionais de saúde e de movimentos sociais.  Nos últimos anos, essas estratégias foram sendo reestruturadas, resultando na prevenção combinada – um conjunto de estratégias preventivas que inclui a testagem regular para o HIV; a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP); a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP); a testagem durante o pré-natal e o tratamento da gestante que vive com o vírus; a redução de danos para o uso de álcool e outras drogas, silicone industrial e hormônios; a testagem e o tratamento de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e das hepatites virais; o uso de preservativo masculino e feminino; imunizações; conhecimento dos marcos legais e outros aspectos estruturais e o tratamento antirretroviral para todas as pessoas infectadas com HIV.