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O ano de 2021 registra o maior número de casos já confirmados de dengue em Santa Catarina. Até o momento são 18.896 casos confirmados da doença. Número bem maior do que o do ano passado, quando foram registrados 11.376 casos durante todo o ano. Por isso, para alertar a população e para incentivar a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, Santa Catarina se prepara para o Dia Estadual de Mobilização contra o Aedes aegypti, marcado para o dia 20 de novembro.

“O objetivo da data é sensibilizar a população no controle do Aedes aegypti, para que cada um faça sua parte, intensificando medidas de prevenção às doenças por ele transmitidas”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), foram identificados 50.321 focos do mosquito Aedes aegypti em 221 municípios, sendo que 118 desses são considerados infestados. “Esse cenário contribui para a manutenção e ampliação da transmissão da dengue no estado. Por isso, é tão importante eliminar locais com água parada”, complementa a gerente.

Ações para controle do mosquito

A DIVE/SC orienta que as ações que serão realizadas pelos municípios levem em consideração a realidade de cada local. “Todos os anos o estado se organiza para essa mobilização. Sugerimos e indicamos que os municípios envolvam diversos setores nas atividades de controle vetorial, com realizações de reuniões virtuais da sala de situação, que reforcem a rede assistencial sobre a importância da notificação e manejo clínico dos casos”, detalha João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Algumas atividades sugeridas pela diretoria:

· Mobilizar e sensibilizar as redes intersetoriais no município (Educação, Meio Ambiente, Infraestrutura entre outros) a respeito da importância da prevenção de doenças como dengue, zika vírus e febre de chikungunya, a partir do controle do mosquito em toda comunidade;

· Reforçar as ações de comunicação, orientando para que as medidas de controle do Aedes aegypti sejam intensificadas;

· Intensificar a comunicação e mobilização via plataformas e mídias disponíveis (rádio local, jornal, lideranças comunitárias, redes sociais e produção de murais informativos) para ampla divulgação do cenário epidemiológico, ações de prevenção e medidas a serem adotadas pela população;

· Realizar videoconferência entre os integrantes da Sala de Situação Municipal de combate ao mosquito Aedes aegypti para avaliação do cenário local e discussão de ações de controle;

· Intensificar as ações de controle vetorial nas áreas de maior risco para a transmissão das doenças, conforme análise dos indicadores entomológicos.

O Aedes aegypti

O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.

As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).

A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos se desenvolvem rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, sete dias. “Por isso, é tão importante que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana, para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti”, reforça o diretor.

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

• Mantenha lixeiras tampadas;

• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.

• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

• Mantenha ralos fechados e desentupidos;

• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;

• Retire a água acumulada em lajes;

• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;

• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;

• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.