Dia Mundial do AVC: reconheça os sinais e busque ajuda imediata

Os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) correspondem por um a cada quatro atendimentos de causas neurológicas realizados pelas Unidades de Suporte Avançado (USAs) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Santa Catarina. No Dia Mundial do AVC, quarta-feira, 29 de outubro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância de reconhecer os sinais da doença e buscar ajuda imediata, já que o AVC, também conhecido por derrame, pode causar danos graves às funções neurológicas.

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“O AVC é uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. A doença, quando não provoca a morte, deixa sequelas muitas vezes irreversíveis. Todos em casa, na escola ou no trabalho, devem estar atentos aos sinais do início dos sintomas e acionar imediatamente o socorro pelo telefone 192, pois é uma doença tempo sensível. Fique atento se o sorriso cair para um dos lados, se alguém não conseguir manter os dois braços levantados por pelo menos nove segundos ou se a fala ficar arrastada, confusa ou ausente. Este paciente necessita de atendimento imediato e é o SAMU que garante esse acesso no menor tempo possível, seja via terrestre ou aérea de acordo com a decisão do médico regulador”, destaca o superintendente de Urgência e Emergência da SES, Marcos Fonseca.

De janeiro a setembro de 2025, as equipes das USAs realizaram 1.190 atendimentos por AVC em Santa Catarina — 24,5% das 4.841 ocorrências neurológicas no período. Já nas Unidades de Suporte Básico (USBs) foram mais 1.214 atendimentos feitos. Ao todo, neste ano, 2.404 pessoas que sofreram AVC foram socorridas pelo SAMU no Estado.

“O AVC ocorre quando há obstrução das artérias que irrigam o cérebro, provocando a morte de parte do tecido cerebral. Isso pode gerar perda de mobilidade, memória, linguagem e até de funções vitais, como a respiração”, explica a médica da USA/SAMU, Andréia Diane Freitas.

Em 2024, o AVC causou 1.240 óbitos em Santa Catarina — 645 homens e 595 mulheres —, com maior incidência nas faixas acima dos 60 anos. No Brasil, foram 105.173 óbitos em 2023, segundo o Ministério da Saúde.

Como identificar o AVC

Os sinais mais comuns são dificuldade para falar, desvio do sorriso e perda de força em um lado do corpo. “Algumas pessoas também podem apresentar perda de consciência, convulsões e confusão mental”, alerta a médica.

Ela orienta a usar a sigla SAMU para reconhecer rapidamente o problema:
S – Sorria: observe se o rosto está torto;
A – Abrace: veja se a pessoa consegue manter os dois braços erguidos;
M – Música: peça para cantar ou repetir frases;
U – Urgência: diante da suspeita, ligue 192 imediatamente.

“É importante manter a calma, não oferecer alimentos nem medicamentos e, em caso de convulsão, proteger a cabeça e deixar o paciente deitado de lado”, reforça Andréia.

A importância do tempo de resposta

O atendimento do SAMU começa já na ligação ao 192. O técnico coleta informações sobre o endereço da vítima e os sintomas, enquanto o médico regulador orienta o solicitante e define o envio da ambulância. “O tempo de início dos sintomas é decisivo, pois define o tipo de tratamento”, explica a médica.

Na chegada da equipe, o paciente recebe suporte inicial ainda na ambulância: controle da pressão arterial, glicemia, nível de consciência e, quando necessário, ventilação mecânica. “Existem medicamentos que dissolvem o coágulo causador do AVC e devem ser aplicados até 4h30 após o início dos sintomas. Em alguns casos, é possível remover o trombo por procedimento endovascular, até 24 horas depois”, destaca.

Fatores de risco e prevenção

Entre os principais fatores de risco estão hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo de álcool e drogas, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, idade avançada e histórico familiar. “A prevenção passa por hábitos saudáveis: atividade física, alimentação equilibrada, controle de doenças crônicas e cuidados com a saúde mental”, orienta a médica.

Texto da Comunicação SAMU/FAHECE

 

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